domingo, 18 de outubro de 2020

 A saúde no cenário pós-pandemia 


Rosângela dá Crüz 

Terapeuta Holísticas, Acupunturista 

Ac. de Farmácia

Durante a Pandemia do Covid-19 o mundo se deu conta que a Saúde está à beira do colapso e precisa se reestruturar, o aprendizado com os erros e acertos do passado e a experiência com o trauma da Crise gerada pela Pandemia irão nos conduzir a um modelo de saúde melhor. Precisamos fazer de forma diferente para atingir os objetivo de cuidar da saúde das pessoas, agregando valor a todos, sem distinção de classes ou segmentação social. Um sistema de Saúde com eficiência, eficácia e estrutura suficiente, profissionais da saúde fazendo uso adequado dos recursos e das tecnologias, associadas ao engajamento individual no cuidar da saúde, serão a ponte para inovar em um modelo de saúde capaz de permear toda sua cadeia, passando pela promoção, prevenção e assistência à saúde com excelência de qualidade para a preservação da vida das pessoas. Após a pandemia, o mundo será diferente, muitos aprendizados estão sendo oportunizados e já há várias discussões sobre o que precisa mudar e, ao contrário, o que tem que ser intensificado, valorizado. O cuidado com nossa saúde nunca teve tanta evidência, por isso, uma das reflexões de muito destaque durante o período de distanciamento social tem sido o diferencial que o modelo de sistema de saúde adotado pelos países pode significar no enfrentamento à COVID-19. No Brasil, desde a Constituição de 1988, foi implantado o Sistema Único de Saúde (SUS), e a saúde passou a ser encarada como “direito de todos e dever do Estado”. Por meio do SUS, o país apostava no acesso universal e igualitário à saúde, Além da assistência médica, o Sistema prevê uma atenção contínua que vai desde a qualidade da alimentação da população (papel da ANVISA, vinculada ao SUS) até a prevenção de doenças com a imunização em larga escala. o Sistema brasileiro acompanha a ideia de que, mesmo em um regime capitalista, a saúde deve ficar fora da lógica do mercado, procurando um padrão de qualidade e de integração, um desafio e tanto para atender mais de 200 milhões de pessoas distribuídas em mais de cinco mil municípios, a capilaridade do SUS e a atuação integral, como o programa de saúde da família, por exemplo, podem ser muito relevantes em momentos de epidemia. 

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) Reconhecidas Pelo Ministério da Saúde e implementadas no SUS desde 2006, são muito importantes como um recurso na preservação do autocuidado. Assim, são um recurso válido no alivio de condições estressoras associadas ao contexto atual da pandemia e com estratégia complementar de fortalecimento do sistema imunológico ou mesmo uma forma de cuidar de pessoas em recuperação. A Terapias Integrativas e Complementares, reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde(OMS) em 1956, por tratar questões voltadas á melhoria do bem-estar e, consequentemente, á saúde, faz parte das PICs ofertadas pelo SUS desde 2018. É um instrumento importante que pode ser usado na pandemia, para redução do medo, ansiedade, estresse, sensação de isolamento por exemplo.

A crise pela qual estamos passando tem sido muito oportuna para refletirmos sobre o mundo em que queremos viver, e a saúde revela aspectos muito interessantes dessa reflexão – ela, mais do que tudo, é coletiva! A necessidade de todos termos cuidados na prevenção do coronavírus, por exemplo, enfatiza o papel de cada um de nós no cuidado com o outro, nossa interdependência. Ao usarmos máscaras para sair às ruas, não estamos apenas nos protegendo, mas, principalmente, protegendo ao outro. Dessa forma, viver em um país onde exista uma política de acesso universal à saúde é fundamental, pois, nessa rede interdependente, um depende do bem estar do outro, e cuidar de si é cuidar de todos. Pode-se pensar, também, que será uma questão a ser considerada em termos planetários – pois o vírus, que começou na China, rapidamente espalhou-se por todos os continentes. 

REFERÊNCIAS: 
1 – Aquietar Terapias Holísticas 
2 – Contabilizei.com.br