Bolsonaro reprova manifestações e diz que cumprirá a Constituição
Depois de quase 48 horas depois do resultado das urnas, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), enfim se posicionou.
Num rápido pronunciamento, Bolsonaro agradeceu os cerca de 58 milhões de votos que recebeu, não citou em momento algum o nome do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas reprovou as manifestações que estão tirando o direito de ir e vir da população Brasileira.
Bolsonaro também deixou claro que seguirá respeitando a Constituição Brasileira, descartando assim qualquer possibilidade de um golpe na democracia. Veja abaixo a íntegra do discurso.
Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.
As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.
A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.
Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.
Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais.
Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.
É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.
Muito obrigado.
Além disso, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que foi autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro a conduzir o processo de transição.
“O presidente Jair Bolsonaro me autorizou, quando for provocado, com base na lei, nós iniciaremos o processo de transição”, disse Ciro Nogueira.
Um detalhe que pode ter passado despercebido é que antes de iniciar o pronunciamento, Bolsonaro falou baixo para Ciro, mas alguns microfones captaram: “Vão sentir nossa falta aqui”. A frase reforça que o presidente respeitará a decisão da urnas, deixando a Presidência da República no dia 31 de dezembro de 2022.
É aguardar e conferir.
Blog do J Aragão