Ha exatos 29 anos atrás, então com 17 anos, visitava a cidade de Coelho Neto pela 1ª vez, encerrava dentro de mim uma curiosidade que carregava comigo desde pequeno, que era de conhecer a "Terra do açucar," esta frase foi bastante propagada por meu pai, dizia, no sentido figurado, é claro, que as mães passavam açucar nas crianças, ao invés de usar o talco.
Cresci ouvindo meu saudoso pai falando que Coelho Neto era um dos maiores produtores de açucar da região Nordeste. Em virtude dos grandes engenhos aqui existentes, muitos migraram para cá. Pessoas vindas dos estados de Alagoas e Pernambuco. Tudo isso aconteceu nos áureos tempos da década de 70, onde o município cresceu e se desenvolveu economicamente com a chegada de investidores que aqui empreenderam e expandiram seus investimentos no setor agrícola, especialmente no cultivo da cana de açucar.
Estou relatando um pouco sobre Coelho Neto, porquê é uma cidade que aprendi a amar o tanto como amo minha Caxias. Aqui, nasceram meus filhos. Nesta abençoada terra, meu avô, Olegário Alves da Silva, foi um respeitado Oficial de Justiça, e fez parte dos grupos políticos que ajudaram a cidade crescer e se desenvolver. Naquela época a visão sobre politica era outra, completamente diferente do quê vemos hoje, onde políticos usam cargos públicos como trampolim para subirem financeiramente na vida.
Mas, deixemos a politica de lado, quero dizer, é sempre bom estar aqui, principalmente neste período do mês de julho, tempo em quê a comunidade católica comemora os festejos de Nossa Senhora Santana, que se encerra no dia 26 próximo. É uma época das visitas dos filhos que residem em outros lugares e dos turistas quê vem prestigiar o grande evento religioso, e assim também respiram um pouco o ar com cheiro da cana de açucar moendo, exalado da chaminé da Usina na época da moagem na qual estamos.
É um pouco sobre Coelho Neto. Onde aproveito para rever e reencontrar amigos, sempre revivendo as velhas lembranças de uma cidade tão acolhedora.
