Carlos Brandão, seta vermelha será o enca- rregado de dar a noticia aos tucanos do MA. |
Quanto mais se aproximam as eleições de 2014, mais difícil vai ficando para o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), pré-candidato da oposição ao Governo do Estado, manter o seu jogo duplo (ou triplo) na tentativa de manter ao seu lado uma gama de partidos que lhe dê boa sustentação política e, principalmente, tempo de TV no horário político.
Oficialmente, Dino é um membro do governo do PT e, como tal, reivindica apoio da presidente Dilma Rousseff a sua candidatura. Mas o comunista negocia, também, com lideranças de outros dois partidos que estarão na disputa presidencial no ano que vem – e com chances de chegar ao segundo turno com a petista: PSB e PSDB.
No primeiro caso, um acordo de 2012 prevê o apoio ao vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), para o Senado. O problema é que uma aliança em que estejam PCdoB e PSB fortalece o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável socialista. O que pode afastar o PT, deixando Dino numa posição em que ele precisa decidir entre um ou outro.
Mas isso não é só. A informação de que o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, vetou ontem (16) que os membros do partido façam campanha nos estados para o governador Eduardo Campos (PSB) “em eventuais palanques duplos” também dificulta outra articulação do comunista. Ele já estava praticamente fechado com o deputado federal Carlos Brandão (PSDB), para fazê-lo candidato a vice-governador e garantir o apoio dos tucanos maranhenses.
Como trabalha para formar palanque para Dilma, ou Campos, é impossível que Aécio recue da decisão em relação ao Maranhão, porque, se o fizesse, estaria fortalecendo seus dois principais rivais em âmbito nacional.
Assim, para quem tinha como quase certos pelo menos dois partidos de peso em sua coligação, Flávio Dino pode acabar ficando com apenas um – ou, se bobear, sem nenhum além de PDT e PTC.
Blog do Gilberto Leda.