Ambiente desidratado na politica de Caxias
O núcleo duro do Palácio da Cidade não dá mostras de que se preocupa com a disputa municipal de 2020. Mas nos bastidores, principalmente da família Gentil, já há sinais de que o clã de governantes pressente um embate futuro menos tranquilo do que imaginava meses atrás.
A avaliação ainda é de precaução, pois, de fato, não há nenhuma movimentação politico-partidária de outros grupos locais no sentido de formar uma força potencial contra a reeleição de Fábio Gentil. No máximo, o que se ouve nas rodas de conversa da militância politica caxiense são argumentações de que surgirá, inevitavelmente, uma candidatura de oposição capaz de se opor, efetivamente, à tentativa de reeleição do prefeito.
A questão, porém, é quem irá comandar a tal frente oposicionista. A depender do quadro de hoje, a impressão é que nunca na história da Princesa do Sertão se viu um ambiente politico tão desidratado e sem animação.
Apesar disso, como não existe vácuo politico que não possa ser ocupado, realçam os observadores que a oposição se fará presente em Caxias com ou sem o aval ou o comando das forças politicas mais tradicionais.
O que, realmente, a historiografia politica caxiense tem dado mostras de que é possível, sim, o surgimento de uma liderança inesperada com capacidade para catalisar o descontentamento de eleitores que não são simpáticos à atual administração. A duvida, porém, é que nível eleitoral isso se daria: se uma oposição com mais condições de vencer de vencer os governistas ou apenas demarcar terreno para quando outro carnaval chegar.