O ex-presidente José Sarney concedeu uma entrevista ao jornal Correio Braziliense onde tratou de vários assuntos da política nacional nacional. Ele foi bem curto ao falar do Maranhão, que hoje é governado por Flávio Dino, seu adversário no Estado.
Ao falar que não sentia mágoas porque Deus havia sido generoso com ele, já que chegou à presidência da República tendo nascido em uma casa de 50m², o repórter indagou: a propósito, e o Maranhão, como está hoje? Sarney respondeu apenas: “vai bem, obrigado”.
Sobre o governo Bolsonaro, Sarney disse elencou como principal problema acreditar que a mudança ideológica alinhada aos Estados Unidos iria alavancar a economia. Para ele, Bolsonaro teve a leitura errada de que o mundo vendo o Brasil como país não-esquerdista iria atrais investimentos e crescer e nada disso ocorreu. Sarney usou como exemplo a China, que é um dos maiores importadores do Brasil e caminha para ser a maior potência mundial em cerca de 10 anos.
Sarney também criticou a judicialização da política e a politização do judiciário. Para ele, o Ministério Público desequilibra o sistema político do país. “Os ingleses levaram 700 anos para construir esse sistema atual em que vivemos, da democracia representativa, dos Três Poderes, cada um controlando o outro. O Brasil acrescentou mais um poder, destruindo e desestabilizando todos os três: o Ministério Público”.