Com a proximidade do Natal, cresce, no comércio, a procura de pais que deixaram as compras dos presentes para a última hora. Levada pela pressa, grande parte dos consumidores acaba esquecendo algumas recomendações, se preocupando apenas com aqueles que cabem no orçamento da família. Entretanto, é preciso estar atento às orientações dos especialistas sobre a classificação dos brinquedos por idade e para os selos de segurança.
Alguns especialistas no assunto explicam que o brinquedo deve, sempre, estar aliado ao processo de desenvolvimento da criança como pessoa, estimulando habilidades como inteligência, capacidade de compreender limites, respeito pelo outro, etc. "O brinquedo tem uma função no desenvolvimento da criança. Então, o brinquedo de acordo com a faixa etária, ele é importante em estimular, em favorecer a criança exercitar habilidades em que ela está no processo de desenvolvimento. Sem dúvida nenhuma, adequar o brinquedo à faixa etária é fundamental", explicou um especialista..
Fazer a vontade da criança, diz o especialista, só é adequado quando há uma conversa sobre os limites. "Uma criança, normalmente, quando ela pede, ela não entende riscos, por exemplo, não entende a questão da segurança, ela não consegue compreender isso. Adulto é que sabe disso. Então, com base nisso, esse processo é importante, porque você aproveita para ensinar, aproveita para dizer ‘olha, não pode por isso, por aquilo’, e, às vezes, a própria limitação financeira", sustenta.
O grande desafio dos pais é levar, ou não, as crianças para as compras. Segundo um psicólogo, o limite deve ser estabelecido antes, ainda em casa. "Na hora que você faz isso, ele sai pedindo um monte de coisa. Eu vou dar o meu exemplo: sempre que saia com meus filhos, eu estabelecia ‘o que a gente vai e o que a gente não vai comprar’. A gente já sabia antes. Então, quando chegava lá, qualquer desvio de rota era muito mais fácil de administrar", completa.
Veja, abaixo, a lista de brinquedos adequados para cada faixa etária:
Zero a três anos – brinquedos que estimulem os sentidos e a curiosidade sobre o mundo, como chocalhos, mordedores, livros de banho e aparelhos que emitem sons diversos no estímulo da oralidade; brinquedos que possam ser puxados ou empurrados para estimular o equilíbrio, blocos para empilhar ou encaixar; e brinquedos de encaixe simples; livros de pano com figuras simples, grandes e coloridas; bonecos grandes; quebra-cabeças simples (a partir dos dois anos);
Três a seis anos – carrinhos de empurrar, livros, fantoches, máscaras e fantasias; jogos de encaixe com níveis de dificuldade, blocos, cubos, quebra-cabeças, massa de modelar; utensílios de casa, ferramentas, brinquedos relacionados a profissões, brinquedos que possam desmontar e montar, jogos de alfabetização, jogos de construção e de memória, bonecas, tintas e papel, tudo que possa desenvolver a linguagem oral, verbal, corporal, visual e plástica;
Seis a 10 anos – peças de encaixe, diversos tipos de meios de transporte como carros, helicópteros, navios, bonecas com fantasias, jogos de raciocínio e piões; jogos de mesa, xadrez e dama; jogos de construção que buscam vivenciar situações do dia a dia, jogos de parear, que estimulam descobertas, jogos de exterior, que permitem maior movimentação como, boliche, vôlei, basquete, ping-pong, tênis, etc.; brinquedos eletrônicos e videogame (com monitoramento dos pais).