Rede de manipulação de jogos que movimentou R$ 11 mi tem braço no MA
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou nesta quarta-feira (9/4), por meio Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), a operação Jogada Marcada, a fim de cumprir 16 mandados judiciais de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de um esquema criminoso especializado em manipulação de resultados em partidas de futebol.
As fraudes movimentaram ao menos R$ 11 milhões obtidos ilicitamente, inclusive em plataformas de apostas.
A informação é do Correio Brasiliense.
Em coletiva de imprensa, a instituição informou que as buscas foram realizadas em seis estados brasileiros: Espírito Santo, Paraíba, Maranhão, Ceará e Pernambuco. Ao todo, seis pessoas foram presas por participação na organização criminosa, que foi desvendada pela PCGO por meio de uma investigação iniciada em 2023.
“Recebemos a denúncia de um presidente de clube de Goiás, que alegou ter recebido uma proposta de corrupção. Ele teria que fazer o time perder cinco partidas ao longo do campeonato para receber o montante. A partir de então, passamos a investigar para desvendar a atuação dessa rede criminosa em outros estados brasileiros”, explicou o delegado Eduardo Gomes.
Segundo o delegado, a teia criminosa conta com a participação de três tipos de agentes — financiadores, que injetam dinheiro para a manipulação de resultados; intermediários, que aliciam os times; e os profissionais dos clubes e árbitros, que eram alvo das propostas.
O montante que cada um recebia dependia do cargo e da manipulação a ser realizada. “Um presidente de clube do Ceará recebeu R$ 200 mil para manipular os resultados. […] Os valores que cada um recebia dependia do cargo, a função exercida e a medida que foi solicitada”, expôs Gomes.