Aumento da abstenção torna-se o principal temor do Palácio dos Leões no Maranhão
O aumento da abstenção no próximo domingo, dia 30, quando acontecerá o segundo turno da eleição presidencial entre Jair Bolsonaro e Lula, tornou-se o principal medo do Palácio dos Leões no que se refere a disputa em terras maranhenses.
No primeiro turno, o petista venceu o capitão reformado do Exército no Estado obtendo 68,84% dos votos válidos contra 26,02%.
Na ocasião, o Maranhão foi o sétimo estado do país a registrar maior índice de eleitores ausentes.
A preocupação vem sendo deixada clara pelo governador reeleito Carlos Brandão (PSB) em todas as entrevistas recentes que o mesmo concedeu.
“Não podemos deixar a eleição esfriar. Houve a eleição no domingo (2), e na segunda-feira (3) já fizemos uma caminhada. Depois uma agenda com prefeitos e vice-prefeitos e outra com ex-prefeitos. A tendência natural, quando só há o candidato a presidente, é uma redução na mobilização. Tivemos 23% de abstenção, mas a gente tem uma preocupação de que isso não aumente no segundo turno”, afirmou Brandão em entrevista concedida a Folha de São Paulo.
“No primeiro turno, o país registrou o maior índice de abstenção desde as eleições de 2018. Foram mais de 32 milhões de brasileiros ausentes. É importante que o máximo de pessoas possível participe. Quanto maior a participação popular, maior a legitimidade de um governo eleito”, pontuou o governador.
O grupo político de Carlos Brandão vem promovendo ações pontuais de campanha em favor de Lula.
No entanto, bem longe do volume visto no primeiro turno, quando também ocorreram as escolhas para os cargos proporcionais – deputado estadual e deputado federal.
Em outra ponta, eleitores e aliados de Bolsonaro se movimentam no sentido de virar o jogo, como os próprios classificam.
O próprio presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro estiveram na capital São Luís recentemente participando de atos que contaram com as participações de milhares de apoiadores.
Caso consiga manter ou ampliar a vantagem nas urnas, Brandão e aliados mostrarão força e sairão vitoriosos.
Para isso, inclusive, o mandatário dos Leões instituiu um feriado prolongado e estabeleceu gratuidade antes e depois do pleito em transportes fundamentais, como ônibus semi-urbanos e ferry-boat.
Caso o presidente consiga reduzir a diferença para Lula no Estado, ultrapassando a casa dos 30%, por exemplo, ficará claro que o movimento bolsonarista obteve êxito na empreitada.
Blog do G Ericeira
