Vereador Teodulo afirma que pandemia só será controlada com determinação e bom senso
Ao avaliar o trabalho dos parlamentares caxienses na sessão ordinária remota da Câmara Municipal de Caxias (CMC), na última segunda-feira (8), o presidente do legislativo municipal, vereador Teódulo Aragão (PP) afirmou que a casa está de parabéns, os colegas mostram-se empenhados em resolver as demandas da população e, mais importante, estão todos focados na luta contra o mal maior que ameaça o município, que é a pandemia do Covid-19. "Acho muito natural que os colegas divirjam em suas posições, porque isso é a essência da democracia. Agrada-me dizer que o empenho, seus esforços, têm como objetivo o bem-estar do povo caxiense. Mas, durante a sessão, observei que todos aqui estão muito preocupados com a pandemia, a segurança da cidade, e que isso é um aspecto muito positivo para confrontarmos nossos problemas", destacou.
O presidente da Câmara de Caxias ressaltou, entretanto, que a situação exige que todos os caxienses cerrem fileiras contra o coronavírus. Ele lembrou que em centros mais adiantados do país os hospitais estão praticamente em colapso. "Nos hospitais de São Paulo, maior cidade brasileira, já há filas de espera para leitos de internação, tanto de enfermaria quanto de UTI. No Rio Grande do Sul, conteiners climatizados guardam os corpos das vítimas nos pátios das unidades de saúde. Em Teresina, próximo à nossa cidade, a situação do sistema de saúde é crítica. A Casa Mater anunciou que já não tem condições de receber qualquer paciente. Então, diante de tal ameaça, nós não podemos deixar que o mesmo ocorra em Caxias, e só depende de nós, que precisamos nos prevenir e evitar participar de aglomerações", continuou.
Teódulo Aragão afirmou que renovou o fechamento da Câmara Municipal por toda esta semana, até o dia 14, explicando que o Poder Legislativo tem e deve dar exemplo para a população. "Quinze das atrás suspendi as atividades presenciais na casa porque, ao testarmos nossos servidores, descobrimos que 14 estavam infectados. Agora, por entendermos melhor o quadro, estamos acompanhando os decretos recentemente baixados pelo Governo do Estado e a Prefeitura de Caxias. As pessoas reclamam que isso ou aquilo não está sendo cumprido, que falta fiscalizar mais, que bares estão funcionando, o comércio está de portas abertas, que as festas continuam a acontecer às escondidas em Caxias. A verdade é que ninguém conseguirá a agradar a todos. Então, basta que individualmente botemos a mão na consciência e evitemos as aglomerações, sair de casa apenas para o necessário. Isso ajuda a conter a expansão da doença", explicou.
Três momentos
A sessão remota de segunda-feira, segundo o presidente da CMC, teve três momentos. O primeiro, foi a comemoração do Dia Internacional da Mulher, no qual saudou, em nome de dona Rosário Gentil, mão do prefeito Fábio Gentil (Republicanos), e das vereadoras Ângela Machado (PTC), Cynthia Lucena (PP) e Irmã Nelzir (Republicanos), todas as mulheres de Caxias e maranhenses. "Agradecemos a Deus, por elas existirem, até porque se não existissem não estaríamos aqui", assinalou.
O segundo momento concentrou as discussões sobre os problemas de saúde da cidade, principalmente a pandemia. Ele pontuou: "Quero dizer que no momento devemos entender que hoje não existe mais briga política, situação ou oposição. Hoje estamos fazendo o trabalho do poder legislativo caxiense. A gente precisa correr atrás, pedir ajuda ao Governo do Estado. O prefeito tem andado em São Luís, e pedido ajuda ao Governo do Estado. Se em algum momento ele não nos foi solícito, a gente tem que estar insistindo e, através do secretário de Saúde, Carlos Lula, e eu estive presente, junto com o prefeito, e ele nos garantiu que os recursos da Maternidade Carmosina Coutinho retornariam. Em outra visita a São Luís, o próprio secretário Carlos Lula garantiu que iria ajudar com os leitos de UTI para o hospital geral. Então, a gente precisa, sim, da ajuda do governo estadual, precisa pedir ao governador Flávio Dino, que também, ele não só nos ajude, mas faça o seu papel também em relação ao Hospital Macrorregional de Caxias".
E, continuando, enfatizando os problemas de segurança como terceiro momento: "A gente tem que estar aberto a essas conversas, a gente tem que estar participando juntamente com os vereadores, e que essa ajuda venha, e virá, com fé em Deus, porque temos que ter esperança o tempo todo. E da forma que o prefeito tem conduzido, vem conversando com o secretário Carlos Lula, eu acredito que isso, sim, vai ser cumprido. Claro que a gente também precisa procurar o governador, a gente precisa procurar o secretário de Segurança, para que ele possa melhorar a assistência ao nosso município. O colega Torneirinho (PV) falou a pouco que para Timon, recentemente, foram 10 viaturas para a polícia militar, e para nós não veio. Mas tudo é uma questão de conversar. A gente pode ir a São Luís, formar uma comissão, a própria Comissão de Segurança pode sair para conversar com o secretário de Segurança, para sabermos o que ele pode fazer por Caxias".
Mais adiante: "A gente tem que agir em conjunto, estar sempre juntos, não só os vereadores de situação ou de oposição. Hoje a gente precisa entender que são vidas que estão sendo colocadas em jogo, não só na pandemia, mas também na área de segurança. Hoje estou indignado, revoltado, com a morte, o homicídio que houve com o meu amigo José Augusto, filho da amiga Pia, cabeleireira lá no Alto do Ipem, vizinha da vereadora Cynthia Lucena, pessoa que gente conhece de muito tempo e viu crescer. Ele era irmão de uma amiga nossa também, que inclusive está grávida de gêmeos , que passou mal durante o dia. Infelizmente têm acontecido essas coisa, mas a gente vai lutar, porque não podemos deixar isso acontecer.
E encerrando: "A gente precisa cobrar, precisa ajudar. Não adianta investimento, não adianta as UTIs, não adianta os hospitais, os postos de saúde funcionarem corretamente, se não existir o bom senso de cada um de nós. Precisa existir o bom senso. Temos que entender que precisamos passar o álcool em gel nas mãos, usar máscara; entender que não adianta o bar estar aberto, ou o bar estar fechado, se agente vai até lá. Cada um de nós tem que ter o bom senso, pensar nas vidas. Vamos pensar nos nossos familiares. Talvez você não pegue. Talvez você não sinta nada. Mas, se você estiver infectado, poderá levar para o seu ente querido, para sua mãe, seu avô, para alguém seu. Insisto: a gente tem que bom senso e consciência. Não adianta o Governo do Estado fazer seu papel; não adianta o prefeito fazer o seu papel, se nós mesmos não estamos fazendo. Então, cada um de nós temos que voltar ao passado e ensinar para nossos familiares, o que devemos fazer. O centro da cidade pode estar aberto, mas só se desloque para lá se você tiver realmente o que fazer. Quem não tem, fique na sua casa, se proteja. Essa é a única forma da gente passar por isso: se protegendo".
Ascom/CMC