quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Operação da Policia Federal desarticula facção criminosa que planejou executar diretor de presidio no Maranhão 

Viaturas da Policia Federal em frente ao Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, de onde os lideres da facção arquitetavam os crimes e transmitiam as ordens


A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 19/8, a Operação Panteão, com o objetivo de desarticular facção criminosa, com células em várias cidades no Maranhão e em outros estados da federação, que vem coordenado atividades criminosas de dentro de presídios.

Cerca de 40 policiais federais cumprem 18 mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão, nas cidades de São Luís/MA, Caxias/MA, Timon/MA, Balsas/MA, Dourados/MS, Uberaba/MG e São Vicente/SP. As ordens judiciais foram deferidas pelo Juízo Estadual da 1ª Vara Criminal da Comarca de São Luís.

Durante as investigações, foi possível identificar pessoas ligadas à facção atuando principalmente nas cidades de Colinas/MA, Imperatriz/MA, Buriticupu/MA, Caxias/MA, Timon/MA, São Luís/MA, bem como nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A investigação permitiu ainda identificar as prováveis funções exercidas pela maioria dos investigados dentro da estrutura criminosa, seis deles atualmente exercendo a função de liderança dentro da facção em âmbito estadual.

Diretor de presídio na mira

Levantamentos realizados pela Polícia Federal identificaram planejamentos de execuções de pessoas ligadas a facções rivais, bem como evitaram uma provável execução de um diretor adjunto de um presídio no interior do Maranhão, orquestrada pelo grupo criminoso. Na época dos fatos, o diretor adjunto teria frustrado uma fuga de dois importantes integrantes da facção, motivo pelo qual membros da facção criminosa passaram a arquitetar um plano para matar o agente público.

Com apoio de outras forças de segurança pública, foi possível realizar a prisão em flagrante de outras duas pessoas ligadas a atividades de tráfico de drogas.

Os investigados poderão responder criminalmente por integrarem organização criminosa, crime previsto no art. 2º da Lei 12.850/13, com pena que pode chegar até 8 anos de reclusão.

Os líderes da referida facção acreditam ser intocáveis e idolatrados dentro da organização, tendo subordinados que obedecem a ordens de forma incondicional. Por esse motivo, a operação foi batizada de Panteão, que significa literalmente o conjunto de deuses de determinada religião.

Fonte: Polícia Federal