Comissão de Meio Ambiente debate campanha para salvar o Itapecuru
Ria Itapecuru em região da nascente e na área de
captação do Italuis em Rosário; risco de morte
Um dos rios mais importantes do Maranhão está morrendo aos poucos por causa da derrubada insana das matas ciliares que o margeiam, da não existência de reserva legal, da pesca predatória, dos lixões e da captação irregular de suas águas. Esse rio é o Itapecuru, que nasce na Serra Crueiras, no alto sertão, percorre 1.450 quilômetros e desemboca no Atlântico, banhando cidades como Mirador, Colinas, Caxias, Codó, Timbiras, Coroatá, Pirapemas, Cantanhede, Itapecuru-Mirim e Rosário, entre outras, e formando uma das mais importantes bacias hidrográficas do maranhão.
A situação do Itapecuru é tão grave que a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa se reuniu ontem para definir as bases da campanha “Itapecuru – O Rio da Vida Maranhense’, com o objetivo de salvá-lo, antes que seja tarde. A campanha é iniciativa do Comitê de Bacias Hidrográfica do Rio Itapecuru, que investiga também o desmatamento da vegetação nativa da região do Baixo Parnaíba.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Júlio Mendonça (PCdoB), coordenou a reunião, que contou também com a presença dos deputados Rafael Leitoa (PSB), Júnior Cascaria (Podemos) e Fernando Braide (PSD), que integram o colegiado. O presidente do Grupo de Trabalho do Meio Ambiente da AICLA, Josemar Lima, apresentou as linhas gerais da campanha e assinalou: “Esta é uma campanha da sociedade civil, dos empreendedores e dos órgãos públicos comprometidos com a revitalização da Bacia Hidrográfica do maior patrimônio ambiental do Maranhão”.
O deputado Rafael Leitoa (PSB) resumiu o problema: “A Bacia do Itapecuru é um patrimônio que precisa ser cuidado e zelado. Precisamos aprofundar esse debate com a sociedade e apresentar alternativas de solução”.
A Coluna lembra que, além de abastecer Caxias e Codó e os demais municípios que banha, o Rio Itapecuru assegura água para boa parte da população de São Luís, captada pelo sistema Italuís. Logo, caxienses, codoenses e ludovicenses têm obrigação de se envolver em campanhas dessa natureza para salvar o rio que lhe garante a vida. (Repórter Tempo)