domingo, 3 de outubro de 2021

Churrasqueiro diz que faz de graça para Bolsonaro com doações de apoiadores

Enquanto o churrasco de fim de semana é algo cada vez mais distante da classe média por causa do preço, o presidente Jair Bolsonaro não enfrenta esse problema: nas últimas vezes em que assou uma carne com amigos, toda a comida foi doação, tanto de empresas como de admiradores. Quem conta isso é Joas do Prado Pereira, conhecido como Tchê, que recentemente virou “churrasqueiro oficial” da família presidencial.


O “Churrasqueiro dos Artistas”, como se apresenta nas redes sociais, ganhou notoriedade ao fazer um churrasco no Palácio da Alvorada no último Dia das Mães. Um item do cardápio chamou a atenção: a picanha wagyu, cujo quilo custa R$ 1.799,99.


Tchê minimiza o preço, dizendo que foi o presente de um frigorífico para o presidente. Ele também garante que não cobra e que sempre faz o churrasco da família Bolsonaro com presentes de amigos e produtos enviados por empresas.


Para mim é uma honra estar servindo o presidente da República — diz. — Levo presentes de amigos, de frigoríficos, de patrocínio.


Segundo ele, Bolsonaro gosta da carne “um pouquinho mais passada”, devido a restrições alimentares causadas pelas sucessivas cirurgias no abdômen. De sobremesa, uma mistura de abacaxi na brasa com sorvete.


A proximidade com o presidente também traz, é claro, frutos. Após o Dia dos Mães, Tchê ganhou mais de 20 mil seguidores no Instagram, chegando a 74 mil. Ele diz que sua agenda “sempre foi disputada”, mas que agora “está mais ainda um pouco”.


Natural do Rio Grande do Sul, Pereira se mudou para o Pará para fazer um curso de piloto de avião. Ele começou a fazer churrasco para pagar o curso, mas acabou adotando o ofício. Sua carreira deslanchou depois que conheceu o cantor Wesley Safadão, que o apresentou a outros artistas.


Com o sucesso entre famosos, decidiu se mudar para Goiânia. Hoje ele exibe em sua conta no Instagram fotos ao lado de outros cantores, como Gusttavo Lima, Leonardo e a dupla Bruno e Marrone. Tchê evita falar o quanto cobra, dizendo que depende de fatores como a estrutura e a qualidade da carne. O Globo