quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Bolsonaro sendo Bolsonaro! Depois de ajudar, ex-presidente agora atrapalha campanha de Mariana em Imperatriz 



A situação da candidata a prefeita Mariana Carvalho, de Imperatriz-MA, ficou delicada após declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro querendo a expulsão de Josimar Maranhãozinho do PL. Josimar é o principal aliado e maior apoiador político e financeiro de Mariana.

O posicionamento do ex-presidente atinge diretamente a candidatura de Mariana. Isso porque Bolsonaro esteve em Imperatriz na campanha do 1° turno e o seu apoio foi fundamental para alavancar a candidatura de Mariana e levá-la ao 2° turno.

Durante entrevista à rádio Auri Verde Brasil, Bolsonaro deixou claro que não tem como o partido continuar com Josimar do Maranhãozinho e Pastor Gil, ambos investigados por corrupção. Falando mal de Josimar, Bolsonaro prejudica a campanha de Mariana, que tem Josimar como maior fiador.

“Ou expulsa esses dois (…) ou então fica difícil a gente falar que o PL é um partido diferente”. Em outro momento, Bolsonaro afirma que “não tem clima do nosso pessoal permanecer no partido, se passa a mão na cabeça de marginais”.

Bolsonaro, que é presidente de honra do PL, afirmou que o Maranhão não vai ficar como está, referindo-se à permanência dos deputados federais Josimar e Pastor Gil na legenda.

Experiente no jogo politico, Ferdinando Coutinho continua dando as cartas em Matões 

Ferdinando Coutinho venceu mais uma contra Rubens Pereira:
assim é melhor conversar 

O prefeito Ferdinando Coutinho (UB) foi o grande vitorioso da eleição em Matões, enquanto o desfecho não foi nada favorável ao deputado federal Rubens Jr. (PT) e ao pai dele, Rubens Pereira, o Rubão, que têm o município como base principal.

Ferdinando Coutinho, com o apoio da deputada Claudia Coutinho (PDT), sua mulher, lançou Nonatinho (União Brasil) contra Gabriel Tenório (PT), apoiado pelos Pereira e a quem derrotara em 2020. O resultado foi devastador para Rubens Jr. e Rubens Pereira: Candidato de Ferdinando Coutinho, Nonatinho teve 54% dos votos válidos, enquanto Gabriel Tenório, apoiado pelos Pereira, obteve apenas 45%.

O desfecho da corrida eleitoral em Matões tem uma explicação: o prefeito Ferdinando Coutinho sabe mexer com as pedras, enxerga as manhas do eleitorado e, mais do que isso, conhece os pontos fracos do adversário do seu candidato. Não deu outra.

A Coluna já fez esse registro, mas vale repeti-lo: Ferdinando Coutinho é um político forjado nas lutas de Matões, de Caxias e da região. Ele é irmão do ex-prefeito e ex-deputado estadual Humberto Coutinho, e atuava como o seu braço direito, portanto, conhecedor profundo da política nos municípios na região.

E com base no que vem acontecendo, o melhor caminho para o deputado federal Rubens Jr. e para o secretário Rubens Pereira será sentar e conversar sobre o futuro de Matões. De preferência procurando outro candidato a prefeito. (Repórter Tempo) 

Ministério Público começa a investigar supostas candidaturas laranjas no Maranhão 

 O Ministério Público já começou a investigar as supostas candidaturas laranjas nas eleições municipais de 2024 no Maranhão.

A Promotoria de Justiça de São Mateus, com atribuição eleitoral, instaurou um Procedimento Preparatório Eleitoral para apurar eventual fraude à cota de gênero e desvirtuamento de política afirmativa de participação feminina nas candidaturas dos partidos da 66ª Zona Eleitoral, de modo a comprometer a integridade e lisura do pleito eleitoral.

O caso está sob o comando da promotora Sandra Soares de Pontes, que pontuou que a Lei n. 9.504/97, em seu artigo 10, § 3º, a partir da redação dada pela Lei n. 12.034/2009, instituiu política afirmativa da participação das mulheres nos pleitos eleitorais e exigiu providências dos partidos políticos para a formação de quadros femininos aptos a disputar as eleições com reais possibilidades de sucesso ou pelo menos com efetiva busca dos votos dos eleitores.

Pontes disse ainda que na expressão “preencherá o mínimo de 30%”, o legislador deixou clara a condição de admissibilidade da lista a registro na Justiça Eleitoral e, mais, de sua apresentação ao eleitorado, na expectativa de preenchimento mais equilibrado das cadeiras do parlamento.

E detalhou: “nos termos da Súmula TSE n. 73, a fraude à cota de gênero, consistente no desrespeito ao percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas, nos termos do artigo 10, parágrafo 3º da Lei 9.504/1997, configura-se com a presença de um ou alguns dos seguintes elementos, quando os fatos e as circunstâncias do caso assim permitirem concluir: 1) Votação zerada ou inexpressiva; 2) Prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; 3) A ausência de atos efetivos de campanha, divulgação ou promoção candidatura de terceiros”

Diante disso, determinou que o secretário ministerial identifique candidatas mulheres com menos de 8 votos, certifique a quantidade de votos obtidos por cada uma delas conforme divulgação oficial; baixe e anexe o DRAP do partido e os processos de prestação de contas de cada uma delas para verificar movimentação de recursos (ativos e passivos).

Além disso, pediu que as coligações partidárias sejam notificadas para demonstrar atos de campanha capazes de afastar a tese de candidatura fictícia.