Bolsonaristas ligam sinal amarelo após a euforia do 7 de Setembro
Por Lucas Neiva/Congresso em Foco
Brasília- Saem os defensores do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e da intervenção militar em favor de Jair Bolsonaro, entram em cena os adversários do presidente, inclusive ex-aliados, que pedem a sua destituição do poder.
No intervalo entre os protestos de 7 e 12 de setembro, os apoiadores de Bolsonaro tiveram de engolir o recuo dele em relação ao Supremo, depois de ter feito ataques e ameaças à corte suprema do país. Um recuo vindo após forte reação do presidente do STF, Luiz Fux, e da ameaça de aliados de abandonarem o barco e de partidos até então silentes sobre impeachment de abraçar a causa.
Também nesse intervalo, fracassou a greve dos caminhoneiros. Convocada por um desconhecido autodeclarado líder do movimento, Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, a paralisação não teve a adesão da categoria. O recuo de Bolsonaro irritou parte do grupo que saiu às ruas em sua defesa no Dia da Independência.
Organizados pelo MBL, pelo Livres e pelo Vem pra Rua, os atos deste domingo devem ser realizados em ao menos 15 capitais nesta tarde. Em São Paulo, na Avenida Paulista, está confirmada a presença de presidenciáveis como Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
Apesar do tom contra Bolsonaro, partidos tradicionais de esquerda preferiram manter distância. O PT, por exemplo, divulgou uma nota no último sábado informando que não participava da organização dos atos do 12 de setembro e, apesar de confirmar que se solidarizava com a pauta, conclamou a população para novos protestos anti-Bolsonaro, em outras datas.
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Bolsonaristas ligam sinal amarelo após a euforia do Sete de Setembro