segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Michel Temer é retratado como "vampiro" neoliberal na Sapucaí; imagem constrange apresentadores da Globo  


Congresso em Foco – O tom de contestação que marca o carnaval na Marquês da Sapucaí, com críticas especialmente lançadas ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, não poupou Michel Temer, o primeiro presidente da República investigado por suspeita de crime no exercício do mandato em toda a história do Brasil. E a tarefa de criticá-lo coube à escola de samba Paraíso da Tuiuti, estreante no grupo de elite dos desfiles. Retratado como um vampiro “vampiro neoliberalista”, a imagem de Temer como patrocinador de políticas que favorecem o mercado financeiro constrangeu apresentadores da TV Globo (veja o vídeo e leia mais abaixo), que tem exclusividade na transmissão do show.
A escola adentrou a avenida neste domingo (11) e, em sua primeira participação junto com gigantes como Mangueira, Portela e Beija-Flor, trouxe ao grande público um forte discurso contra mazelas políticas e sociais. Com o samba “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”, a agremiação soltou o grito contra o racismo renitente na sociedade brasileira, com suas variadas formas de “escravidão” social – entre elas, as relações trabalhistas recentemente modificadas pelo governo Temer, com o auxílio providencial do Congresso.
No encerramento do desfile, a Tuiuti destacou no alto de um carro um homem de terno e cabelos grisalhos portando a faixa presidencial. Com a denominação de “vampiro neoliberalista”, a alegoria fez uma clara alusão a Temer, em um carro onde viam “paneleiros” com camisas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A crítica foi mais longe: a ala intitulada “Manifestoches” exibiu passistas fantasiados de patos amarelos, numa analogia aos protestos de rua que ganharam corpo em 2016 e, simbolizados com o pato amarelo gigante concebido pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), contribuíram para o impeachment de Dilma Rousseff.
Na referência mais clara ao neoliberalismo posto em campo pelo governo Temer, outra ala retratou o trabalho informal, em referência à reforma trabalhista que alterou, no ano passado, diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – e, segundo críticos das mudanças, precarizaram as condições do trabalhador e desequilibraram, em favor dos patrões, a relação entre empregadores e empregados. Como este site mostrou à época da aprovação final da matéria, no Senado, 74% dos senadores que votaram a favor das alterações na legislação são empresários.
Nenhum dos apresentadores da TV Globo mencionou o nome de Temer diante da aparição da fantasia trajada pelo chefe do atelier da Tuiuti, Leo Morais. Do camarote onde são narrados os desfile e, ao final de cada um deles, entrevistadas personalidades, sambistas e carnavalescos, a jornalista Fátima Bernardes se limitou a dizer que a ala representava “o regime de exploração nos mais diversos níveis”. Antes, o apresentador Alex Escobar e o carnavalesco Milton Cunha manifestaram parcimônia ao comentar a crítica clara ao presidente.
O vampirão…”, sintetizou Milton, levando Escobar a uma risada contida.  Em seguida, o protagonista do quadro de esportes “Cafezinho com Escobar” limitou-se a descrever o óbvio: “Tá com a faixa de presidente esse vampiro aí”…
Seguindo o roteiro, o camarote da Globo recebeu para a descontraída entrevista alguns integrantes da Tuiuti. No entanto, o Temer como vampiro neoliberal, os “manifestoches” ou os paneleiros não foram mencionados na ocasião.
Resistência popular
O carnaval deste ano se transformou em uma manifestação de resistência de sambistas e demais foliões contra a postura do prefeito evangélico, um dos líderes da Igreja Universal do Reino de Deus. Devido à sua orientação religiosa, Crivella cortou verbas de patrocínio da prefeitura, uma tradição no carnaval carioca, para as escolas de samba, bem como tem recusado participar de rituais como a entrega da chave da cidade do Rio de Janeiro para o Rei Momo.
A insatisfação do povo foi imediata e se reproduz não só no ambiente organizado da Sapucaí, mas principalmente no campo livre das ruas, com os mais 600 blocos de bairro representando a verdadeira festa da democracia. Além da Tuiuti, com artilharia apontada ao presidente, a Estação Primeira de Mangueira levou a um dos carros alegóricos a figura de Crivella como um judas, no enredo “Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco”.
Em uma faixa fixada no mesmo palco em que o prefeito foi criticado, no penúltimo carro do desfile. leu-se a frase: “Prefeito, pecado é não brincar o carnaval”! Encerrado o desfile, o presidente da escola de samba, Chiquinho da Mangueira, resumiu o mote concebido pelo carnavalesco Leandro Vieira e levado à avenida pela comunidade: “Foi a resposta para ele repensar o que fez com o carnaval. Cometeu a maior injustiça com a maior festa popular do mundo, que é o carnaval. A Mangueira se propôs a se rebelar contra isso tudo”.
Ex-presidente Dilma pode embaralhar disputa pelo Senado no Maranhão 


O Partido dos Trabalhadores poderá criar mais uma confusão no tão complicado processo de escolha de um segundo nome ao Senado para compor a chapa majoritária do governador Flávio Dino (PCdoB), principal aliado da legenda no estado. De acordo com o portal Brasil 247, com base numa informação da coluna Poder em Jogo do jornal O Globo, o PT vai testar em pesquisas a viabilidade eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff como candidata ao Senado.
As consultas serão feitas no Maranhão, Piauí, Minas Gerais e Tocantins. Com base no resultado, o partido vai trabalhar com os aliados a viabilidade de sua candidatura, já que ela pode escolher um novo domicílio eleitoral até o dia 07 de abril.
O portal lembra que em recente levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, divulgado em outubro, Dilma lidera a preferência da maioria dos eleitores de Minas Gerais para uma candidatura ao Senado.
Na modalidade estimulada do levantamento, Dilma aparece em primeiro com 16,9% de intenções de voto entre os mineiros. O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot surpreendeu e aparece em segundo lugar, com 15,2% de intenções. Em terceiro aparece Josué Alencar (PMDB), filho do ex-vice-presidente José Alencar, com 15,1% dos votos. O senador Aécio Neves (PSDB), principal articulador do golpe parlamentar de 2016, aparece em quarto, com 13,7%.
Vale lembrar que embora a Constituição preveja a suspensão dos direitos políticos de quem foi afastado do mandato nas condições da ex-presidente, na sessão que definiu o impeachment o Senado, presidido na oportunidade pelo ministro Ricardo Lewandowski, que era presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve seus direitos políticos.
Atualmente, quatro políticos – Waldir Maranhão (Avante), Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (sem partido) e Márcio Jardim (PT) – buscam se viabilizar como segundo nome de Flávio Dino, que já escolheu o deputado Weverton Rocha (PDT) como primeiro nome.
Cleide Coutinho será candidata a deputada estadual


Segundo informações da coluna do Jotônio Vianna, no Jornal Pequeno, a ex-deputada Cleide Coutinho, viúva do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho, já está totalmente definida sobre seu futuro político. Cleide será candidata a deputada estadual.
Na semana passada, houve um boato de que a ex-deputada estaria cotada para a vaga de vice na chapa do governador Flávio Dino, o que foi rechaçado pela viúva de HC, segundo informação do ex-secretário de Fazenda de Caxias das gestões Humberto Coutinho e Leonardo Coutinho, Berilo Araújo. Homem muito próximo da família Coutinho, Berilo disse que a própria Cleide autorizou a divulgação de seu destino político.
Ele também adiantou que Cleide se filiará ao PDT, partido de Humberto, para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.