segunda-feira, 14 de julho de 2014

Insegurança nas agências dos Correios preocupa funcionários e usuários 

O clima de insegurança em agências dos Correios no Maranhão inquieta funcionários da estatal e usuários dos serviços. Na semana passada, uma agência na cidade de Imperatriz foi assaltada:os bandidos fizeram reféns e roubaram dinheiro, além de equipamentos e celulares. Foi o segundo crime registrado na mesma agência em dois meses.
Em Governador Edison Lobão, município localizado a 30 km de Imperatriz, o atendimento ao público foi suspenso desde o último assalto, há quase 20 dias. Dinheiro, cofre e computadores foram levados pelos bandidos. Nos últimos dois anos, foram seis assaltos.
Além desses, foram registrados outros oito assaltos nos últimos meses. De acordo com a diretora-adjunta dos Correios no Maranhão, Janaína de Freitas, a situação preocupa a empresa. "Porque nós lidamos com vidas, vidas dos nossos colaboradores, vidas dos nossos clientes, mas nós temos várias ações. Ano passado, somente em segurança, investimos R$ 6,9 milhões. Até 2015, nós temos mais R$ 3 milhões que já estão orçados para itens de segurança. Nós temos buscado parcerias com o Comando da Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal a fim de minimizar isso, de tirar esses bandidos de circulação, verdadeiramente, para dar essa tranquilidade a todos", disse em entrevista a um Portal. 
O que atrai os bandidos é a quantia movimentada por alguns serviços oferecidos pelos Correios. A diretora-adjunta esclarece, no entanto, que algumas medidas já foram tomadas para reduzir, ao máximo, o volume de dinheiro nas agências. "Os Correios lidam, hoje, com dinheiro; lidam com as encomendas; lidam com o serviço postal; com serviços bancários, de abertura de conta, depósitos e saques; mas nós temos parcerias para estarmos com menos valores dentro da agência. Temos parceria com o Banco do Brasil, que passa, regularmente, para fazer a sangria do dinheiro nos cofres; cofres com retardo; temos o mínimo de dinheiro na agência, mas, ainda, é atrativo para os bandidos", explica.
Portas giratórias
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Maranhão realiza vistorias em agências no Estado e cobra a instalação imediata de portas giratórias. "Nós já tivemos agências com porta giratória que foram assaltadas. Também temos agências bancárias com porta giratória e vigilância armada assaltada. Então, é uma ação conjunta. Pode inibir, sim, mas resolver, verdadeiramente, somente a polícia pode resolver, prendendo, tirando essas pessoas, e nós damos todo o apoio a eles, com imagens, com informações", contesta Janaína de Freitas.

Veja o perfil dos candidatos a uma vaga para deputado estadual 

Ainda não será nestas eleições que as mulheres interessadas em ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa (ALE-MA) terão uma disputa mais acirrada, no que se refere ao número de candidatos por sexo. Isso porque, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), dos 494 registros de candidatura, 356 são homens. 
Quando é levado em consideração o eleitorado maranhense temos um número um pouco mais favorável às mulheres: elas são quase 51% contra 49% dos homens. Em números absolutos são 2.204.972 de votos de mulheres e 2.116.411 de votos masculinos. Os dados são do TRE-MA e baseiam-se na última eleição para deputados estaduais, realizada em 2010.
Em compensação, enquanto a maioria dos candidatos a deputados estaduais são homens, o nível de escolaridade das mulheres é maior. Quase a metade das pessoas do sexo feminino que registraram candidatura tem ensino superior completo: 63 (45,6% do total) e 13 (9,4%) afirmaram ter o ensino superior incompleto.
Comparando o grau de instrução entre homens e mulheres, temos uma relação amplamente mais favorável ao sexo feminino: 45,6% das mulheres que querem ser deputadas tem ensino superior enquanto que, a mesma graduação no total de homens que buscam vaga no parlamento estadual é de  41%
Ocupação
Ainda de acordo com o TRE-MA a maioria dos candidatos a deputado estadual é formada por empresários: 46 no total. Na sequência estão os professores: 38; servidor público: 37 completando os top 3.
1º EMPRESÁRIO - 46
2º PROFESSOR - 38
3º SERVIDOR - 37
4º ADVOGADO - 23
5º DEPUTADO - 23
6º ADMINISTRADOR - 17
7º POLICIAL MILITAR - 14
8º COMERCIANTE - 14
9º ESTUDANTE - 13
10º VEREADOR - 13
Cidade Natal
Com relação às cidades onde os candidatos nasceram, São Luís é a que mais tem representantes: 161. Imperatriz é a segunda, com 27, seguida por Bacabal: 16 e a capital do Piauí em quarto lugar com maior número de pretensos a uma vaga no parlamento estadual: 16.
A seguir, a relação das 20 cidades com maior número de representantes:
1º São Luís - 161
2º Imperatriz - 27
3º Bacabal - 16
4º Teresina (PI) - 16
5º Caxias - 15
6º Vitória do Mearim - 13
7º Codó - 12
8º Pedreiras - 11
9º Viana - 11
10º Coroatá - 8
11º Chapadinha - 6
12º Araioses - 5
13º Barra do Corda - 5
14º Santa Inês - 5
15º Santa Luzia - 5
16º Balsas - 4
17º Buriti - 4
18º Cururupu - 4
19º Pirapemas - 4
20º São Bento - 4
Rápidas 
Coqueiro; Wilton Lobo; Luiz Pedro; Augusto Neto e Cesar
Saba.
O ex-deputado estadual, Luiz Pedro, passou o final de semana em Caxias visitando amigos e correligionários políticos. Na manhã de domingo [13] durante uma conversa informal, o ex-parlamentar recebeu de Wilton Lobo o convite para participar do III Encontro da Velha Guarda caxiense que acontecerá nos dias 30, 31 de julho e 01 e 02 de agosto, Luiz Pedro confirmou presença no evento. A festa de confraternização reúne centenas de caxienses que vivem espalhados nas mais diversas regiões do Brasil e na oportunidade eles irão aproveitar para  matar a saudade dos amigos e da Princesa do Sertão. 



Candidato 
Na passagem por Caxias, Luiz Pedro confirmou que é candidato a deputado estadual pelo PCdoB, conta com o apoio e articulação politica no município dos amigos: Augusto Neto [ex-vereador] e de Neuvaldo Coqueiro. Vale lembrar que o ex-deputado estadual Luiz Pedro ocupou a Chefia de Gabinete do ex-governador Jackson Lago e tem também uma historia de luta na oposição maranhense contra a oligarquia Sarney, que há 50 anos domina a politica no Estado. 

Passou 
Passada a Copa do Mundo, agora as atenções estão voltadas para as eleições. Aproxima-se o momento da população brasileira realizar a maior e verdadeira manifestação legal, nas urnas no dia 05 de outubro na hora de votar. Que os manifestantes saibam escolher com sabedoria e inteligência seus representantes, tanto no Executivo, quanto no Legislativo, no nível estadual e nacional. Vote certo...   

Movimentação 
É pequena a movimentação no prédio da Câmara Municipal com o recesso dos vereadores. Pelos corredores da Casa apenas pessoas circulando em um entre e sai que não tem fim durante todo o dia, procurando falar com o vereador A, B ou C, mas muitas vezes os edis não são encontrados. 

Nas bases
Os edis estão aproveitando o recesso para visitar as bases eleitorais. É grande a movimentação dos vereadores nos finais de semana pelos distritos do município, vão em busca de apoio e de consolidação, já que 2016 não está tão longe, como alguns parlamentares descansados imaginam. 

Motivo de chacota
Enquanto alguns torcedores esperavam pelo menos que no sábado o Brasil se despedisse da Copa com dignidade e honrando a amarelinha, para outros apaixonados por futebol, a seleção virou motivo de chacota. O comerciante Sergio Saba [leia-se Med Farma] ficou indignado com o resultado do jogo contra a Holanda, cravou no bolão 5 X 0 para os europeus, e eles aplicaram somente 3 gols no time do senhor Luis Felipe Scolari, que nada tem de Felipão. Não entendo ainda esse aumentativo no nome do treinador brasileiro...  

Melancólica 
E terminou de forma melancólica a participação da seleção brasileira na Copa das Copas. Jogando um futebol feio e medíocre, nosso escrete, se é que podemos chamar de escrete, esbarrou na primeira barreira de ponta que cruzou, à Alemanha, o castigo foi impiedoso. Agora é levantar a cabeça, e que o futuro treinador possa  formar uma grande seleção para conquistarmos o inédito ouro olímpico nas Olimpíadas 2016, também em casa, no Rio de Janeiro.    

Flavio Dino demonstra força e capacidade de mobilização 

DSC_0166A ampla vantagem que tem nas intenções de voto, segundo todas as pesquisas registradas, parece não estar sendo levada em conta pelo candidato Flávio Dino, tamanha a disposição demonstrada na primeira semana de campanha. Favorito, mas com os pés no chão e iniciando a campanha como se estivesse atrás.
Dino sabe que enfrenta um adversário perigoso e capaz de tudo. O grupo que dá as cartas no Maranhão desde 1965, com pequenos intervalos, não vai deixar escapar o poder de graça. Lutará com todas as forças para reverter o imenso desgaste que tem entre a população do Maranhão.
Nas atividades que realizou em São Luís, na quinta, e ontem, em Imperatriz, a campanha de Flávio Dino demonstrou força, capacidade de mobilização e deu o tom do que será até o dia 05 de outubro: corpo a corpo com o eleitor.
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Foto: Blog da Kelly
Do outro lado, a primeira semana revelou alguns desacertos na campanha de Lobão Filho. As agendas marcadas para iniciar a campanha foram desmarcadas; o candidato foi representado na justiça eleitoral num caso que pode ter consequências para a pretensão do grupo Sarney em permanecer no Palácio dos Leões.
Uma semana é pouco, mas dá sinais: Flávio Dino começou a campanha com o mesmo dinamismo que fez toda pré-campanha; e Edinho Lobão Filho procurando o caminho para reverter o favoritismo do adversário.
Que venham as outras 11 semanas até a eleição. (Informe JP)
Alemanha bate Argentina e é tetra campeã... 

Foi realmente a Copa das Copas. Para a Alemanha. No Brasil, a seleção comandada por Joachim Low se sentiu à vontade para construir o seu próprio centro de treinamento, dançar com índios, vestir a camisa de clubes locais, torcer pelos anfitriões e até goleá-los por 7 a 1. Para completar, superou a Argentina por 1 a 0 na prorrogação da final deste domingo, no Maracanã, e garantiu o seu tetracampeonato mundial. O gol histórico foi marcado por Gotze.
Para os argentinos, que passaram toda a Copa do Mundo cantando que eram “papás” do Brasil por causa da vitória nas oitavas de final de 1990 (em referência a uma questionável freguesia do rival), o Mundial de agora teve o mesmo desfecho daquele de mais de duas décadas atrás. O time sul-americano voltou a perder uma decisão para o europeu, que havia derrotado em 1986. E já começou a se acostumar com o algoz, pois caiu diante do mesmo adversário nas quartas de final de 2006, nos pênaltis, e de 2010, com uma goleada por 4 a 0.
Desta vez, a Alemanha encontrou tantas dificuldades quanto em 2006. Encontrou uma Argentina bem postada na defesa e disposta contra-atacar com o talento de Lionel Messi, eleito quatro vezes o melhor jogador do mundo. O grande destaque da partida, entretanto, foi Gotze, que aproveitou um cruzamento de Schurrle aos sete minutos no segundo tempo da prorrogação, matou no peito e bateu cruzado para ser o carrasco argentino no Rio de Janeiro.
Campeã em 1954, 1974, 1990 e agora 2014, a Alemanha chegou à quarta conquista 24 anos após a terceira, exatamente como haviam feito a também tetracampeã Itália e o pentacampeãoBrasil. Dessa maneira, tornou-se ainda a única equipe europeia a levantar um troféu nas Américas, além de ter impedido que os argentinos comemorassem o seu próprio Maracanazo no estádio onde o Uruguai derrotou a Seleção Brasileira em 1950.
O jogo – Enquanto pintava o seu rosto com as cores azul e branca em um dos banheiros doMaracanã, um argentino comentava com outro que, mais uma vez, o público brasileiro estava contra a sua seleção. “Deixem estar. Foi assim em todos os jogos que ganhamos”, gargalhou o segundo, enquanto os torcedores locais enalteciam os mil gols de Pelé e chamavam Maradona de “cheirador”.
Não demorou muito para os argentinos abafarem a cantoria dos brasileiros nas arquibancadas. Com muita intensidade, eles bradaram o provocativo hit sobre a Copa do Mundo de 1990, ironizaram quando Neymar apareceu nos telões do estádio e ovacionaram na hora em que a imagem foi substituída pela de Lionel Messi. Continuaram empolgados ao assistir ao zagueiro espanhol Carles Puyol levar o troféu do Mundial a campo ao lado do modelo brasileira Gisele Bundchen e no instante em que as autoridades de outros países eram recepcionadas pela presidente Dilma Rousseff.
O que todos queriam realmente ver, no entanto, eram os jogadores finalistas. Passada a cerimônia de encerramento da Copa do Mundo, as seleções de Alemanha e Argentina foram juntas a campo e trocaram os últimos abraços antes de passarem a lutar pelo troféu mais cobiçado do futebol. Com tanto empenho quanto o de quem gritava do lado de fora do gramado. Foram muitas as divididas ríspidas nos primeiros minutos de decisão.
Credenciada pela sua boa campanha na Copa do Mundo, a Alemanha tomou a iniciativa de atacar. Mas se mostrou um pouco desorientada com seguidos erros de passes dos zagueiros Hummels e Boateng. No meio-campo, não estava Khedira, que chegou a ser anunciado como titular e contundiu a panturrilha direita no aquecimento. Acabou substituído pelo jovem Kramer.
Já a Argentina se armou para tirar proveito de qualquer vacilo alemão. Escolado pela goleada de 7 a 1 que o Brasil sofreu contra o mesmo oponente, o técnico Alejandro Sabella manteve a força defensiva de sua equipe e a preparou para os contra-ataques. Foi em uma investida rápida que Higuaín descobriu o melhor caminho para o gol – o lado direito –, invadiu a área e finalizou cruzado. A bola não saiu nem pela linha de fundo, porém levantou de vez o público azul e branco.
Kramer, ao contrário, foi ao chão. O substituto de Khedira chocou o seu rosto com o ombro de Garay e ficou tão grogue quanto os jogadores brasileiros que beberam as águas batizadas oferecidas pelos argentinos no histórico confronto de 1990. A ponto de apenas assistir a uma cobrança de falta da Argentina e ser empurrado por um companheiro para acordar. Não adiantou. Pouco mais tarde, teve de sair de campo amparado para a entrada de Schurrle.
O time argentino foi ao ataque diante da momentânea tontura alemã. Aos 20 minutos, Kroos errou um cabeceio para trás e deixou Higuaín à frente do goleiro Neuer. O centroavante desperdiçou a melhor chance de gol até então ao concluir para fora. Aos 29, em uma nova oportunidade, ele recebeu cruzamento rasteiro da direita (sempre por lá) de Lavezzi e comemorou furiosamente ao completar para a rede. Em posição de impedimento.
Percebendo que a Argentina crescia em campo, a torcida brasileira aumentou o tom nas arquibancadas. “Pentacampeão!”, gritava, para apoiar o time que aplicou o maior vexame da história da Seleção. O incentivo foi premiado com uma grande jogada pela esquerda de Muller, aos 36 minutos. Em sua primeira participação na partida, Schurrle correu para arrematar e obrigou Romero a fazer grande.
A partir dali até o final do primeiro tempo, a decisão ficou aberta. Messi chegou a passar por Neuer – pela direita – em uma arrancada, mas esbarrou na zaga alemã. Do outro lado, já nos acréscimos, Howedes respondeu cabeceando a bola na trave depois de cobrança de escanteio. Muller, impedido, tentou ficar com o rebote na pequena área e deixou a impressão de que o jogo se tornaria ainda mais emocionante após o intervalo. Os times desceram para os vestiários sob aplausos.
Na volta, Sabella confiou em Aguero, recém-recuperado de lesão muscular, na posição de Lavezzi. E quase celebrou um gol logo no primeiro minuto. Messi recebeu a bola de Biglia, invadiu a área com liberdade e ficou em ótima posição para abrir o placar. O chute de chapa, cruzado, passou muito perto da trave. Joachim Low, até então calmo no banco de reservas, assustou-se e foi para a beira do campo.
Com o passar do tempo, no entanto, as jogadas técnicas rarearam. A tensão das duas seleções em uma final de Copa do Mundo foi extravasada com uma sequência de lances violentos. Neuer fez novas vítimas com as suas já tradicionais saídas estabanadas do gol, e Mascherano comandou as faltas mais duras do lado da Argentina. Messi, por sua vez, sumiu um pouco com a mudança de panorama da final – talvez por cansaço. A torcida do time sul-americano notou e gritou o nome do seu principal jogador, fazendo gesto de reverência com os braços.
Sabella revolveu dar nova companhia ofensiva a Messi, substituindo o esforçado e aplaudido Higuaín por Palacio. Ainda assim, a Alemanha voltou a ser mais presente no ataque. Só teve o seu volume de jogo interrompido por um torcedor que invadiu o gramado, aos 36 minutos, e pela última alteração da Argentina. Pérez cedeu a sua vaga para Gago. Low também mexeu em sua equipe, trocando o veterano goleador Klose por Gotze.
As mudanças não se refletiram no marcador do tempo regulamentar. Exaustos, os argentinos que bateram a Holanda nos pênaltis nas semifinais teriam que disputar mais uma prorrogação. A Alemanha, embora já não gozasse do mesmo fôlego de antes, havia ganhado com folga do Brasil na fase anterior e teoricamente teria mais forças para o tempo extra.
Foi o que se viu no primeiro ataque da etapa inicial da prorrogação. Schurrle fez ótima tabela pela esquerda e bateu de primeira de dentro da área. Romero deu um rebote perigoso, espanado pela defesa da Argentina – novamente conformada em jogar à base de contragolpes. Pela Alemanha, a pressa era tamanha que até Neuer cobrava lateral.
À exceção de uma chance para Palacio (que encobriu o alemão com muita força), contudo, a primeira parte da prorrogação não teve novas grandes possibilidades de gol. No segundo, chamou a atenção um corte no rosto de Schweinsteiger, que sangrou abundantemente após uma disputa de bola com Aguero. Pouco depois, ele e todos os alemães ganharam um motivo para chorar. De alegria.
Aos sete minutos, Schurrle avançou pela esquerda e fez o cruzamento. Gotze aproveitou o mau posicionamento da defesa argentina, dominou a bola no peito e desferiu um chute cruzado para repetir o placar da final da Copa do Mundo da África do Sul no Brasil. Era o que faltava para os brasileiros novamente gritarem para celebrar Pelé, ainda com mais títulos mundiais do que a Argentina. E para os alemães cantarem o merecido tetracampeonato em sua Copa das Copas.

domingo, 13 de julho de 2014

Impugnações no Maranhão 


Além da impugnação do registro da candidatura para governador de Edinho Lobão [PMDB], pelo menos mais três importantes impugnações foram registradas ontem (12) no Ministério Publico Eleitoral. 
O petista Márcio Jardim impugnou a candidatura de Nina Melo (PMDB), filha do presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, também do PMDB.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) impugnou a candidatura do suplente de deputado estadual Luciano Genésio – ele também foi impugnado pelo vice-prefeito de Pinheiro, César Soares (PT).
E a pré-candidata a deputada Valéria Braga impugnou a candidatura do suplente de senador Raimundo Monteiro (PT).
Todos os casos devem ser julgados pelo TRE até o dia 5 de agosto. Ainda neste sábado o MPE deve encaminhar à Justiça Eleitoral uma lista com pelo menos 20 impugnações.
Marina Silva critica domínio da oligarquia e pobreza repetida no MA 

Lençóis de esperança, por Marina Silva (ambientalista, historiadora, pedagoga e ex-candidata a presidente da República)
Ontem, em passagem mais uma vez pelo Maranhão, tive a oportunidade de revisitar uma admiração cultivada à distância. Sempre escutei falar de um povo que vivia lá onde termina a floresta amazônica, no encontro com a caatinga e o cerrado, cheio de ricas tradições e conhecimentos, vivendo com grandes sacrifícios em meio a uma grande riqueza natural.
Nessa terra distante sobressaía, como em outras, o traje de seus representantes políticos, muitos deles quase hereditários, mas eram os minúsculos e infinitos grãos de areia que bordavam delicados lençóis para lindamente envolver seu tão desamparado povo.
marina_silva3Um belo povo. Já nas lutas dos povos extrativistas, aprendi a admirar as “quebradeiras de coco babaçu”. Mais de 300 mil pessoas – predomínio absoluto das mulheres, cerca de 90% – trabalhando com o fruto de uma palmeira que é uma dessas dádivas da natureza e gera alimento, energia, cosméticos, uma grande variedade de produtos.
A histórica luta dessas mulheres por seus direitos começa pelo acesso livre às palmeiras em terras que eram ancestralmente comunitárias e só depois conheceram as cercas e as ameaças de derrubada para outros usos da terra. Na continuação, os direitos sociais para milhares de famílias de uma região onde o Estado demorou a chegar com equipamentos mínimos, como escolas e postos de saúde. Aos poucos, o Brasil e o mundo foram conhecendo e reconhecendo o valor dessas pessoas.
Uma das coisas que aprendi no debate sobre os direitos dessas populações foi a questionar a visão que ainda predomina sobre sua participação na economia e seu lugar no futuro. Costumamos pensar o desenvolvimento econômico como uma superação do atraso, com investimentos e tecnologias que vêm “de fora”, muitas vezes jogando fora a história, a tradição e o conhecimento longamente elaborados pelas populações nativas.
A valorização dos produtos das mulheres que trabalham com o babaçu, que hoje alcançam sofisticados nichos de mercado no exterior, mostra que temos um enorme potencial de desenvolvimento. E que esse desenvolvimento é econômico, mas também social, ambiental e cultural. Todas as dimensões da vida humana ganham valor quando não perseguimos apenas o lucro, mas também a justiça.
Com o tempo, fui aprendendo outras coisas sobre o Maranhão. Sempre admirei o povo, mas me espantava o domínio de oligarquias, o atraso da política, a pobreza repetida durante tantos anos.
Ainda hoje é assim. A capital tem algum investimento, uma maior presença do poder público, mas apenas a metade das ruas tem serviços urbanos integrados: pavimentação, esgoto e energia elétrica. O transporte público é muito precário. Tem bolsões de pobreza extrema que alcançam cerca de 6% da população. E se a capital tem problemas tão graves, o interior é ainda pior.
Na avaliação nacional da educação, o Maranhão vai mal. Tem cinco escolas na lista das 20 piores escolas do país. Entre as 20 melhores, não tem nenhuma. É o mesmo para a Saúde e a segurança: nos principais índices sociais, fica sempre abaixo da média entre os estados brasileiros, em alguns casos nas últimas posições.
Eduardo Campos e eu conhecemos as dificuldades do Maranhão, mas ao vê-las de perto atualizamos nossas esperanças de que um bom plano de desenvolvimento local pode mudar muita coisa. Um plano de compromisso claro com a ideia de uma economia socialmente inclusiva e culturalmente diversificada, onde há apoio e lugar para pequenos, grandes e médios produtores e investidores.
Sentimos essa mudança porque entramos em contato também com o povo, com as organizações civis, com lideranças e pensadores locais. Neste ano, especialmente, há um ar diferente na região. Há uma oportunidade de se reunirem os bons projetos e encontrar nas eleições um momento de debate e mudança.
No Maranhão, em todo o Nordeste, no país inteiro, pode ser este um momento de superação.