terça-feira, 21 de julho de 2015

Pacto pelo Maranhão 


Por José Reinaldo Tavares

José Sarney foi sem dúvidas o político que reteve maior poder e prestígio político no Maranhão, além de ter sido um dos mais fortes do país. E ficou mais poderoso ainda após o exercício na presidência da república. Sarney foi o poderosíssimo ex-presidente, sobretudo no governo de Lula da Silva. Mandava e desmandava à vontade e Lula chegou a dizer, inclusive, que Sarney não era um homem como os outros. Era quase um mito.

Mas no Maranhão, em que pese o seu julgamento, ficou devendo muito em relação ao que poderia ter feito, considerando o seu poder pessoal e político incontestáveis.

Mas, enfim, este não é um artigo para criticá-lo. Isso já fiz muitas vezes ao longo de muitos anos e por isso recebi muitas vezes o peso de sua ira. Contudo, isso ficou para trás e tenho que olhar para a frente e não ficar remoendo o passado.
Sarney não tem mais a força que teve, mas ainda tem muito prestígio pessoal e ainda detém grande força política. Isso é inegável.

Hoje se diverte criticando o governo de Flávio Dino, homem que derrotou de maneira muito clara o seu grupo político. Isso são fatos.

Farei aqui um apelo ao ex-presidente e àquele político que fascinou a todos os jovens promissores que com ele trabalharam, quando governador e nele acreditaram, como eu. Vejam bem, não estou pedindo aqui que deixe de fazer oposição, sendo esse o seu desejo. Não, nada disso! Estou propondo é um pacto pelo Maranhão, por esse estado pobre e com grande parte da população vivendo com renda oriunda do Bolsa Família. Estou propondo uma união de importantes forças políticas em torno de projetos fundamentais para o desenvolvimento do estado e para tirar o estado dessa situação. O Ceará fez isso no passado e disparou com uma agenda de consenso que o transformou num dos estados mais importantes do país. E o nosso Maranhão tem muito mais condições naturais para o desenvolvimento que o Ceará, mas hoje estamos bem atrás.

Países só se desenvolveram com pactos como esse, vejam o caso da Espanha, onde as questões eram tão acirradas que chegaram a ir a uma guerra civil sangrenta e terrível. Lá ficou na história o Pacto de Moncloa, fundamental para a busca do desenvolvimento que hoje sustenta a Espanha moderna.

É claro que se isso não acontecer, iremos lutar até conseguirmos, mas se pudermos fazer uma agenda acima da política, juntando as forças de todos que puderem contribuir, será muito mais fácil e mais rápido conseguir mudar o Maranhão.

Parece óbvio que o ex-presidente teria, como tem em qualquer lugar, uma participação muito importante em tudo. Repito: não se trata de pacto político, mas sim de tentar elencar um grupo de projetos estruturantes para que possamos pular etapas e colocar o Maranhão em seu lugar entre os estados mais promissores do país.

Aqui falo por mim. Não falo por mais ninguém. Portanto não se trata de qualquer tipo de barganha. Não se trata da oferta de cargos em troca de apoio. Não é, enfatizo, um pacto político. Não se trata, enfim, de troca de favores.

O que pretendo é unir todos pelo desenvolvimento do Maranhão. É escolher pelo debate alguns projetos realmente fundamentais para alavancar o crescimento do estado e melhorar a vida sofrida de nossa população. Entre nós temos vários políticos de enorme prestígio, a começar pelo governador Flávio Dino e pelo ex-presidente José Sarney, juntando senadores, deputados federais e estaduais. 

Temos força política para, juntos nesse propósito, conseguirmos grandes avanços, desde que todos puxem numa só direção. O momento é de imensa dificuldade. O país quebrado, o governo federal politicamente paralisado por uma crise que começou política, indo em seguida tomar conta da economia e agora é social, com a inflação e o desemprego batendo à porta.

Não será tarefa fácil. Mas se estivermos unidos e com uma pauta bem estabelecida, creio que seremos fortes, objetivos e com grandes chances de conseguirmos grandes avanços. Só o fato de termos uma agenda em comum será de uma importância extraordinária.

Falo por mim, sem medos de patrulhas e de maus entendidos. Não serei eu a ganhar nada me arriscando assim. Será o povo do Maranhão. Mas sei que muitos entre nós pensam como eu. Não estarei sozinho e nem pregando no deserto. Nossa sociedade não perdoará a nós políticos, se não nos unirmos em torno do projeto maior que é o desenvolvimento do Maranhão. Essa é a finalidade maior de estarmos na política, com ou sem mandatos.

“Pronto, falei” – como dizem os internautas. Peço a reflexão de todos. Não se trata de rendição e nem de submissão. Trata-se do Maranhão!

Pensem nisso e vamos juntos!

*Artigo de José Reinaldo Tavares, deputado federal e ex-governador do Maranhão publicado no Jornal Pequeno
SINE oferece vagas de emprego



A Prefeitura de Caxias, por meio da Secretaria do Trabalho e Economia Solidária (SEMTRES), informa que está com vagas abertas para os cargos de Destilador e Costureira.

Os interessados devem levar o currículo profissional para a sede da SEMTRES, localizada no Centro de Cultura Acadêmico José Sarney, em frente à praça Pantheon, no horário das 8h às 14h.

Os currículos dos profissionais podem ser entregues até sexta-feira (24).

as informações são da ASCOM
Blitz da Secretaria de Transito e Transportes retiram veículos irregulares de circulação


Em nova blitz de trânsito realizada nesta terça-feira (21), pela Secretaria de Transito e Transportes (STRANS) em parceria com a Guarda Municipal e agentes de transito, foram removidos para o pátio do Detran várias motos.

No saldo total foram feitas dezenas de notificações e recolhidos  Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV).

Conforme informações da STRANS, durante as abordagens estão sendo analisadas as condições dos veículos, documentação do carro ou da motocicleta e também do condutor. “Em conjunto com a Guarda Municipal atuamos sistematicamente nas vias de Caxias visando o controle de forma preventiva das infrações de trânsito”, destaca um agente de transito. 

O secretário Municipal de Transito, Junior Martins, reforça que as ações de fiscalização no trânsito buscam conscientizar os condutores sobre a importância do cumprimento das normas de trânsito. “A Guarda Municipal juntamente com os agentes  tem atuado em apoio à fiscalização de trânsito e contribuído efetivamente para a redução dos acidentes e nas mortes no trânsito. O objetivo é dotar nossa cidade de mais segurança no trânsito”.

As ações de fiscalização têm ocorrido com frequência e tem como principal objetivo tirar de circulação veículos em condições irregulares, além de inibir a condução de veículos por pessoas não habilitadas. 

fotos: STRANS 


Deputada participa de festas agropecuárias e reafirma vocação para o agronegócio 
 

A deputada estadual Valeria Macedo (PDT) participou das maiores festas de gado da região Tocantina, o que inclui as exposições agropecuárias de Imperatriz, Porto Franco, Grajaú, e as vaquejadas de Formosa da Serra Negra, Montes Altos, dentre outras.

A deputada destacou que as exposições e feiras agropecuárias da região Tocantina tornam efetivo o potencial econômico do setor primário da economia, além de puxar a prestação de serviços e a comercialização de produtos de alto valor agregado, como máquina, equipamentos, veículos e outros produtos e insumos ligados a atividade.

Durante os dias 11 a 18 de julho foi realizado a EXPOFRAN, Feira agropecuária na cidade de Porto Franco, a segunda maior da região Tocantina. A de Grajaú iniciou no sábado e vai até o final de semana.  

Valéria Macedo lembra que as exposições agropecuárias se tornaram um momento onde os grandes e pequenos produtores divulgam suas atividades e promovem eventos com a participação da sociedade, além dos cursos e palestras direcionas a todos os agentes dessa atividade, o que inclui pequeno, médio e os grandes produtores rurais.

"Nossa força para o setor produtivo se reafirma com esses eventos agropecuários a partir da EXPOIMP de Imperatriz, a EXPOFRAN de Porto Franco, da EXPOAGRA de cidade de Grajaú até a EXPOBALSAS, na cidade de Balsas, sem falar nos demais eventos espalhados por toda a região".
Carro de passeio é consumido por incêndio na BR-316


Na noite desta segunda feira (20), um automóvel de passeio modelo Gol, de placa FKU 1754, foi totalmente destruído por um incêndio, que começou na parte dianteira do carro, na BR-316, na cidade de Santa Inês. O condutor, Matheus Freitas Lima, de 22 anos, afirmou que as chamas apareceram na parte do motor e que não teve tempo de controlar o incêndio.

O caso foi registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas nada pode ser feito para amenizar o prejuízo.
Criada por Getúlio Vargas, Petrobras é alvo de CPIs desde os anos de JK e Jango 
Estatal se envolveu em escândalos nos governos Sarney e Collor. Operação Lava-Jato da PF, iniciada em 2014, prendeu 4 ex-diretores da empresa, abrindo nova CPI 
O Globo

Um dos principais alvos da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), a Petrobras — a maior estatal do país — já enfrentou outras investigações de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. Dirigentes da companhia foram convocados, desde a década de 50, para prestar esclarecimentos a parlamentares. No dia 24 de maio de 1958, O GLOBO informava que o coronel Janari Nunes, presidente da empresa, prestava depoimento para desmentir acusações feitas pelo “Diário de Notícias”. Entre elas, estava a de ter ocultado do presidente da República — na época, Juscelino Kubitschek — que o mandato de um dos diretores, Nazaré Teixeira Dias, estava encerrado desde 1956. Janari Nunes, na ocasião, defendeu-se culpando a imprensa. Alegou que se tratava de uma campanha do jornal contra ele e a diretoria.

Na década seguinte, uma nova polêmica envolveu outro presidente da empresa. “Só cego não vê que o que acontece na Petrobrás está acontecendo no Brasil”, afirmava o general Albino Silva, presidente da “Petrobrás” (à época com acento) na CPI sobre Assuntos do Petróleo, no Palácio Tiradentes, segundo reportagem publicada em 28 de janeiro de 1964. Aos parlamentares o executivo disse ainda que alguns diretores mantinham compromissos “que não eram específicos aos cargos que ocupavam”. Eram tempos do governo de João Goulart, dois meses antes do golpe que o depôs da Presidência da República. Além disso, o general ressaltou que havia um “anel de ferro” transformando a empresa “num organismo impenetrável” e que estabelecia um clima de terror em diversos setores. Um outro lado da história foi publicado pelo jornal no dia seguinte. Nessa edição, Jairo José de Farias, ex-diretor da estatal, acusava Albino Silva de ser agente de cartéis internacionais. Ainda assim, segundo o jornal, o diretor não possuía provas para culpar o general.

Símbolo nacional, a estatal tem na sua biografia outros episódios que afetaram a sua credibilidade. “Petrobras passa pelo maior escândalo de sua história”, noticiava O GLOBO no dia 13 de dezembro de 1988. A edição destacava que o escândalo, na subsidiária Petrobras Distribuidora (BR), era o maior dos 35 anos anos da companhia, criada em 1953 no governo do presidente Getúlio Vargas após a campanha nacionalista “O petróleo é nosso”, que mobilizara setores da sociedade brasileira desde os anos 40. De acordo com as informações, sete banqueiros haviam procurado, em novembro de 1987, o presidente da Petrobras, Armando Guedes Coelho. Eles estavam sendo pressionados por funcionários da BR para obter vantagens e benefícios para manter e até aumentar depósitos da estatal nas instituições financeiras. A cobrança das comissões, segundo denúncia da época, atingia a cifra de US$ 2 milhões mensais. Quem governava o país era o presidente José Sarney, e a crise na empresa culminou com o pedido de demissão de Armando Guedes, noticiado no dia 17 de dezembro de 1988. Quatro anos depois, um novo escândalo envolveu a empresa no governo Collor.

No ano passado, no dia 20 de março, a Operação Lava-Jato, desencadeada pela PF três dias antes com a prisão de 17 pessoas, entre elas o doleiro Alberto Youssef, chegava à maior empresa estatal brasileira. Naquele dia, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso com R$ 1,1 milhão guardados em sua casa. Durante as investigações, o Ministério Público Federal denunciou à Justiça 36 pessoas suspeitas de participar no esquema de corrupção da Petrobras, sendo 25 ligadas a grandes empreiteiras. A mais recente CPI da Petrobras para investigar o esquema de corrupção na companhia, revelado na Lava-Jato, cujos processos são conduzidos pelo juiz federal do Paraná Sérgio Moro, foi anunciada no dia 5 de fevereiro deste ano pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Foi em depoimento à CPI, em março deste ano, que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, delator do esquema, afirmou que recebia propina de forma pessoal desde 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Porém, segundo ele, somente a partir de 2003, já no governo Lula, é que o pagamento foi “institucionalizado”.

Atualmente, a comissão segue com os depoimentos e uma acareação entre o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa está prevista para o dia 6 de agosto. A PF identificou 16 empreiteiras que se organizavam — numa espécie de “clube do cartel” — para fraudar licitações, corromper agentes públicos e desviar recursos da estatal. Entre as empresas acusadas estão grandes empreiteiras, como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht. As empresas negam a participação no escândalo. Na 14ª fase da operação, realizada em junho de 2015, a PF prendeu executivos ligados aos principais grupos empresariais supostamente envolvidos, entre eles o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.

Além de Costa, outros três ex-diretores da Petrobras foram presos na Lava-Jato: Renato Duque (Serviços), Nestor Cerveró (Internacional) e Jorge Zelada (também da Diretoria Internacional). Em meio aos escândalos de corrupção, a Petrobras divulgou o seu balanço, com cinco meses de atraso, em abril deste ano. O resultado foi um prejuízo de R$ 21,58 bilhões em 2014. Do total, a própria empresa reconhece R$ 6,2 bilhões provocados pelos desvios de recursos.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

José Sarney pede a Lula para pressionar pela anulação da Lava Jato 


Na sua principal matéria desta semana – “Cada vez mais perto” –, em que delatores acusam o engenheiro Valter Cardeal, diretor da Eletrobras e braço direito de Dilma no setor elétrico, de agenciar pagamentos de propina ao PT durante a campanha presidencial de 2014, a Revista Veja revela como foi a intervenção de Sarney no caso. Confira o trecho:

“Numa conversa com caciques do PMDB, Lula defendeu a tese de que os presidentes dos três poderes deveriam atuar em conjunto para conter uma campanha de ‘criminalização político-partidária’, que, segundo ele, poderia abrir espaço para um aventureiro conquistar o poder em 2018. O petista citou o caso de Sílvio Berlusconi na Itália e, em tom professoral, continuou com uma discurseira institucional até ser interrompido pelo senador José Sarney. Com 60 anos de vida pública e experiência e lucidez de sobra para traduzir os interlocutores, Sarney disse que o problema verdadeiro era a Lava Jato, que ameaçava o topo da República, de Lula a Dilma, passando pelos presidentes da Câmara e do Senado. E que só o petista, como o maior líder político do país, poderia deter a enxurrada. Como? Pressionando os ministros dos tribunais superiores a anular a investigação do petrolão com base nas supostas irregularidades e arbitrariedades cometidas pelo juiz Sérgio Moro. ‘O Moro sequestrou a Constituição e o país. O Supremo Tribunal Federal não pode se apequenar’, declarou Sarney. Lula concordou com o peemedebista. Era o que ele queria, mas não tinha coragem de dizer”!!!

Para Sarney, a solução da crise institucional instalada em todos os poderes do país é enterrar a operação Lava Jato.