sábado, 24 de fevereiro de 2018

Exclusivo: Cesar Sabá fala de sua pré-candidatura a deputado federal



O empresário e radialista César Sabá, caxiense, 47 anos de idade, casado, recebeu, ontem, o blog em sua residência para uma entrevista, quando falou o motivo do seu ingresso na política e destacou suas metas de atuação. 

Confira na integra:

Quais motivos o levaram a ingressar na vida pública?
Há mais de 35 anos acompanho a política do meu estado e da minha cidade e percebo o quanto nós retrocedemos. Pra se ter uma ideia, em 1980, Caxias tinha dois deputados federais, Edson Vidigal e Antônio Bayma, além do governador João Castelo, o senador Alexandre Costa e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado João Afonso Barata. Hoje, 38 anos depois, e com a partida recente do saudoso deputado Humberto Coutinho, ficamos completamente órfãos. Não temos o governador, nenhum senador, deputado federal ou estadual caxiense. Chegamos ao fundo do poço em relação à representatividade política. A terceira mais importante cidade do estado não possuí nenhum representante em qualquer esfera de poder.

Por que a pré-candidatura a Câmara Federal?
O que mais falta para Caxias e região, hoje, é um deputado federal que viva aqui, que sinta os problemas e tenha o interesse real em buscar soluções. E olha que são várias as demandas.

Quais seriam as mais urgentes?
A instalação da segunda agência da Caixa Econômica em Caxias; a duplicação completa da BR-316, no trecho Caxias – Teresina; a suspensão imediata da proibição da extração de areia no rio Itapecuru, entre outras.

Fale um pouco mais sobre a instalação da segunda agência da Caixa Econômica...
É uma necessidade urgente. A Caixa tem pelo menos duas vezes mais clientes do quê o Banco do Brasil em Caxias, que tem duas agências. Além disso, ela concentra praticamente o pagamento de todos os benefícios sociais do governo federal (Bolsa Família, por exemplo). Sua única agência fica superlotada todos os dias.

E sobre o retorno da extração de areia no rio Itapecuru, por que você defende?
Você passa pelo rio Parnaíba, em Teresina, e lá existem dezenas de dragas extraindo areia, você passa pelo rio Tocantins, em Imperatriz e lá também a cena se repete. Eu tive recentemente a oportunidade de conversar com um geólogo sobre o tema, e ele foi categórico: desde que não seja próximo das margens, quanto maior a retirada de areia do leito de um rio, melhor é, pois favorece o fluxo da água e a navegação. Diante dessa realidade, o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) tem que explicar o motivo dessa proibição, que tem prejudicado muito a economia de Caxias nos últimos anos. Imagine quanto tivemos que pagar, até hoje, pela areia comprada em Teresina!


César, o deputado federal tem uma atuação ampla, o quê o eleitor da região pode esperar de você em relação à saúde, por exemplo?
Muita coisa! Senão, vejamos: Caxias recebe mensalmente 7 milhões de reais para a saúde e não se está gastando nem 1,5 milhão. Para onde está indo o restante (5,5 milhões)? Esse tipo de coisa tem que acabar. Vamos lutar incansavelmente para substituir a municipalização pela individualização da saúde. A maior lástima que aconteceu com a saúde pública do Brasil foi a municipalização, que deixou o povo sem saúde, mesmo os municípios recebendo milhões, como é o nosso caso. Com a individualização da saúde, tudo muda, pois com ela, o cidadão vai escolher onde ele quer ser atendido, se na rede pública ou na particular, sem a interferência do município, utilizando o seu cartão SUS em qualquer hospital, clínica ou laboratório conveniado. Se essa medida já existisse, aqui em nossa cidade, por exemplo, o paciente poderia ser atendido diretamente no Hospital Centro Médico, na Clinison Diagnósticos ou na Fundação Humberto Coutinho sem necessitar de qualquer tipo de autorização do município, bastando levar o seu cartão SUS, como se fosse um plano de saúde. Em pouco tempo iríamos acabar com as filas para consultas, exames, cirurgias, e o que é melhor, por fim a roubalheira na saúde.

E na educação, o que podemos esperar?
Uma educação pública cada vez mais forte. No Brasil, muitos falam em defesa da educação, mas poucos fazem alguma coisa por ela. Dentre as nossas propostas, destaco a federalização do salário do professor, que vai garantir o pagamento de um salário nacional a todos os professores do ensino básico da rede pública, respeitando os diferentes níveis. Esse pagamento sendo feito diretamente pelo governo federal aos professores, além de elevar a substancialmente seus salários, evitaria anomalias como a que ocorreu recentemente em Caxias, quando o prefeito se negou a pagar o abono para a maioria da categoria e com um valor abaixo do que deveria ser pago. Não explicando o destino da maior parte desse recurso.

Falando em abono, é válido lembrar que o prefeito não queria paga-lo e você foi o único pré-candidato a deputado federal de Caxias que se manifestou favorável a categoria dos professores e contra a atitude do prefeito. Como você avalia isso?
Olha, eu sou o único pré-candidato que condena o caos na saúde de Caxias, na limpeza pública, no atraso do pagamento de fornecedores e contratados. Enfim, sou o único que faz oposição ao modelo que aí está. Sabe por quê? Porque para mim política é coisa séria. Enquanto eu defendo os interesses da minha cidade e região, os outros, ou estão dentro da prefeitura, ou estão correndo atrás do prefeito e se humilhando para tirar uma foto ou gravar um vídeo com ele. Isso é algo deplorável. Como eu aposto na inteligência do nosso eleitorado, acredito que o povo saberá escolher um candidato verdadeiramente comprometido com os interesses de Caxias e região. Nós apostamos nisso.