Somente 17% das vagas voltadas aos deficientes físicos são usadas no MA
do G1/MA
Por lei, toda empresa, com no mínimo 100 funcionários, deve destinar
dois por cento das vagas para pessoas com algum tipo de deficiência
física, e esse percentual pode aumentar dependendo do número de
trabalhadores de cada empresa.
No entanto, no Maranhão, segundo o último levantamento realizado pelo o
Ministério do Trabalho e Emprego, apenas 17 por cento das vagas para
deficientes foram preenchidas no estado. De acordo com o relatório anual
de informações sociais, a Rais de 2013, que foi o último levantamento
feito pelo o Ministério do Trabalho e Emprego, o estado tem um dos
piores índices do país nesse quesito. Pelo menos 12 mil vagas no
Maranhão não foram ocupadas para atender o que determina a lei.
O superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego Silvio Pinheiro
afirma que essa dura realidade enfrentada pela a maioria dos portadores
de deficiência no Maranhão é fruto da falta de conscientização dos
próprios empregadores, que não entendem importância da incluso social.
“Isso é uma coisa que demanda um trabalho a ser feito no sentido de
conscientizar os empregadores dessa importância da inclusão social. Você
incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho isso tem um
valor social muito grande”.
De acordo com o procurador do Trabalho da Procuradoria do Trabalho no
Maranhão, Marcos Sérgio Costa, uma das principais dificuldades para o
cumprimento das Leis das Cotas é que as próprias pessoas que sofrem com a
rejeição no mercado não denunciam o caso ao órgão. “O Ministério
Público tem agido nesse particular de maneira solitária porque aqui nós
somos carentes de denúncias sobre o descumprimento de cotas. Os
beneficiários das cotas não estão denunciando. O Ministério Público
quando agiu foi de ofício, agiu sozinho. Isso de maneira por conta
própria, de maneira nacional”, explicou o procurador.