Desafeto de Flávio Dino, Bolsonaro exclui Maranhão de plano para fomento da agricultura
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) excluiu o Maranhão de um plano composto por um pacote de ações que visam fomentar o setor da agricultura.
A informação foi confirmada, esta semana, pelo próprio governo federal, que divulgou informações referentes ao trabalho.
O capitão reformado do Exército é desafeto político do governador Flávio Dino (PC do B), de quem recebe críticas quase que diárias.
O objetivo de Bolsonaro com a medida seria amenizar a rejeição que o seu governo sofre na região Nordeste.
Sob orientação da Casa Civil e do Ministério da Agricultura, a Embrapa Territorial identificou oito microrregiões carentes nas quais fará ações direcionadas. Pelo plano traçado, o programa beneficiará cerca de 150 mil famílias.
O trabalho, que deverá ter início em junho, será focado na irrigação e no fomento às cooperativas.
As oito microrregiões sugeridas com base no estudo da Embrapa são próximas aos municípios de Euclides da Cunha (BA), Araripina (PE), Batalha (AL) e Canindé do São Francisco (SE). Também devem ser incluídas cidades das regiões do Vale do Açu (RN), Cariri (PB), Baixo Jaguaribe (CE) e sul do Piauí.
A desculpa dada pelo governo federal para excluir o Maranhão é de que o estado não faz parte do semiárido nordestino.
Reação – Nas suas redes sociais, o senador Weverton Rocha (PDT) classificou a medida como inaceitável e garantiu que já está se movimentando no sentido de incluir o Maranhão no pacote de benefícios.
“Inaceitável a informação de que o governo federal prepara um pacote de fomento à agricultura para o Nordeste, que beneficiará milhares de famílias, mas deixará o Maranhão de fora. Já estou buscando as alternativas legislativas para que o Maranhão seja incluído e vamos reunir a bancada para buscar meios de garantir isso. O nosso estado tem regiões no semiárido que precisam de incentivo e vamos lutar para que seja parte desse pacote de fomento”, disse o pedetista.