Pré-candidato a senador do PSOL critica tentativa de golpe do grupo Sarney contra Flávio Dino
Pré-candidato do PSOL ao Senado (Saulo Ponto) e ao Governo (Odvio Neto) |
O professor da UFMA e pré-candidato a senador pelo PSOL, Saulo Pinto repudiou a tentativa de golpe judicial (tapetão) que o grupo Sarney quer aplicar nas eleições no Maranhão. Ele criticou a tentativa de armação para tirar o governador Flávio Dino da disputa.
“A recente decisão da juíza Anelise Nogueira Reginato que torna Flávio Dino supostamente inelegível é apenas mais um capítulo desesperado da tentativa permanente em resolver a disputa política republicana mediante eleições sem disputa, através da ‘promíscua’ relação entre o oligarquismo reinante e o judiciário brasileiro. Roseana Sarney pensa o Maranhão como sua casa, e as instituições públicas como dependências de seu domínio privado”, asseverou.
Confira na íntegra a manifestação do candidato a senador do PSOL.
Roseana Sarney foi governadora do Maranhão entre 1995 e 2002, perdendo em 2006 para Jackson Lago, e reassumindo o comando do governo em 2009 após um golpe que destituiu Jackson do governo. Lobão Filho – aliado de Roseana e filho de Edson Lobão – perdeu em 2014 para Flávio Dino e tudo indica que jamais voltará a vencer uma eleição por sufrágio universal no Maranhão. A recente decisão da juíza Anelise Nogueira Reginato que torna FD supostamente inelegível é apenas mais um capítulo desesperado da tentativa permanente em resolver a disputa política republicana mediante eleições sem disputa, através da ‘promíscua’ relação entre o oligarquismo reinante e o judiciário brasileiro. Roseana Sarney pensa o Maranhão como sua casa, e as instituições públicas como dependências de seu domínio privado. Incapaz de ter vida própria para além do controle do Estado, apela à economia política do oligarquismo patrimonial, que articula o domínio das finanças públicas ao infinito poder soberano exercido pela bancada federal do oligarquismo, às relações com o judiciário e a cooptação da blogosfera venal local. Não podemos esquecer que a Oligarquia Sarney foi sujeito ativo no golpe que derrubou Dilma, após suculenta participação nos governos do Pt, ocupando cargos e indicando afilhados e aliados políticos à empresas públicas de toda ordem. São aliados do governo corrupto de Temer e o candidato do MDB é Meirelles. A tentativa de golpe aqui é subproduto do golpe dado no país. Roseana Sarney – que tenta agora esconder seu sobrenome – é o atraso, a repetição continuada do oligarquismo paralisante do ‘passado’. É fato que o oligarquismo maranhense não será superado apenas com a mudança do partido – ou do agregado de partidos e frações de partidos -, mas através da mudança da direção da economia e da instituição de relações e práticas políticas não/anti-oligárquicas. O povo do Maranhão não é gado, nem ‘objeto’ do apetite oligárquico, nem somos vassalos servis. Não podemos permitir que mais uma vez Roseana Sarney resolva os conflitos políticos através de manobra político-judiciária. Combater o golpe significa não sucumbir à manobra da família Sarney. Roseana Sarney, nunca mais!