sexta-feira, 6 de março de 2015

Lei Orgânica do Município de Caxias será apresentada na Câmara Municipal 


Durante os trabalhos legislativos desta semana na Câmara Municipal de Caxias a presidente da Casa, vereadora Ana Lucia Ximenes anunciou que a Lei Orgânica do Município será apresentada na próxima sessão. Foi feita uma revisão e atualização na Lei Orgânica com base nas Leis Federais e Estaduais.

Em vários anos de existência da Lei atual, várias mudanças aconteceram na Constituição Federal e Estadual, portanto houve a necessidade de uma atualização ampla da Lei Orgânica do Município, no sentido de adequá-la às novas realidades do País e de Caxias, pois a mesma, segundo alguns vereadores, está muito defasada.

A atualização da Lei Orgânica irá mexer com toda a sociedade caxiense, em vários quesitos como: os impostos, as isenções, a questão do meio ambiente, os prédios públicos, entre outros pontos muito polêmicos, que os vereadores irão discutir durante as sessões. 

Entenda

O que é a Lei Orgânica ?

A Lei Orgânica é uma lei genérica, de caráter constitucional, elaborada no âmbito do município e consoante as determinações e limites impostos pelas constituições federal e do respectivo estado, aprovada em dois turnos pela Câmara de Vereadores, e pela maioria de dois terços de seus membros.
 
É o instrumento maior de um municipio. Nela estão contidos os mais diversos princípios que norteiam a vida da sociedade, numa soma comum de esforços visando o bem-estar social, o progresso e o desenvolvimento de um povo
 
No âmbito municipal a Lei Orgânica foi aprovada seis meses após a promulgação das constituições estaduais, que por sua vez tiveram um prazo de um ano para serem aprovadas, depois da promulgação da Constituição de 1988.






Senador Edson Lobão nas listas dos grandes jornais

por Ribamar Corrêa  
Senador Edson Lobão mantém sua rotina no Senado
 
Não é oficial, mas no meio político e na imprensa não há mais dúvida de que o senador maranhense Edison Lobão (PMDB), ex-ministro de Minas e Energia, consta da relação de suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, e que inclui os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Fernando Collor (PMDB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Lindbergh Farias (PT-RJ), Romero Jucá (PMDB-RR)  e Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com o chefe da PRG, todos eles foram citados na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff e devem ser investigados com inquéritos a serem abertos pelo STF.

O senador Edison Lobão foi informado por várias fontes de que seu nome consta na lista, e essa informação foi confirmada ontem pelos jornais Folha de S. Paulo – que publicou foto do ex-ministro na capa – e O Estado de S. Paulo, que faz a mesma afirmação. Os dois jornais se basearam em informações não oficiais, mas consistentes, de assessores da PGE e do STF. Falta, no entanto, o relator do “pacote”, ministro Teori Zawask, decidir se o caso será mantido ou não em segredo de justiça. No meio judiciário de Brasília, prevalece o entendimento de quer o caso deve ser público, como expresso, quarta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, em manifestação no STF.

De acordo com informações obtidas pela coluna, até ontem à tarde o senador Edison Lobão ainda não tinha conhecimento do inteiro teor dos argumentos que levaram o procurador geral da República a sugerir ao STF a abertura de inquérito para investigá-lo. Em conversas com senadores e assessores, Lobão reafirmou que nada tem a ver com as falcatruas que drenaram bilhões de reais da Petrobras e insistiu na suspeita de que sua inclusão na lista se deve unicamente ao fato de ter sido ministro de Minas e Energia – a quem a empresa é organicamente subordinada – no período em que os diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró movimentaram o propinoduto.

No plano político, o senador está não está de braços cruzados. Ele tem recebido manifestações de apoio do seu partido, e deve ser indicado para presidir uma das comissões do Senado, provavelmente a mais importante de todas, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O argumento para que se mantenha em ação nas funções senatoriais é que o que foi pedido pelo chefe da PGR ao STF é a abertura de inquérito, o que, a rigor, é um pedido de investigação, que poderá levar a um processo, ou simplesmente ser arquivado por falta de provas. Há quem avalie que o procurador geral da República não faria esse pedido somente pelo fato de Lobão ter sido o ministro de Minas e Energia. Tanto que junto com a lista ele encaminhou ao STF uma pasta com documentos para justificar o pedido de abertura dos inquéritos.

Um dos políticos mais experientes da República, com uma trajetória invejável, Lobão sabe perfeitamente o tamanho do custo político da simples inclusão do seu nome numa lista de suspeitos de protagonizar um escândalo dessa magnitude. Sua preocupação agora tem dois vetores: se preparar com todas as armas ao seu alcance para enfrentar uma provável investigação a ser autorizada pelo STF – depoimentos à Polícia Federal, devassa nos seus domínios sigilosos – telefone, conta bancária, Imposto de Renda, patrimônio, etc. -, e enfrentar o desgaste inclemente político nos últimos tempos de uma carreira vitoriosa.

No tocante à investigação – caso seja autorizada pelo STF -, ela será mais ou menos traumática dependendo dos argumentos apresentados pelo procurador geral da República. O senador poderá ser ouvido, apresentar as contraprovas e sair do caso inocentado. Mas pode também enfrentar argumentos os quais não terá como refutar, podendo enfrentar um processo desgastante e de desfecho absolutamente imprevisível.

A coluna não ouviu o senador ontem, mas uma fonte a ele ligada informou que ele se encontra mergulhado em expectativa, mas mantendo de pé a declaração que fez na manhã de terça-feira numa conversa por telefone: “Estou tranquilo. Não tenho nada a ver com isso”.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Humberto Coutinho fala pela primeira vez sobre a cirurgia que fará na próxima semana 


Ao encerrar a sessão desta quinta-feira (5), o presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho (PDT), falou sobre a cirurgia que fará na quarta-feira (11).

Coutinho tranquilizou os colegas de plenário e explicou que a cirurgia não é de emergência e que ela está prevista há um ano, dentro do tratamento de saúde que se submeteu.

Veja a seguir toda declaração feita pelo presidente da Assembleia, que deve se ausentar por duas ou três semanas.

As declarações de Humberto Coutinho

– Antes de encerrar a sessão, quero avisar aos nobres colegas deputados que vou me ausentar de duas a três semanas, porque vou me operar na quarta-feira. Tenho uma cirurgia programada
.
– Quero comunicar à imprensa que não é cirurgia de surpresa. Foi programada há um ano onde corrigi várias complicações, mas falta corrigir só mais uma. E, se Deus quiser, essa vai dar certo também.

– Será feita essa cirurgia, na quarta-feira, de reconstrução do trato gastrointestinal, os médicos sabem muito bem o que é isso.

– Vou fazer essa cirurgia na quarta-feira e vou ficar ausente do Plenário com saudades de vocês, com certeza, por duas a três semanas. Estou repetindo isso para que a imprensa e os colegas desinformados, não deturpem com outras palavras, como já me falaram que tem repórteres e jornalistas dizendo várias versões.

– O deputado Sousa Neto me ligou preocupado, pois disseram que era urgência, mas tudo isso estava programado um ano atrás. 

fonte: Sinal Verde 
Propinas do PMDB sepultaram a Refinaria da Petrobras em Bacabeira 

do Jornal Pequeno

A Refinaria de Bacabeira esteve envolvida nos esquemas de propina de políticos do PMDB citados na Lava Jato. A informação foi revelada na tarde de ontem (04) pelo jornal O Estado de São Paulo ao afirmar que pelo menos dois dos empresários presos pela Polícia Federal afirmaram em delação premiada citaram que a Refinaria de Bacabeira fez parte dos esquemas para concessão de propina a políticos do PMDB. O elo é o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB0, aliado histórico da família Sarney no Maranhão.

A reportagem conta que o doleiro Alberto Yousseff afirmou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, ganhou propina de 30% sobre o montante desviado de um dos itens das obras, relativo à terraplanagem da Refinaria. Foi Paulo Roberto que veio ao Maranhão em 2010 a convite de Roseana Sarney e do ex-ministro Edison Lobão para lançar a pedra inaugural da obra. A Fidens, fundada em 1968, fica em Minas.

Segundo Youssef, a licitação da terraplanagem ocorreu entre 2010 e 2011 “sendo acertado que as vencedoras seriam a Galvão Engenharia, Serveng e Fidens”. Ele afirmou que “ficava sabendo antecipadamente” o nome das empresas que ganhariam as licitações no âmbito da Premium I. O doleiro contou que “foram feitas reuniões” em seu escritório em São Paulo, na Avenida São Gabriel, Itaim Bibi. Nem a Serveng e nem a Fidens são acusadas de participar do cartel de empreiteiras que atuava na estatal.

Ficou acertado, segundo o delator, o pagamento de comissão de 1% sobre o valor do contrato. Os repasses teriam sido iniciados seis meses depois do início da obra. Ele falou sobre uma reunião com a Galvão Engenharia, representada na ocasião pelo executivo Erton Medeiros, alvo da Lava Jato. Segundo a reportagem, a indicação das empresas que sabiam antecipadamente que venceriam a licitação foi feita por um deputado de Minas Gerais, Luiz Fernando (PP-MG).

Outro delator do caso foi o engenheiro da empresa Galvão Engenharia, que afirmou em seu depoimento que a Refinaria Premium foi alvo de propinas na época de seu lançamento. Após as denúncias de irregularidades nas obras e nos contratos, a Petrobrás decidiu paralisar as obras no Maranhão, dificultando a instalação do empreendimento que geraria milhares de empregos dentro do Estado.

Orçada em R$ 20 bilhões, a Refinaria Premium I em Bacabeira, a 60 quilômetros da capital São Luís, foi projetada para operar como a maior refinaria da Petrobras, mas está com as obras inacabadas e com problemas de execução.

Paulo Roberto confessa propinas a PMDB

Jornal O Estado de São Paulo

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou, em sua delação premiada, que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu propina em contratos da Diretoria de Abastecimento e que, na prática, os pagamentos ao peemedebista “furaram” o teto de 3% estabelecido como limite dos repasses a políticos no esquema de cartel e corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato.

O esquema desbaratado a partir de março de 2014 envolvia o loteamento de diretorias da Petrobrás pelo PT, PMDB e PP. Por meio delas, eram arrecadados entre 1% e 3% de propina em grandes contratos. Segundo Costa, a propina excedeu os 3% para que “fosse incluído um valor para Renan”.

O ex-diretor de Abastecimento foi o primeiro delator da Lava Jato. Paulo Roberto Costa afirmou em sua delação que o presidente do Senado usava como “interlocutor” dos contatos com a Diretoria de Abastecimento – reduto do PP no esquema – o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE), que foi prefeito de Aracaú (CE) no período de 1989 a 1993. Segundo o delator, o aliado de Renan apresentava-se como “representante” do presidente do Senado.

Para a força-tarefa do Ministério Público Federal, o delator afirmou que entre 2007 e 2008, o emissário peemedebista procurou por ele e disse que Renan “mandou pedir” que a Petrobrás “passasse a contratar uma empresa, a Serveng-Civilsan”. Na época, Costa ocupava a Diretoria de Abastecimento da estatal.

Aníbal Gomes teria dito que Renan queria que o grupo paulista Serveng-Civilsan pudesse participar das licitações da estatal. A Operação Lava Jato descobriu que um seleto grupo de empreiteiras detinha exclusividade em praticamente todas as áreas estratégicas da Petrobras. Segundo os investigadores, apenas em casos extraordinários essa blindagem era rompida.

O Grupo Serveng atua em áreas diversas, inclusive energia, mineração, engenharia e construção. Costa não citou contratos da estatal com a empresa que teria sido indicada por Renan. A Serveng-Civilsan foi contratada para as obras da Refinaria Premium I.
Vereadora Fátima da Baixinha faz requerimento solicitando melhorias na infraestrutura das ruas da Galeana 

Rua Santa Mônica no bairro Galeana precisa de melhorias
Atendendo a uma solicitação dos moradores da Rua Santa Mônica e Travessa da Palmeirinha, através de um abaixo assinado com mais de cem assinaturas, a vereadora Fátima da Baixinha (PRB) deu entrada quarta-feira, 04, na sessão ordinária da Câmara em proposição (requerimento) solicitando da administração municipal melhorias na infraestrutura  e urbanização das ruas Santa Mônica e Travessa da Palmeirinha no bairro Galeana.



Em sua justificativa a vereadora destacou que “Essa indicação é uma antiga reivindicação dos moradores, que aguardam urgentemente por estes benefícios. No período chuvoso o inverno atormenta os moradores e na estiagem a poeira ocasiona problemas na saúde das pessoas. Os moradores das referidas ruas  estão sofrendo com a falta de infraestrutura e esperam que a administração municipal atenda a solicitação. Sabemos que o município é grande e apresenta muitas demandas, mas é preciso realizar uma lista de prioridades”, disse Fátima da Baixinha ao Blog.

Em contato com o titular do Blog, o secretário de Infraestrutura, José Paiva, informou que existe um projeto para recuperação de toda aquela área degradada principalmente no inverno, acrescentou ainda que o bairro Sulina também está incluído. A recuperação está orçamentada em RS 1.800,000,00 - Hum milhão e oitocentos mil reais.

Prefeito Léo Coutinho participa de solenidade de acolhimento dos participantes do Programa Mais Médicos  


O prefeito Leonardo Coutinho acompanhado do secretário municipal de Saúde, Vinicius Araújo, participou nesta terça-feira (03), da solenidade de acolhimento dos participantes do Programa Mais Médicos, no auditório da UFMA em São Luís. Também participaram do evento o governador Flávio Dino, o presidente da Assembleia Legislativa deputado estadual Humberto Coutinho, o ministro de Saúde Arthur Chioro, entre outras autoridades municipais e estaduais do Maranhão.


O município de Caxias está entre os municípios maranhenses que foram contemplados pelo Governo Federal em mais uma etapa do Programa Mais Médicos. Na primeira etapa do programa, Caxias recebeu 15 médicos, com apenas uma desistência.

O Programa Mais Médicos assegura a presença de profissionais em municípios com dificuldades de contratação para a atenção básica. Essa nova etapa do programa abrirá oportunidade para prefeituras e garante a incorporação de 100% das vagas do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica.

O prefeito de Caxias ressaltou que o Mais Médicos está fazendo a diferença no município, pois Caxias recebeu médicos novos, aumentando a cobertura do Programa Saúde da Família (PSF). “É um investimento que caminha em duas mãos: garantir mais profissionais e condições de trabalho e atendimento dignos. Tenho certeza que a consolidação dessas políticas de investimentos em médicos e infraestrutura garantirão a qualidade do atendimento e na Atenção Primária”, disse Léo Coutinho. Ele explicou que os médicos serão destinados para locais com menor cobertura do PSF, mais distantes e pobres, com previsão de áreas também da zona rural.



Com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital, o Governo Federal garantirá a permanência de mais de 18 mil médicos nas Unidades Básicas de Saúde do país, levando assistência básica para cerca de 63 milhões de pessoas.

Conforme o Ministro Arthur Chioro, o programa não é somente de fixação de profissionais, mas também de formação em Atenção Primária e Saúde da Família. “Um dos objetivos é podermos formar no Brasil um número de médicos necessários para atender à população brasileira. Então, além de disponibilizar médicos para atenderem às pessoas, nós temos o desafio de abrir mais 11,5 mil vagas para Medicina até 2017, das quais já foram criadas 4,5 mil. Então a abertura de novas vagas de graduação em medicina, a universalização da residência médica, a melhoria da infraestrutura dos Postos de Saúde e a colocação de médicos nos PSF são os compromissos que temos no Programa Mais Médicos”, pontuou.

O programa

Lançado em julho de 2014 pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.

Os profissionais do programa recebem bolsa por mês e ajuda de custo pagas pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.

as informações são da ASCOM 

Citações a Dilma e Aécio eram insuficientes para pedidos de investigação, diz Procuradoria Geral da Republica 
 
O Globo 
 
Ao receber o material da Operação Lava-Jato com as referências a autoridades com foro privilegiado, a Procuradoria Geral da República (PGR) se deparou com citações aos nomes dos dois candidatos que disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2014: a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). Durante a análise do conteúdo, na fase que antecedeu aos pedidos de abertura de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR considerou que as menções aos dois não eram suficientes para pedidos de investigação. Não se sabe, porém, se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, efetivou o descarte da apuração formalizando as solicitações de arquivamento ao Supremo. Integrantes do PSDB garantem, no entanto, que houve arquivamento para o caso de Aécio. Os 28 pedidos de inquérito protocolados no STF, onde são listados 54 nomes, e os sete de arquivamento permanecem sob sigilo. A expectativa é de que o ministro relator do caso, Teori Zavascki, derrube o sigilo até amanhã.
 

Ao longo do dia, parlamentares do PSDB informaram ter recebido a informação de que Janot recomendou ao STF o arquivamento das citações a Aécio na Operação Lava-Jato. O tucano, que é presidente do partido, comemorou a decisão e disse que houve uma movimentação do governo para tentar envolver a oposição no caso.

— Não tinha conhecimento, mas recebo como uma homenagem o arquivamento. Houve uma tentativa de envolver a oposição. E, se o procurador concluiu que não houve nada, ele tem a última palavra — disse Aécio.

A reportagem do jornal O Globo apurou que, em determinado momento da análise das citações ao tucano, chegou-se a cogitar a possibilidade de pedido de abertura de inquérito contra o presidente do PSDB. O entendimento que teria prevalecido foi de que as referências não dariam sustentação para o Supremo atender ao pedido do Ministério Público, e determinar a abertura de inquérito.
Publicidade

YOUSSEF CITOU IRMÃ DE AÉCIO

Em um dos depoimentos da delação premiada, o doleiro Youssef disse que soube que Aécio recebeu dinheiro desviado de Furnas Centrais Elétricas no período em que era deputado federal. Os pagamentos teriam sido feitos por intermédio de uma das irmãs do senador. O relato da propina chegou a Youssef por intermédio do ex-deputado José Janene (PP-PR), já morto. Janene é apontado como um dos chefes dos desvios de dinheiro em contratos da diretoria de Abastecimento da Petrobras.

— Em relação ao senador Aécio, ele falou que ouviu dizer. Não tem prova nenhuma. Ele não conhece o senador. Nunca esteve com ele — disse ao GLOBO o advogado Antônio Figueiredo Basto, coordenador da defesa do doleiro nos processos relacionados à Operação Lava Jato.

Youssef mencionou a irmã do senador, mas não soube dizer qual delas. O senador tem duas irmãs. Para Basto, a acusação é frágil. Esse teria sido o motivo que levou Janot a não pedir abertura de inquérito contra Aécio, segundo o advogado. Ele disse ainda que, se for chamado a depor novamente, Youssef não voltará a falar sobre o assunto porque não teria como provar as acusações.



PRESIDENTE SEM ENVOLVIMENTO NOS FATOS

No caso de Dilma, a avaliação inicial foi de que as citações seriam apenas referências ao nome da petista, sem um envolvimento direto nos fatos. A citação a Aécio dizia respeito a fatos antigos, da década de 90. Além disso, a referência não guardava relação com o esquema de desvios de recursos da Petrobras, desbaratado na Operação Lava-Jato.

A base para as petições de Janot no STF foram os depoimentos dos dois principais delatores do esquema, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de apoio a Janot, montado no fim de janeiro para analisar as citações aos políticos com foro privilegiado, aventou sobre o que fazer em relação às citações a Dilma e Aécio.