"Expulso" do PSB, Roberto Rocha implode aliança do PCdoB com PSDB no Maranhão
O senador Roberto Rocha, ainda no PSB, antecipou nesta semana um movimento que já era anunciado há meses: o fim da aliança do PSDB com o PCdoB no Maranhão.
“Expulso” do PSB pela ala dinista do partido, ele reagiu rápido e já se encontrou com a cúpula tucana nacional.
Em seu gabinete em Brasília, na quarta-feira (13), acertou sua volta ao PSDB, partido pelo qual será candidato a governador em 2018. É a confirmação da implosão da aliança tucano-comunista maranhense.
Com Rocha candidato, Flávio Dino já sabe que não terá mais os tucanos ao seu lado no ano que vem – embora nomes como o vice-governador Carlos Brandão, o deputado estadual Neto Evangelista e o prefeito Luis Fernando possam continuar apoiando o comunista, em outro partido.
Briga pelo PSB
Apesar de haver, por ora, perdido a queda de braço com os dinistas do PSB, Roberto Rocha ainda não desistiu de ter o partido em uma coligação que lhe apoie na eleição.
Explica-se: o senador tem grande afinidade com o atual vice-governador de São Paulo, Márcio França, que é socialista. E aposta que o aliado pode ser o próximo presidente do PSB.
Se isso ocorrer, mesmo tendo sido “expulso” da sigla, Rocha ainda pode contar com o apoio deles em 2018.
Debandada
A volta de Roberto Rocha ao PSDB – que entre alguns tucanos ainda é tratada como hipótese, já que não houve qualquer comunicado oficial da direção nacional – deve provocar uma debandada geral no partido. Diversas lideranças devem deixar a sigla assim que se confirmar a nova filiação.
Além disso, o senador tem uma responsabilidade maior: chegará a um partido efetivamente grande e cujo diretório foi um dos que mais cresceram no país desde as eleições de 2014.
Comparações certamente serão feitas a partir do desempenho tucano em 2018, principalmente se a sigla “diminuir de tamanho” a partir do ingresso dele.
Blog do Gilberto Leda