Flávio Dino comemora retorno de José Sarney e enxerga chance de enterrar grupo politico comandado pelo ex-presidente
O governador Flávio Dino (PC do B) e alguns de seus aliados políticos mais próximos e fieis comemoraram, ontem, a notícia revelando que o ex-senador e ex-presidente da República, José Sarney (MDB), depois de quase 30 anos, mudou o seu domicilio eleitoral do Amapá para São Luís com o objetivo de participar mais ativamente da campanha da sua filha, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), ao Palácio dos Leões.
Para o comunista, o retorno de Sarney pode significar o auge da sua recente trajetória política, que teve início em 2006, quando elegeu-se deputado federal graças ao ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido), e ganhou musculatura e projeção nacional em 2014, quando foi eleito governador derrotando Edinho Lobão (MDB), escolhido as pressas para representar o grupo Sarney.
É de conhecimento público que Flávio Dino nutre uma verdadeira obsessão política por José Sarney.
Obsessão, esta, que as vezes se confunde com uma espécie de admiração incubada que o comunista possui pelo seu oponente, a quem classifica de oligarca.
Também é público que Dino sempre sustentou o discurso de que deseja que Roseana o enfrente na disputa de outubro.
Para ele, será a chance de dar ao eleitor a oportunidade de avaliar o que a ex-governadora não fez em 14 anos de mandato e o seu trabalho, desenvolvido em pouco mais de três anos.
No entanto, com a confirmação de que o patriarca da família estará com suas atenções voltadas totalmente para o Maranhão, Flávio Dino enxerga a possibilidade de “matar dois coelhos com uma cajadada só”; solidificar o seu projeto de poder que inclui, caso seja reeleito, fazer o sucessor do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em 2020; eleger-se senador, em 2022; e fortalecer o seu nome como aquele que derrotou o “último coronel da política brasileira” – título que massificará, e muito, o nome do comunista a nível nacional.
Se obterá êxito…somente o resultado do pleito e o tempo dirão.