Toda eleição é a mesma coisa nesta “terra onde canta o sabiá”.
Ao invés de mostrar algo mais concreto em termos de propostas para superação daquilo que chamam de “domínio da oligarquia”, a oposição prefere recorrer à “sarneyzação” do processo eleitoral.
A novidade em 2014 fica por conta de levar essa “sarneyzação” da campanha maranhense para uma dimensão, digamos, mais nacional,
daí toda uma sofisticada articulação entre setores aborígenes da imprensa com a
grande mídia nacional.
Só que o senador José Sarney não é candidato a governador ou a qualquer cargo eletivo
no Maranhão. E mais: o candidato do grupo sequer tem o DNA do clã nas entranhas.
Então, por que “sarneyzar” a eleição?
Simples: é preciso ter um discurso, algo que ‘toque’ o eleitor. A oposição entende
que esse discurso é o do “antissarneysismo”.
Pode parecer meio porralouquice a estratégia, mas parecem que vão insistir nela.
Não é por acaso que tentam a todo custo colar o Sarney na imagem do pré-candidato
do PMDB, Luis Fernando.
Ora, o Maranhão inteiro sabe que o comandante da Sinfra é aliado e apoiado pelo
grupo Sarney. O que não será possível é transformá-lo em um “Sarney”, posto que
de fato ele não é.
Luis Fernando tem brilho próprio. É aliado, mas não é capacho. Impõe um respeito
que não permite a terceiros confundi-lo como um simples ‘faz tudo”. Quem o conhece
sabe do que estou falando.
O mesmo ocorre em relação ao seu principal adversário.
Não é prudente afirmar que Humberto Coutinho, José Reinaldo, Márcio Jerry,
só para citar estes três – são os “donos” de Flávio Dino ou que o comunista será
refém do mandonismo deles caso seja eleito governador do Maranhão.
Este tipo de debate empobrece a disputa. Só interessa à mediocridade política.
O que importa é saber sobre o plano de governo que os candidatos têm para
o estado; quem é mais competente para elevar o Maranhão a um novo patamar
de desenvolvimento socioeconômico.
O povo não está nem aí para a “sarneyzação” ou “dinização” da eleição
de governador.
O que o povo exige é “maranhensezação” da campanha.
Ao menos uma vez…
blog do Robson Reille