domingo, 1 de dezembro de 2019

"Não se mexe em time que está ganhando", diz Catulé 


Blog do Ricardo Marques Questionado por este redator se haverá repetição da chapa majoritária à reeleição do prefeito Fábio Gentil (PRB), mantendo-se o atual vice Paulo Marinho Jr (PP), o presidente da Câmara Municipal de Caxias (MA), vereador Catulé (PRB), disse que “não se mexe em time que está ganhando”. Na avaliação do experiente parlamentar, a base aliada tem esse mesmo entendimento, embora admita que “em política nada é definitivo”.

Em entrevista durante o #SQN (Hashtag Só Que Não) da rádio Sinal Verde FM (103,3Mhz – Caxias/MA), que vai ao ar todos os sábados, a partir do meio-dia, o presidente da CMC explicou que concurso público da Casa – que chegou a ser anunciado – não foi realizado porque não houve interesse de nenhuma organização de credibilidade e suporte técnico para a realização do processo, mas que ainda não desistiu de realizar, “até por compreendermos ser um dever de todo parlamento”.
Sobre a possibilidade de aumento de 19 para 21, no número de vagas na Câmara de Caxias, o presidente disse ser contra, sob o argumento de que quantidade não expressa qualidade; mas foi taxativo ao afirmar que “a decisão pertence a maioria, e o que a maioria decidir será acatado pela Mesa Diretora”.
O presidente disse estar atento para não virar ficha-suja, ao final do mandato. Ele lembrou que a grande maioria dos ex-presidentes de câmaras municipais em todo o Brasil restaram inelegíveis, após deixarem os seus mandatos. “Nem todos foram corruptos, o problema está na falta de uniformidade das regras que balizam as administrações dessas Casas, onde cada câmara municipal tem um modelo de prestação de contas, o que, no final, é um risco para todos, pois cada conselheiro de tribunal entende de um jeito diferente”. Catulé revelou que desde que virou presidente, o legislativo municipal de Caxias tem devolvido dinheiro ao erário a fim de evitar problemas futuros. “Só no ano passado devolvemos mais de R$ 200 mil”.
Catulé avaliou o governo Fábio Gentil como positivo. Disse que os acertos estão em toda parte e destacou como exemplo o cuidado com a cidade, “as praças e demais logradouros ganharam vida, o que ajuda a elevar a autoestima dos caxienses”. Mas afirmou que o mandatário municipal deveria ter feito algumas mudanças no seu secretariado onde alguns nomes deixam a desejar. “Uma reforma é sempre importante, até para motivar toda a equipe a trabalhar sempre mais e melhor”.
Eu, os negros e a Fundação Palmares 


Por José Sarney
O Brasil nasceu quase junto com sua maior injustiça: a escravidão negra. Por ela, as pessoas eram coisas. No Maranhão ela assumiu ares oficiais: a Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará tinha monopólio estatal da venda de escravos.
Na época da Independência José Bonifácio pretendia combinar o fim da escravidão com a reforma agrária. E dizia que o Brasil precisava da “expiação de nossos crimes e pecados velhos”.
Dividi com meu amigo Afonso Arinos, autor da lei que leva o seu nome, de considerar crime a discriminação racial, a defesa da causa que herdamos deste nosso passado, de redenção dos mais pobres, de seus direitos individuais e sociais, terra, como queria o Patriarca, a educação, como pretendia Nabuco.
Como parlamentar e nos cargos executivos que exerci, governador e presidente, sempre saí na frente em sua defesa. Nas Nações Unidas, em 1961, como delegado do Brasil na Comissão de Política Especial, fiz um discurso em nome do Brasil, talvez o primeiro, condenando o apartheid, o regime da África do Sul que segregava negros e brancos. Presidente da República, cortei relações com o país e proibi o Brasil de participar dos eventos esportivos ali realizados.
Em 1988, era o centenário da Lei Áurea. Não quis fazer nenhuma solenidade de comemoração porque sempre tinha, ao longo dos anos, afirmado ser a escravidão a maior mancha de nossa História.
A condenação da discriminação racial no Brasil tinha sido politizada e segregada em retórica, sem nenhuma medida concreta para objetivamente extinguir essa vergonha de serem os pretos no Brasil os mais pobres dos mais pobres, as maiores vítimas dos assassinatos, os últimos a ter emprego, os que têm menor acesso à educação.
Estudioso da História, eu sabia que os Estados Unidos, onde o problema era mais agudo do que no Brasil, só tinham avançado em sua solução quando criaram instrumentos fortes de integração, de maneira a que os negros pudessem participar das decisões.
Assim, aproveitei a data dos cem anos da abolição para fazer o primeiro ato efetivo a favor dos afrodescendentes: criei a Fundação Palmares e procurei dar instrumentos para que ela cumprisse seus objetivos Fundação Palmares e procurei dar instrumentos para que ela cumprisse seus objetivos.
Na década seguinte, fui pioneiro ao propor uma lei de cotas para os negros nas faculdades, no emprego e no financiamento público, que só há alguns anos começaram a ser implementadas. Houve uma nova maneira de encarar o problema da discriminação racial, e começamos a colher o resultado das cotas.
Esta minha visão está expressa no fato de que criei uma das grandes personagens negras de nossa literatura, Saraminda, ao lado de Tereza Batista, do Jorge Amado.
Portanto, é com revolta, com profunda indignação que vejo se tentar deturpar os objetivos da Fundação Palmares, ignorando suas origens e seus objetivos. Em vez de fortificá-la, usá-la para estigmatizar os negros, falando mesmo, numa linguagem chula, de mandá-los para o Congo.
A maior parte dos que formaram o Brasil foram africanos. Sua contribuição está no mundo material e no nosso universo imaginário. O forte sangue negro permanece no nosso DNA, na nossa cultura, na nossa determinação. Mas nem todos partilhamos de seu sofrimento, que não se acaba, como se constata na agressão revoltante que presenciamos.
Homem reage, bandido atira, mas arma falha durante assalto no Residencial Eugênio Coutinho 

Crime aconteceu na manhã de ontem no Residencial Eugênio Coutinho 
Um homem identificado como Itamar reagiu a um assalto e quase foi baleado na manhã de ontem no Residencial Eugênio Coutinho. 

Segundo informações repassadas por uma fonte do blog, o sobrinho do senhor Itamar estava no terraço da casa quando foi abordado por dois bandidos que tentaram roubar o celular do jovem. Os criminosos ainda deram uma coronhada na cabeça do rapaz. 

Ainda de acordo com informações da fonte do blog, o senhor Itamar, que estava na cozinha da casa, ouviu a confusão e saiu correndo para impedir o assalto. Em um ato de muita coragem e alto risco, o homem conseguiu segurar a moto e derrubou os meliantes. Um deles, tentando alvejar o homem,  apertou o gatilho três vezes, mas a arma não funcionou. 

A Policia Militar foi acionada e constatou que a moto usada pelos criminosos, que conseguiram fugir a pés, na ação era roubada. 

Em tempo - Segundo as regras de segurança para o cidadão de bem não se tornar uma vitima da violência urbana, reagir a um assalto é uma atitude de muito risco, pois durante uma ação criminosa o assaltante está nervoso e com medo.