Direção Nacional do PSDB deu um tiro no pé ao entregar comando da sigla no MA para o senador Roberto Rocha
Tucanos estão de malas prontas para a revoada rumo ao PRB |
A direção nacional do PSDB deu um verdadeiro tiro no pé ao entregar o comando do partido no Maranhão ao senador traíra Roberto Rocha, o popular “Asa de Avião”. Se a intenção era formar um palanque forte para o candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin, as pesquisas sobre sucessão mostram que Rocha como pré-candidato a governador do Estado, isolado, patina nas últimas colocações e não representa a menor esperança de voto dos maranhenses ao governador de São Paulo.
O vice-governador e ex-presidente Carlos Brandão, que havia organizado o PSDB em todos os municípios do Maranhão, saiu levando com ele toda a estrutura política da legenda, ou seja, os prefeitos, deputados, vereadores e lideranças regionais que não coadunam com o projeto político pessoal do senador ser candidato ao governo sem a menor perspectiva de vitória.
Dos 30 prefeitos tucanos eleitos em 2014, pelo menos uns 28 acompanharão Carlos Brandão em sua passagem para o PRB, partido que abriu as portas para a debandada. Porém, nem todos os chefes de Executivos municipais deixarão o PSDB, até porque não precisam, mas já comunicaram que estarão no palanque em que o vice-governador estiver.
A verdade é que o ninho dos tucanos após sofrer intervenção da direção nacional passa por um processo de esvaziamento total por conta da falta de liderança do senador e pelo histórico de traições. Com a chegada de Carlos Brandão no PRB, a maioria esmagadora de prefeitos e vice-prefeitos tucanos deverá migrar para o novo partido.
A debandada geral deverá ocorre em fevereiro, quando prefeitos e vice-prefeitos deverão ingressar no PRB, mostrando, na prática, à direção nacional do PSDB a grande besteira que fizeram no Maranhão ao intervir no Diretório Estadual e entregar a legenda para o senador traíra Roberto Rocha.
Se a intenção era formar palanque próprio para o governador de São Paulo, as pesquisas indicam que Alckmin encontrará uma estrutura esvaziada. O pré-candidato a governador do PSDB não consegue chegar a casa dos 4% de intenção de votos e a classe política quer distância de quem se elegeu na sombra do governador e o traiu em seguida tramando contra os interesses do Maranhão e se aliando à oligarquia moribunda do ex-senador José Sarney.