Da coluna do Mário Assunção (Portal Noca)
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Na sua grande maioria, os políticos carregam com seus mandatos vários parentes para exercerem cargos na administração pública. Não existe nenhum crime desde que sejam cargos comissionados (de confiança) e que o parente possua capacitação adequada para o exercício do cargo, respeitando os limites da lei.
Em Caxias, todas as famílias que foram inquilinas do Palácio da Cidade utilizaram-se dessas práticas e, muitas vezes, importando parentes de outros estados e cidades para exercerem cargos na administração.
O grande problema é quando a parentada começa a utilizar seus cargos, os recursos públicos para realização de negócios obscuros e, ao arrepio da lei, praticar crimes, desde favorecimento ilícito a desvio de verba. Dessa forma, o gestor sente-se incapaz de demitir o parente para não manchar o nome da família. No torrão caxiense existem vários exemplos: quem nunca ouviu falar da “Família Metralha”? Ou do “Forasteiro Fanfarrão”? Tem o “Primo Agiota”, e assim sucessivamente.
Outro problema é quando a parentada começa a achar o espaço do executivo pequeno e pensa em aumentar seus tentáculos nos legislativos Municipal e Estadual. Assim, acaba-se com as chances dos parceiros políticos do gestor do executivo a crescer politicamente, condena seus correligionários a atrofia política precoce a não passar de vereador.
São essas armadilhas que o bom político precisa ficar atento e administrar de forma sábia a fome da parentada e os anseios dos parceiros políticos para proporcionar uma harmonia no grupo e ter o exército unido para guerra