Troca de 'gentilezas' teria minado ida de Bolsonaro para o PL
“Quem manda no PL sou eu”, teria dito Valdemar da Costa Neto, após presidente da República exigir Eduardo Bolsonaro como comandante do diretório de São Paulo
Uma intensa troca de mensagens acabou definindo o adiamento do ato de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL). As conversas, no domingo, teriam sido marcadas por ofensas de parte a parte, segundo o que garante o site O Antagonista. Bolsonaro teria discutido com Valdemar da Costa Neto, presidente do diretório nacional da legenda.
Um dos motivos para o impasse sobre a ida de Bolsonaro ao PL, gira em torno do comando dos diretórios estaduais. Em São Paulo, o presidente queria dar o cargo ao filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal e atualmente no PSL. “Você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu”, teria escrito Costa Neto a Bolsonaro.
A conversa, então, evoluiu para discussão. De acordo com “O Antagonista”, Bolsonaro teria respondido ofendendo o presidente do partido, mandando-o para aquele lugar. Costa Neto, então, teria replicado a ofensa, dirigindo-a ao presidente da República.
As mensagens foram trocadas na madrugada do domingo (14), horas antes da oficialização do adiamento da filiação. O ingresso oficial de Bolsonaro nos quadros do PL estava agendado para o próximo dia 22.