9 dados importantes sobre o EBOLA
A epidemia de ebola resultou na morte de
milhares de vidas na África nos últimos meses, se concentrando
principalmente em Serra Leoa, Libéria e Guiné. Mas casos isolados já
foram relatados nos Estados Unidos e na Espanha.
Cerca de 55% das pessoas infectadas
acabaram morrendo, nessa epidemia mais recente. Não há cura, apenas
soros experimentais e vacinas. Mas antes que você fique assustado, veja
aqui tudo o que você precisa saber sobre o ebola.
1 – O que é Ebola?
Ebola, ou febre hemorrágica ebola, é uma
doença viral, causada por quatro das cinco espécies dentro do gênero
Ebolavirus, da família Filoviridae, ordem Mononegavirales.
O Ebola Zaire é o mais mortal deles e
foi identificado como a causa do surto atual na África. Em epidemias no
passado, a taxa de mortalidade desse vírus foi de 90%. Atualmente, esse
número caiu para 55%.
2 – Qual a sua origem?
Não se sabe ao certo qual a origem do vírus ebola, mas suspeita-se fortemente que os morcegos sejam o reservatório natural mais provável. Plantas, artrópodes e aves também são considerados, mas as fábricas de algodão, onde tiveram início os primeiros casos em 1976, eram habitat de vários morcegos.
Não se sabe ao certo qual a origem do vírus ebola, mas suspeita-se fortemente que os morcegos sejam o reservatório natural mais provável. Plantas, artrópodes e aves também são considerados, mas as fábricas de algodão, onde tiveram início os primeiros casos em 1976, eram habitat de vários morcegos.
De 24 espécies de plantas e 19
vertebrados testados experimentalmente, só os morcegos foram de fato
infectados com o vírus, com ausência de sinais clínicos, típicos de
reservatórios. Os primeiros humanos infectados provavelmente caçaram e
comeram o animal.
3 – Quais os sintomas da doença?
Os sintomas podem demorar até três semanas para se manifestarem após a infecção. Incluem febre, dores de cabeça e posteriormente náuseas, vômitos e diarreia, além de insuficiência hepática e renal. O quadro se agrava quando as pessoas começam a ter problemas hemorrágicos.
Os sintomas podem demorar até três semanas para se manifestarem após a infecção. Incluem febre, dores de cabeça e posteriormente náuseas, vômitos e diarreia, além de insuficiência hepática e renal. O quadro se agrava quando as pessoas começam a ter problemas hemorrágicos.
4 – Como se transmite?
O surto atual já é considerado o pior desde que o Ebola foi descoberto há quase 40 anos. Cerca de 60 mortes foram de trabalhadores de saúde que tentavam controlar a doença.
O surto atual já é considerado o pior desde que o Ebola foi descoberto há quase 40 anos. Cerca de 60 mortes foram de trabalhadores de saúde que tentavam controlar a doença.
Isso porque o vírus só é transmitido pelo contato direto com o sangue
ou fluídos corporais, inclusive dos mortos, o que torna médicos e
familiares os mais propensos a serem infectados. A transmissão é mais
fácil em pacientes com casos de hemorragia interna e externa, vômitos ou
diarreia.
Felizmente, o vírus não é contagioso durante o período de incubação,
nas três primeiras semanas. Isso significa que só é possível pegá-lo de
uma pessoa que já aparenta estar doente, e isso o torna mais difícil de
ser transmitido de fato.
5 – Por que aconteceu um novo surto?
A resposta bem provavelmente está nas tradições das comunidades locais. Ao sepultar os mortos, os rituais envolvem tocar o defunto ou banhá-lo, o que ajuda a doença a se propagar.
A resposta bem provavelmente está nas tradições das comunidades locais. Ao sepultar os mortos, os rituais envolvem tocar o defunto ou banhá-lo, o que ajuda a doença a se propagar.
Outro problema é que muitas vezes as pessoas infectadas se recusam a
procurar ajuda médica por não confiarem nos médicos. Além disso, os
hospitais não tem funcionários suficientes para cuidar dos pacientes e
as pessoas acabam recorrendo a curandeiros. Assim, acabam indo ao
hospital apenas quando o estágio da doença já está avançado e a chance
de cura é menor.
6 – Qual o tratamento?
Infelizmente, não há um remédio específico e nem uma cura para o ebola ainda. Assim, os sintomas acabam sendo tratados separadamente, sendo ministrado soro para a desidratação, um antitérmico para as febres e analgésicos para as dores, por exemplo.
Infelizmente, não há um remédio específico e nem uma cura para o ebola ainda. Assim, os sintomas acabam sendo tratados separadamente, sendo ministrado soro para a desidratação, um antitérmico para as febres e analgésicos para as dores, por exemplo.
Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, melhores são as chances de
sobrevivência. O problema é que são sintomas comuns em outras doenças e
por isso o diagnóstico às vezes pode demorar.
7 – Por que não há uma vacina?
Alguns pesquisadores americanos já planejam testar em breve uma vacina experimental. Se bem sucedida, essa vacina pode imunizar ao menos os trabalhadores de saúde trabalhando localmente até 2015.
Alguns pesquisadores americanos já planejam testar em breve uma vacina experimental. Se bem sucedida, essa vacina pode imunizar ao menos os trabalhadores de saúde trabalhando localmente até 2015.
Mas a resposta verdadeira é que o lucro ainda é mais importante do
que vidas. Segundo a AFP, até agora não se conseguiu convencer as
companhias farmacêuticas a investirem em uma vacina eficaz. Como o vírus
afeta um pequeno número de pessoas na África, não há um mercado
comercial para a vacina. Talvez se o surto fosse nos Estados Unidos ou
Europa…
8 – Como se proteger?
Primeiramente, evitando regiões onde há surto de ebola, como a Libéria, Serra Leoa e Guiné. Para quem tiver que viajar para esses países, as recomendações são de evitar o contato com secreções, vômitos e sangue de vítimas do vírus.
Primeiramente, evitando regiões onde há surto de ebola, como a Libéria, Serra Leoa e Guiné. Para quem tiver que viajar para esses países, as recomendações são de evitar o contato com secreções, vômitos e sangue de vítimas do vírus.
9 – Qual o risco de epidemia global?
O risco do vírus se espalhar globalmente é muito baixo, de acordo com especialistas, como o professor Peter Pior, um dos descobridores do vírus.
O risco do vírus se espalhar globalmente é muito baixo, de acordo com especialistas, como o professor Peter Pior, um dos descobridores do vírus.
Como a transmissão não é exatamente fácil de acontecer, mesmo que
aconteçam casos isolados em outros continentes, dificilmente isso
resultará em um novo surto fora da África.
Créditos: Fuse / Thinkstock (Discovery Brasil)