A escola tem exercido, ao longo do tempo, um papel de extrema relevância no que se refere à sistematização e ao avanço do conhecimento e, de maneira especial, no que diz respeito à formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades e preparados para o convívio em sociedade, tarefa esta, aliás, que tem se tornado, a cada dia, um pouco mais difícil.
Mas é verdade, também, que a escola da atualidade vem enfrentando, entre tantos outros, um grande desafio, que é o de como lidar com as novas tecnologias que invadem o nosso cotidiano. Esta é uma realidade extremamente preocupante e que requer da escola, enquanto instituição, uma postura responsável e coerente. Ela, como formadora de pessoas, não pode andar a reboque dessas novas tecnologias. Seu papel tem que ser de vanguarda. Mas, para isso, além de algumas ações que precisam ser implementadas pelo sistema educativo, o professor, peça importante nessa engrenagem, não pode se eximir do seu papel de educador/pesquisador; precisa acompanhar de perto esse processo evolutivo, extraindo dele os elementos que podem favorecer a aprendizagem e a formação do aluno.
O professor, por outro lado, não pode ter medo de aprender com a geração net surf. O aluno de hoje não precisa, necessariamente, ir à escola para ter acesso à informação e ao conhecimento. Além disso, ele tem facilidade para lidar com essas novidades. E é exatamente aí que reside o ponto nevrálgico da questão: se a escola não chamar para si essa responsabilidade, perderá, por certo, sua importância. Aí sim, corremos o sério risco de passarmos a formar bárbaros com conhecimento, o que é pernicioso para uma sociedade que precisa, urgentemente, assimilar e incorporar valores como da tolerância, a solidariedade, o cuidado com o planeta, entre outros.