Câmara Municipal define data para audiência sobre Saúde
A Câmara Municipal de Caxias realizará audiência pública na próxima quarta-feira (11), às 18h, no plenário de sua sede parlamentar, para discutir a problemática dos serviços de urgência e emergência médica na saúde pública do município. A proposta da audiência partiu da líder da bancada de oposição, vereadora Thais Coutinho (PSB).
Segundo o presidente da CMC, vereador Catulé (PRB), serão convidados a participar do encontro com os vereadores a secretária municipal de Saúde, Maria do Socorro Melo, o diretor regional de Saúde, Daniel Barros, representando o Governo do Estado, e o diretor do Hospital Macrorregional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira Aragão, Jéferson Coutinho. Muita gente na discussão de um tema tão relevante como esse poderia gerar até mais confusão, e não é isso que nossa população espera desta casa, no caso, a busca por melhorias na saúde de Caxias, justificou o presidente.
A matéria foi discutida, inicialmente, no pequeno expediente da sessão dessa segunda-feira (2), e depois se estendeu pelo grande expediente, onde três vereadores, Durval Júnior (PSB), Jerônimo Ferreira (PMN) e Magno Magalhães (PSD) fizeram uso da palavra na tribuna.
Após o deferimento de seu requerimento propondo a reunião, a vereadora Thais Coutinho sugeriu à apreciação do plenário a formulação de convites à secretária municipal de Saúde, Maria do Socorro Melo, ao diretor regional de Saúde do Estado, Daniel Barros, ao diretor do Hospital Macrorregional Dr. Everaldo Ferreira Aragão, Jéferson Coutinho, bem como a um representante do Ministério Público Estadual, que atuaria na condição de mediador do encontro.
Submetida à decisão dos vereadores presentes, 17 ao todo, pelo presidente Catulé, a sugestão da vereadora foi vencida pela propositura oral do vereador Sargento Moisés (PSD), líder do governo, para que a reunião ocorresse apenas com as presenças da secretária Maria do Socorro Melo e do diretor Daniel Barros. Momentos mais tarde, o plenário decidiu incluir também o Diretor do Hospital Macrorregional no encontro.
Muitos problemas
Para a liderança do governo na CMC, a iniciativa da sua colega da oposição foi elogiável, uma vez que Caxias, em que pesem os investimentos recentemente feitos na estrutura de atendimento, ainda tem muitos problemas na área da saúde. Para Sargento Moisés, a questão é tão séria que o melhor seria a casa receber todos os gestores maiores da saúde no Estado, inclusive o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, que de alguma forma tem se esquivado de visitar Caxias para discutir o assunto. E vejam que ele sequer veio aqui para receber o título de cidadania que lhe foi concedido pela iniciativa da vereadora Thais, alfinetou, ao usar a palavra no pequeno expediente.
Na avaliação de Moisés, os problemas detectados no processo de transferência de pacientes, entre as unidades de saúde da região, não podem mais ser ignorados. Falou também que o caso do Hospital do Câncer do Município deve ser exposto com mais clareza. E, em resposta a uma observação da colega Thais Coutinho, alegando que aquela unidade não está funcionando porque o Ministério da Saúde a reprovou quando de sua conclusão na gestão passada, face a ausência de uma UTI, salientou que na época construíram a oncologia, depois fecharam o Hospital Geral, e que agora, no entanto, o HG foi reaberto, mas a oncologia não funciona. O que a colega falou é muito contraditório. Precisamos de explicações plausíveis, mais clareza, ressaltou na ocasião.
O líder do líder do governo tem a percepção de que o Governo do Estado, ao ter assumido o serviço de oncologia na cidade, no Hospital Macrorregional, precisa dizer se que tem condições de manter o serviço, porque algo não vai bem com o atendimento em Caxias. As pessoas começam um tratamento aqui, depois são encaminhadas para São Luís ou Imperatriz, locais bem distantes de Caxias.
Outro que também se manifestou sobre o tema foi o vereador Jerônimo Ferreira. De acordo com o vereador do PMN, a presença de um representante do Hospital Macrorregional no encontro não podia ser ignorada, até mesmo porque esse hospital não está na estrutura do município, mas tem presença física na cidade. Na sua concepção, os administradores de Caxias precisam saber concretamente dos investimentos do governo do Estado na região e o que realmente o Macrorregional está fazendo por Caxias. O tratamento na área de oncologia, segundo Jerônimo, ainda é uma incógnita na cabeça das pessoas que precisam desse tipo assistência médica, que é de urgência. Assim, precisaríamos do maior número de pessoas responsáveis para obtermos todos os esclarecimentos possíveis no interesse da população do município, destacou.
Falta de sintonia
Entrando na discussão, o vereador Repórter Puliça (PRB), inicialmente confrontou a vereadora Thais Coutinho, dizendo que, mesmo sendo autora da proposta de audiência, ela representava uma época em que a saúde pública de Caxias ficou marcada pelo grande número de mortes de recém-nascidos, ao ponto da maternidade pública municipal (Carmosina Coutinho) acabar conhecida, em todo o país, como maternidade da morte. Depois, diminuindo a emoção, declarou que a saúde do município realmente não está boa, mas também não está assim tão ruim, disse, lembrando em seguida que muita coisa errada acontece por causa da relação que algumas pessoas fazem da interação do Estado com o município. No Macrorregional, por exemplo, o povo de fora de Caxias é atendido rapidamente. Os daqui, são obrigados a esperar, protestou.
Usando também da palavra, o vereador Neto do Sindicato (PC do B), mais conciliador, assinalou que a discussão de tema tão relevante precisava encontrar a casa toda coesa em torno do assunto. Cabe a esta Casa fazer o papel que o povo dela espera, e que o resultado da audiência seja a melhoria da saúde de Caxias, ressaltou.
Mais crítico sobre a matéria, o vereador Durval Júnior (PSB), outro a se posicionar, centrou seu entendimento para o Hospital Macrorregional, onde disse que não é possível a atenção para as pessoas que procuram a unidade. Ele observou que a dificuldade que os caxienses enfrentam para marcar algum exame, como ressonância magnética, por exemplo, é muito grande, ao ponto dos usuários se submeterem a duas ou três madrugadas nas filas de espera. Da forma que está, é melhor levarmos nossos pacientes para Coroatá, ou Presidente Dutra, porque, aqui, não é possível o atendimento, explicou.
Uso racional
Por sua vez, o vereador Edílson Martins (PSDB), engrossando a voz da oposição, declarou que o bom seria a presença de todos os envolvidos no processo da saúde do município, inclusive os dois deputados estaduais que apoiam o prefeito Fábio Gentil, Zé Gentil (PRB) e Adelmo Soares (PC do B), os quais inclusive estão na base de sustentação do governador Flávio Dino.
Martins acrescentou que o prefeito diz agora que não tem dinheiro para um bom serviço de saúde no município; que era um crítico feroz da gestão passada na tribuna da CMC; e que sabia onde achar recursos para melhorar a saúde de Caxias. Agora, não sabe mais. Recebeu recentemente 41 milhões de reais, mas nenhuma especialidade nova foi apresentada para a população, e estão aí as filas, para atendimento e realização de exames, cobrou.
O vereador do PSDB foi confrontado por Sargento Moisés, que defendeu a responsabilidade da administração fazer o melhor uso possível dos recursos obtidos através de emendas parlamentares federais, no intuito de garantir a funcionalidade de todo o sistema. Deputados federais acreditaram no prefeito Fábio Gentil. Não sabemos quando iremos ter mais disponibilidade de dinheiro para a saúde, justificou.
Tratamento de câncer
Último orador da noite a se posicionar diante do tema, o vereador Magno Magalhães (PSD) ocupou a tribuna para creditar ao governador Flávio Dino a responsabilidade pelos problemas do tratamento de câncer em Caxias. Segundo ele, melhor seria a prefeitura doar o prédio do Hospital do Câncer para o Estado realizar todo o serviço aqui mesmo, para que muito mais pessoas possam ser atendidas. Minha sugestão é que o município doe para o Estado a mesma área que governador, quando deputado federal, mandou recursos para a construção da unidade de oncologia que agora está pronta, mas não está funcionando, ao invés de realizar o tratamento que é feito hoje em um puxadinho do Hospital Macrorregional, aconselhou.
Oferecendo mais munição às discussões que irão se evidenciar na audiência da saúde, o vereador Ramos (SD), em aparte a Magno Magalhães, assinalou que o Centro de Oncologia foi construído e hoje está abandonado. O governo do Estado colaborou, mas não instalou na época uma UTI. O assunto foi tratado por nós em uma audiência, em 2017, no Palácio dos Leões, mas até hoje nada foi resolvido, confessou.
Segundo o presidente da CMC, vereador Catulé (PRB), serão convidados a participar do encontro com os vereadores a secretária municipal de Saúde, Maria do Socorro Melo, o diretor regional de Saúde, Daniel Barros, representando o Governo do Estado, e o diretor do Hospital Macrorregional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira Aragão, Jéferson Coutinho. Muita gente na discussão de um tema tão relevante como esse poderia gerar até mais confusão, e não é isso que nossa população espera desta casa, no caso, a busca por melhorias na saúde de Caxias, justificou o presidente.
A matéria foi discutida, inicialmente, no pequeno expediente da sessão dessa segunda-feira (2), e depois se estendeu pelo grande expediente, onde três vereadores, Durval Júnior (PSB), Jerônimo Ferreira (PMN) e Magno Magalhães (PSD) fizeram uso da palavra na tribuna.
Após o deferimento de seu requerimento propondo a reunião, a vereadora Thais Coutinho sugeriu à apreciação do plenário a formulação de convites à secretária municipal de Saúde, Maria do Socorro Melo, ao diretor regional de Saúde do Estado, Daniel Barros, ao diretor do Hospital Macrorregional Dr. Everaldo Ferreira Aragão, Jéferson Coutinho, bem como a um representante do Ministério Público Estadual, que atuaria na condição de mediador do encontro.
Submetida à decisão dos vereadores presentes, 17 ao todo, pelo presidente Catulé, a sugestão da vereadora foi vencida pela propositura oral do vereador Sargento Moisés (PSD), líder do governo, para que a reunião ocorresse apenas com as presenças da secretária Maria do Socorro Melo e do diretor Daniel Barros. Momentos mais tarde, o plenário decidiu incluir também o Diretor do Hospital Macrorregional no encontro.
Muitos problemas
Para a liderança do governo na CMC, a iniciativa da sua colega da oposição foi elogiável, uma vez que Caxias, em que pesem os investimentos recentemente feitos na estrutura de atendimento, ainda tem muitos problemas na área da saúde. Para Sargento Moisés, a questão é tão séria que o melhor seria a casa receber todos os gestores maiores da saúde no Estado, inclusive o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, que de alguma forma tem se esquivado de visitar Caxias para discutir o assunto. E vejam que ele sequer veio aqui para receber o título de cidadania que lhe foi concedido pela iniciativa da vereadora Thais, alfinetou, ao usar a palavra no pequeno expediente.
Na avaliação de Moisés, os problemas detectados no processo de transferência de pacientes, entre as unidades de saúde da região, não podem mais ser ignorados. Falou também que o caso do Hospital do Câncer do Município deve ser exposto com mais clareza. E, em resposta a uma observação da colega Thais Coutinho, alegando que aquela unidade não está funcionando porque o Ministério da Saúde a reprovou quando de sua conclusão na gestão passada, face a ausência de uma UTI, salientou que na época construíram a oncologia, depois fecharam o Hospital Geral, e que agora, no entanto, o HG foi reaberto, mas a oncologia não funciona. O que a colega falou é muito contraditório. Precisamos de explicações plausíveis, mais clareza, ressaltou na ocasião.
O líder do líder do governo tem a percepção de que o Governo do Estado, ao ter assumido o serviço de oncologia na cidade, no Hospital Macrorregional, precisa dizer se que tem condições de manter o serviço, porque algo não vai bem com o atendimento em Caxias. As pessoas começam um tratamento aqui, depois são encaminhadas para São Luís ou Imperatriz, locais bem distantes de Caxias.
Outro que também se manifestou sobre o tema foi o vereador Jerônimo Ferreira. De acordo com o vereador do PMN, a presença de um representante do Hospital Macrorregional no encontro não podia ser ignorada, até mesmo porque esse hospital não está na estrutura do município, mas tem presença física na cidade. Na sua concepção, os administradores de Caxias precisam saber concretamente dos investimentos do governo do Estado na região e o que realmente o Macrorregional está fazendo por Caxias. O tratamento na área de oncologia, segundo Jerônimo, ainda é uma incógnita na cabeça das pessoas que precisam desse tipo assistência médica, que é de urgência. Assim, precisaríamos do maior número de pessoas responsáveis para obtermos todos os esclarecimentos possíveis no interesse da população do município, destacou.
Falta de sintonia
Entrando na discussão, o vereador Repórter Puliça (PRB), inicialmente confrontou a vereadora Thais Coutinho, dizendo que, mesmo sendo autora da proposta de audiência, ela representava uma época em que a saúde pública de Caxias ficou marcada pelo grande número de mortes de recém-nascidos, ao ponto da maternidade pública municipal (Carmosina Coutinho) acabar conhecida, em todo o país, como maternidade da morte. Depois, diminuindo a emoção, declarou que a saúde do município realmente não está boa, mas também não está assim tão ruim, disse, lembrando em seguida que muita coisa errada acontece por causa da relação que algumas pessoas fazem da interação do Estado com o município. No Macrorregional, por exemplo, o povo de fora de Caxias é atendido rapidamente. Os daqui, são obrigados a esperar, protestou.
Usando também da palavra, o vereador Neto do Sindicato (PC do B), mais conciliador, assinalou que a discussão de tema tão relevante precisava encontrar a casa toda coesa em torno do assunto. Cabe a esta Casa fazer o papel que o povo dela espera, e que o resultado da audiência seja a melhoria da saúde de Caxias, ressaltou.
Mais crítico sobre a matéria, o vereador Durval Júnior (PSB), outro a se posicionar, centrou seu entendimento para o Hospital Macrorregional, onde disse que não é possível a atenção para as pessoas que procuram a unidade. Ele observou que a dificuldade que os caxienses enfrentam para marcar algum exame, como ressonância magnética, por exemplo, é muito grande, ao ponto dos usuários se submeterem a duas ou três madrugadas nas filas de espera. Da forma que está, é melhor levarmos nossos pacientes para Coroatá, ou Presidente Dutra, porque, aqui, não é possível o atendimento, explicou.
Uso racional
Por sua vez, o vereador Edílson Martins (PSDB), engrossando a voz da oposição, declarou que o bom seria a presença de todos os envolvidos no processo da saúde do município, inclusive os dois deputados estaduais que apoiam o prefeito Fábio Gentil, Zé Gentil (PRB) e Adelmo Soares (PC do B), os quais inclusive estão na base de sustentação do governador Flávio Dino.
Martins acrescentou que o prefeito diz agora que não tem dinheiro para um bom serviço de saúde no município; que era um crítico feroz da gestão passada na tribuna da CMC; e que sabia onde achar recursos para melhorar a saúde de Caxias. Agora, não sabe mais. Recebeu recentemente 41 milhões de reais, mas nenhuma especialidade nova foi apresentada para a população, e estão aí as filas, para atendimento e realização de exames, cobrou.
O vereador do PSDB foi confrontado por Sargento Moisés, que defendeu a responsabilidade da administração fazer o melhor uso possível dos recursos obtidos através de emendas parlamentares federais, no intuito de garantir a funcionalidade de todo o sistema. Deputados federais acreditaram no prefeito Fábio Gentil. Não sabemos quando iremos ter mais disponibilidade de dinheiro para a saúde, justificou.
Tratamento de câncer
Último orador da noite a se posicionar diante do tema, o vereador Magno Magalhães (PSD) ocupou a tribuna para creditar ao governador Flávio Dino a responsabilidade pelos problemas do tratamento de câncer em Caxias. Segundo ele, melhor seria a prefeitura doar o prédio do Hospital do Câncer para o Estado realizar todo o serviço aqui mesmo, para que muito mais pessoas possam ser atendidas. Minha sugestão é que o município doe para o Estado a mesma área que governador, quando deputado federal, mandou recursos para a construção da unidade de oncologia que agora está pronta, mas não está funcionando, ao invés de realizar o tratamento que é feito hoje em um puxadinho do Hospital Macrorregional, aconselhou.
Oferecendo mais munição às discussões que irão se evidenciar na audiência da saúde, o vereador Ramos (SD), em aparte a Magno Magalhães, assinalou que o Centro de Oncologia foi construído e hoje está abandonado. O governo do Estado colaborou, mas não instalou na época uma UTI. O assunto foi tratado por nós em uma audiência, em 2017, no Palácio dos Leões, mas até hoje nada foi resolvido, confessou.
Ascom/CMC