Flavio Dino cada vez mais pressionado
A semana que marca a volta dos trabalhos nos legislativos de todo o Brasil, até agora, não tem sido nada produtiva para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), que está cada vez mais pressionado e colecionando mais inimizades.
Dino foi bastante criticado ao negar as imagens das câmaras de segurança do Ministério da Justiça a CPMI dos atos do 08 de janeiro. O presidente da comissão, deputado federal Arthur Maia (União Brasil), estabeleceu um prazo de 48 horas para Dino fornecer as imagens das câmeras. Maia ameaçou ir ao STF para obrigar o ministro a cumprir a determinação.
O senador Omar Aziz (PSD-AM), que se declara integrante da base do Governo Lula, foi categórico ao defender o direito da CPMI de obter as imagens e chegou a sugerir uma operação de busca e apreensão no Ministério da Justiça.
Alertas – Já o ex-diretor da ABIN, Saulo Cunha, que prestou depoimento na CPMI, na terça-feira (01), assegurou que enviou aos órgãos do sistema de inteligência, entre os quais o Ministério da Justiça, o relatório que alertava sobre o risco de invasão no dia 8 de janeiro.
Um dia antes, na segunda-feira (31), foi o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que afirmou ter ocorrido “negligência de várias entidades, de vários órgãos públicos” em relação aos acampamentos de apoiadores de Jair Bolsonaro em frente a quartéis do Exército após a derrota do ex-presidente no segundo turno das eleições do ano passado. Rodrigues alertou sobre a necessidade de conter aquelas pessoas, e que não precisava ser “vidente” para concluir que o grupo avançaria para a Praça dos Três Poderes.
Rodrigues disse que seu ofício foi enviado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e que também fez alertas em reunião na Secretaria de Segurança do Distrito Federal às vésperas do 8 de janeiro.
É aguardar e conferir, mas Flávio Dino jamais esteve tão pressionado quanto agora.(Blog do Jorge Aragão)