Líder do ranking nacional da miséria, Maranhão terá projeto-piloto do governo Lula contra extrema pobreza
Para construir uma agenda de desenvolvimento para os 100 municípios mais vulneráveis do país, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, recebeu na ultima quarta-feira (6.12), em Brasília, o secretário adjunto de Assistência Social do Maranhão, Luiz Carlos Borralho. O estado é o líder do ranking nacional da miséria, com 15% da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza, que segundo parâmetro estabelecido pelo Banco Mundial é a condição das famílias com renda mensal per capita de R$ 168.
Na proposta apresentada, o Maranhão integrará o grupo de trabalho que operacionalizará a agenda, tornando-se um dos projetos-piloto do país.
As ações serão voltadas para a população que vive em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social e nas áreas de empreendedorismo, emprego e infraestrutura.
“Como um dos focos da agenda é atender às pessoas que estão no Bolsa Família, e temos um número significativo delas nos municípios maranhenses, apresentamos ao ministro uma proposta inicial para compor o grupo de trabalho junto à equipe ministerial”, explicou Borralho.
A agenda de desenvolvimento para os 100 municípios mais vulneráveis do país visa potencializar os programas e ações do MDS, além de estreitar as relações com estados e municípios.
“A ideia central é poder garantir, com base nessa experiência com acompanhamento, que seja possível um laboratório para desafios maiores. Estamos trabalhando na elaboração de uma proposta e, em seguida, teremos uma reunião no ministério para alinhar internamente”, explicou o ministro Wellington Dias.
Durante a reunião de trabalho, o secretário estadual apontou caminhos para os índices que irão analisar as escolhas das cidades. Ele apresentou algumas variáveis do ponto de vista de como o fomento pode acontecer, de como esses arranjos podem mudar a vida das pessoas, de como as equipes nas esferas de governo precisam estar organizadas e de como isso pode ser financiado para impactar a vida da população.
De acordo com o secretário, o plano deve contemplar ações para o estímulo ao empreendedorismo e à renda. “Para parte da população inscrita no Cadastro Único, que deve ser atendida por essa agenda de desenvolvimento, o foco será no empreendedorismo, com fomento, seja ele rural ou urbano”, explicou.
Luiz Carlos Borralho destaca, no entanto, que nem todo indivíduo no cadastro tem uma vocação empreendedora, ressaltando a importância de encontrar caminhos em conjunto com diversos atores, como governos e empresas, para promover a transformação desejada.
A reunião contou ainda com a presença da gerente de projeto do gabinete do ministro do MDS, Rosângela Maria Sobrinho, e do assessor de gabinete Augusto Lira da Rocha.