quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Catulé afirma que legislativo teve atuação positiva em 2019, mesmo sem Caxias contar com representatividade 


Ao fazer um balanço das atividades do Poder Legislativo Municipal no decorrer deste ano, o presidente da Câmara Municipal de Caxias, vereador Catulé (PRB), afirmou que a participação dos vereadores foi altamente positiva, sobretudo no semestre parlamentar encerrado na última segunda-feira (16).

"Considero muito positiva, porque aqui foram votados projetos de lei, requerimentos e outras proposições que beneficiaram única e exclusivamente a população caxiense. E 2021, certamente, será ainda um ano muito mais produtivo, porque nosso poder legislativo atuará, como tem feito, com a participação direta do povo, fiscalizando sempre o agente político que colocou para representá-lo, aqui na Câmara, através do voto", argumentou.

Para o vereador Catulé, a grande maioria dos colegas está agradecida ao apoio que o prefeito Fábio Gentil (PRTB) deu às suas reivindicações, beneficiando assim muitas comunidades, tanto no perímetro urbano como na zona rural, onde atuam. Segundo o presidente da CMC, quando o Poder Legislativo Caxiense se posiciona, trabalha, só quem ganha a população.

Sem quadros e representatividade
Não obstante, ao encerrar os trabalhos legislativos do ano, o presidente da CMC também fez a seguinte desabafo: "Vereadores do passado, e alguns que ainda estão aqui nesta Casa, participamos de bons tempos, quando nossa cidade tinha a representação mais forte do Maranhão, principalmente no Congresso Nacional, quando nada atingia o Município de Caxias. E hoje eu vejo, a cada instante, a cada momento, a nossa cidade diminuir em relação à representatividade. Se nós não temos uma representatividade boa, na Câmara Federal e no Senado, isso diminui a cada dia a nossa cidade", explicou.

E, continuando: "Vou dar um exemplo: aqui nós tínhamos uma Delegacia da Receita Federal, que hoje é um posto da receita Federal. Se a pessoa entrar na malha fina, por exemplo, não resolve nada por aqui, tem que ir para São Luís; o Ministério do Trabalho, que tinha uma delegacia, hoje é só uma porta, que ninguém nem sabe onde é que fica. De modo que, um dissídio coletivo, um acordo trabalhista, agora é resolvido em Codó. Nós tínhamos uma representação da Ministério da Agricultura, mas ela foi embora há uns vinte anos; e agora, o INSS, o Corpo de Bombeiros interditou, porque senão ia ser pior, e agora está lá numa mesa de tabique dentro do shopping, e eu não vi nenhum pronunciamento das nossas representações políticas, estadual ou federal. Aqui, a nossa receita estadual, que era uma delegacia, agora é um posto; a Cemar era uma diretoria regional, mas foi mudada para Timon. E já tenho notícia que o DNIT, há 60 anos instalado em Caxias, também está se mudando para Timon, e não sei as razões".

E mais: "De sorte, que eu não entendo o que está acontecendo com a cidade que eu considero mais importante do interior do Estado do Maranhão. Porque nossa cidade tem história, tem nome, e tinha representações políticas. Os bancos federais, inclusive o Banco do Nordeste, um banco de fomento, hoje só quer saber de consignado; não se financia mais a agricultura, não se financia mais nada. Na Caixa Econômica, a fila começa na porta, atravessa e passa pelo Banco do Brasil. Fila grande, porque o prédio, quando foi feito, a cidade tinha 60 mil habitantes, e hoje tem 180 mil habitantes. Na área da saúde, nós tínhamos a Funasa, que cuidava de todas as doenças tropicais, mas acabou".

Concluindo: "Enfim, nós estamos fracos de representação e de quadros também. Não tínhamos dificuldades para escolher um quadro para a Câmara, para a Assembleia Legislativa e para o Congresso Nacional, e agora nós temos quadro para nada, coisa nenhuma. Nós estamos assistindo tudo acontecer de boca calada. Todo mundo fica com medo de atingir a, b ou c. Felizmente, nós estamos assistindo a justiça ser mais célere em nosso país, apurando os escândalos. De sorte que, entre mortos e feridos, esta casa produziu. E eu espero, mesmo depois da nossa volta do recesso, em fevereiro, que a gente, mesmo com o período eleitoral, comece a dar resposta a essa sociedade que nos empresta sua voz para representá-la".

Ascom/CMC