sexta-feira, 21 de julho de 2017

Advogado sugere manifesto contra construção no palco mais importante da Guerra da Balaiada 

*por Marcos Igreja


Caxias corre um sério risco de ver o Morro da Balaiada (ou do Alecrim), transformado em templo religioso. Absurdo, inexplicável e injustificável. Ali não há história de religiosidade, mas sim de guerra. Antes da Balaiada chamou-se Morro da Pedreira, depois das Tabocas e por fim da Balaiada ou do Alecrim. O que querem fazer constitui-se num crime de lesa história, pesquisando descobri no site do IPHAN nacional, que o Centro Histórico de Caxias, o Memorial da Balaiada e o próprio morro, foram tombados em 1990. Isso o torna intocável.

Acredito que a população caxiense e a própria comunidade religiosa, não concorda com a medida. (Evangélicos já fizeram até manifestação contra). Haveremos de resistir de alguma forma. A Academia Caxiense de Letras e a UEMA poderiam encabeçar uma mobilização. Cito nominalmente os poetas Carvalho Júnior Jorge Bastiani, Renato Menezes o jornalista Jotônio Viana e o blogueiro Ludwig Almeida, entre outros, para organizarem um movimento. Sugiro que redijamos um pequeno MANIFESTO e o divulguemos amplamente na mídia e redes sociais local e estadual e até mesmo em carro de som. É uma causa que sensibiliza todo mundo.(Inclusive Partidos Políticos , associações de moradores e ecologistas). Portanto, fácil de levá-la a termo. Por fim lembro que a Balaiada foi a única guerra do Maranhão.

Os movimentos sediciosos mais conhecidos de S. Luís são chamados de "Revolta de Guaxenduba" "e "Revolta de Beckman ( ou Bequimão). Creio ainda que a própria Secretaria de Cultura do Estado e o Governador, se somarão à essa luta. Não resistir é omissão ou mesmo covardia. Vocábulos que não existem na tradição dos Caxienses. PELA PRESERVAÇÃO DO MORRO DA BALAIADA.

(Marcos Igreja é advogado)