"Não sou candidato milagroso", diz Enilton Rodrigues sobre governar o Maranhão
O candidato ao Governo do Maranhão pelo PSOL nestas eleições, Enilton Rodrigues, foi entrevistado no quadro 'Bastidores' da TV Mirante, nesta terça-feira (9). Ele destacou seu plano de gestão, andamento de suas ações de campanha e a expectativa para o período eleitoral.
Frisou que sua história humilde, de quem conseguiu ser o primeiro a vencer na família e entende as dificuldades dos que mais precisam são suas principais credenciais para ser gestor do Maranhão. Ele ressaltou que não sabe “fazer milagre” e que a situação do Estado pode ser resolvida a partir de conhecimento e ações conjuntas.
“Não sou um candidato milagroso. Os problemas devem ser enfrentados um por um, pouco a pouco para que, ao longo desse processo, possamos tirar o estado desse cenário de piores índices econômicos e sociais, no qual se encontra hoje. É um trabalho coletivo, de conhecimento. Essa trajetória que construí nos meus 16 anos fora do Maranhão, estudando em escola pública em Brasília, me deu uma perspectiva para melhor conhecer os problemas do Brasil e nesse contexto, os problemas maranhenses que são históricos e estruturais”, avaliou o candidato.
Maranhense de Arame, Enilton Rodrigues passou sua vida estudantil em Brasília e retornou a São Luis em 2015. Fruto dos movimentos estudantis e acadêmicos no início de carreira política, ele garante que possui o conhecimento, a estratégia e a condição para governar o Maranhão.
Ele reforçou que acredita em propostas concretas e possíveis para chamar atenção do eleitorado e se destacar nessa campanha. “Milagre na política não existe, o que existe é seriedade e compromisso para tirar o papel os projetos e resolver os problemas da população. E todos podem contribuir”, apontou.
Destacou como pilares do seu plano de um futuro governo a preparação do Maranhão para o desenvolvimento tendo como foco a justiça social. “Não vamos incentivar o MATOPIBA, pois, o que vemos é a expulsão de pequenos agricultores familiares de suas terras por conta do avanço do agronegócio. Este segmento não está se beneficiando com esse projeto”, afirmou.
Na educação, ele diz reconhecer que houve avanços, mas que foram poucos. “Apenas do ponto de vista estrutural e que não resolverá as questões na educação maranhense. Substituir a escola de taipa por uma escola digna, por si só não resolve. Precisamos oportunizar a capacitação dos professores, valorizar os servidores e os que têm papel importante nesse processo, à médio e longo prazo. Esses dois setores, da produção e da educação, são o pontapé inicial para que possamos envolver todos nesse processo e de fato vislumbrar uma solução”, avaliou Enilton Rodrigues.