Sem vez no Patriotas, Jair Bolsonaro tenta agora armar para controlar o PP
André Fufuca estaria sob pressão de Jair Bolsonaro e Roberto Rocha |
Rejeitado pelo Patriotas, que rachou, tendo a banda contrária às filiações levado a melhor, o presidente Jair Bolsonaro estaria agora articulando para dar uma de “filho pródigo” e voltar ao PP, ao qual já foi filiado. Alguns bolsonaristas sem eixo imaginaram a unificação de PP, DEM e PSL formando um partido que seria a alma do Centrão no Congresso nacional, com 150 deputados federais e 15 senadores. Comandados por três cobras criadas (o senador piauiense Ciro Nogueira, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, e o deputado federal pernambucano Luciano Bivar), porta-vozes dos três negaram o projeto, tendo o PSL anunciado que já tem candidato a presidente, o apresentador paulista Luiz Datena. O DEM nem se dignou a tocar no assunto, e várias vozes do PP foram categóricas: apoiá-lo, sim, mas tê-lo de novo como um dos seus, nem pensar. No Maranhão, o PP vai continuar sob o controle férreo do deputado federal André Fufuca, que o tem desde 2016, quando assumiu após tirá-lo do então deputado Waldir Maranhão. Sobre sucessão estadual, André Fufuca já manifestou a intenção de apoiar a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), mas ressalvando que poderá mudar de posição, levando esse apoio a Carlos Brandão. E por isso é difícil imaginar que o partido dos Fufuca venha a sair da base do governador Flávio Dino para apoiar o projeto de poder do senador Roberto Rocha. É o caso do DEM, comandado pelo deputado federal Juscelino Filho, que deve apoiar o vice-governador Carlos Brandão. E o PSL, que sob o comando do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, deve apoiar a candidatura do senador pedetista.
Repórter Tempo