terça-feira, 24 de novembro de 2015

Filho de Sarney é cotado para lugar de Del Nero na FIFA; nome é contestado na CBF  


Fernando Sarney, 60, vice-presidente da CBF, é hoje o mais cotado para substituir Marco Polo Del Nero no Comitê Executivo da Fifa.  


Dentro da própria cúpula da CBF há quem torça o nariz para a indicação de Sarney, filho do ex-presidente da República José Sarney (1985-1990). A decisão será tomada até o fim desta semana.



Fernando Sarney tem participado de alguns eventos da Conmebol fora do Brasil, já que o presidente da CBF não viaja ao exterior.

Marco Polo Del Nero não participa de eventos da Fifa desde maio, quando José Maria Marin foi preso na Suíça a pedido de autoridades americanas. Marin é o antecessor de Del Nero e o tinha seu braço direito. 

A chapa que elegeu Del Nero presidente da CBF tinha Marin como vice mais velho (e portanto o primeiro da linha sucessória) e se chamava "Continuidade Administrativa".



Marin foi preso acusado de receber e repartir propinas com outros dirigentes - um deles, citado na investigação americana, é um cartola "com alto cargo na CBF, na Conmebol e na Fifa". Del Nero nega que seja ele.
Caxias está em situação de alerta, Maranhão tem três municípios em situação de risco de dengue, chikungunya e zika

Maranhão tem três municípios em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika

Três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti

O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica três municípios maranhenses em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Os dados do novo LIRAa foram divulgados pelos ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta terça-feira (24), em Brasília.

Segundo o relatório, as situações que estão com risco de surto são: São Mateus do Maranhão, Tuntum e Vargem Grande. As que estão em situação de alerta são: Amarante do Maranhão, Bacabal, Bom Jesus das Selvas, Carolina, Caxias, Chapadinha, Coelho Neto, Colinas, Dom Pedro, João Lisboa, Miranda do Norte, Paço do Lumiar, Pastos Bons, Pedreiras, Pindaré-Mirim, Presidente Dutra, São Domingos do Maranhão, São João dos Patos, São José de Ribamar, São Luís, Timon e Zé Doca.

Assim como São Luís, outras seis capitais brasileiras (Aracaju, Recife, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho) estão em alerta. Das 18 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, apenas Rio Branco está em situação de risco. As outras dez apresentaram índices satisfatórios (Boa Vista, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campo Grande e Curitiba). As cidades de Macapá, Manaus, Maceió, Natal, Salvador, Vitória, Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre não encaminharam os resultados.

Lista de cidades maranhenses em situação de risco, alerta ou satisfatória (Foto: Reprodução / Ministério da Saúde)

Preocupação - O ministro destacou que a principal preocupação, neste momento, é informar a população, com esclarecimentos sobre como prevenir novos casos. "Nós temos uma situação potencializada, com um problema de grande dimensão. Para enfrentar esta situação, precisamos de uma ação conjunta do governo federal, estadual e municipal, além de especialistas. A sociedade também deve estar envolvida neste processo, ficando atenta às medidas para combater o Aedes aegypti, que agora, passa a ser é uma ameaça ainda maior", destacou o ministro.

O Ministério da Saúde registrou, até 14 de novembro, 1,5 milhão casos prováveis de dengue no país. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos. Nesse período, a região Sudeste apresentou 63,6% do total de casos (975.505), seguida das regiões Nordeste (278.945 casos), Centro-Oeste (198.555 casos), Sul (51.784 casos) e Norte (30.143 casos).

Sobre o LIRAa 

Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participantes, aumento de 22,4% se comparado ao número de municípios em 2014. A pesquisa é um instrumento fundamental para o controle do Aedes aegypti. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.
De quebradeira de coco a empreendedora de sucesso na região dos cocais 

Agencia Assembleia

Marionete Brito da Conceição (foto) começou a trabalhar como doméstica ainda quando morava no interior do Piauí. No Maranhão, passou a viver como quebradeira de coco, coco babaçu, fruta típica da região, da onde se extrai o leite e o azeite.

Assim como para tantas outras famílias, por anos, essa foi a principal fonte de renda da agricultora para cuidar dos seus três filhos. “Quando a gente conseguia vender tudo que quebrava no dia dava para tirar uns cinco reais”, contou.

No povoado Alecrim, onde morava, localizado a 58 km do município de Caxias, cerca de 70 famílias receberam do INCRA, através do Projeto Assentamento (PA), 60 hectares de campo agrícola para dividirem entre si. A ideia inicial era de que a terra, que rendia frutas da estação como caju, acerola, goiaba, manga, jenipapo, carambola e limão, fosse a principal fonte de renda dos agricultores da região.

E foi assim por um bom tempo. Mas, de acordo com relatos do presidente da Associação dos Agricultores do Povoado do Alecrim, José Costa, distúrbios climáticos começaram a destruir as plantações. Com isso, os agricultores passaram a tentar outros meios para o sustento. Chegaram a fabricar bijuterias, artesanato e até criação de caprinos. Porém, nada disso deu certo.

Foi o que levou o Sebrae a visitar pela primeira vez o assentamento, em 2007, através do Projeto de Atendimento Rural. Lá, orientaram os trabalhadores a fazerem o aproveitamento integral das frutas que estavam trazendo prejuízo quando estragavam ou machucavam.

A capacitação foi direcionada a 30 mulheres do assentamento alecrim. Elas aprenderam a produzir licores, doces, polpas, entre outros produtos derivados das frutas.  “Adaptamos a tecnologia de agroindústria familiar à realidade delas, com seus fogões de barro e suas próprias panelas, sem que houvesse prejuízo na qualidade do produto”, explicou Milena Cabral, gerente do Sebrae, Unidade Caxias.

Dessas mulheres, a agricultora Marionete Brito ganhou destaque, porque fez do caju o ‘ouro do alecrim’. Com criatividade de sobra, começou a criar receitas inimagináveis a partir da fruta: croquetes, tortas salgadas, almôndegas, recheio de panquecas, bifes, carnes de hambúrguer e até lasanhas. Marionete garante que o sabor nem lembra o caju. “É como se fosse carne de caranguejo ou de frango. Pra chegar ao ponto da carne é só manter a rigidez”, explicou. E o segredo para manter a rigidez? Marionete não conta, é claro.

A força de vontade e o espírito empreendedor da agricultora despertaram o interesse do Sebrae, que passou a prepara-la ainda mais. Marionete aprendeu sobre finanças, gestão, padronização, designers de embalagens, rótulos, preços finais, enfim, tudo que um microempresário precisa para competir no mercado de trabalho. Isso através de consultorias, capacitações, palestras e cursos gratuitos.

“A Marionete é um caso de sucesso. Dentre as varias pessoas que foram capacitadas, ela é a pessoa que sempre busca o Sebrae, sempre está querendo empreender, melhorar, então, ela é a cara do Sebrae. E é pra isso que estamos aqui, pra ajudar nesse fortalecimento do empreendedorismo”, disse a gerente Milena Cabral.

O investimento na agricultora foi além, o Sebrae ajudou a desenvolver a sua própria marca batizada de ‘Delícias de Caxias’ e também a padronizar seus produtos, utilizando embalagens trabalhadas a mão, de forma artesanal. A ideia, segundo Milena, é manter a concepção inicial do produto, que são naturais e regionais.

“Quando a gente trabalha o desenvolvimento de uma marca é justamente com o foco de que aonde você chega, identifica a origem. Eu posso estar em São Luís ou em outro estado, que eu vou estar sempre retomando ao município de de Caxias, contribuindo, assim, além do desenvolvimento desses produtores, a desenvolver o município”, afirmou.

Logo que seus produtos se espalharam pelos supermercados, padarias, hotéis e restaurantes de Caxias e região veio a necessidade de fabricar em quantidade maior e em menos tempo. Produzir no fogão de barro na casa da sua mãe, a dona Pedra, já não supria as demandas. Além disso, Marionte já necessitava de uma equipe.

Sempre ousada, Marionte procurou ajuda da Câmara Municipal de Caxias. O vereador Jerônimo prontamente atendeu o seu pedido e lhe cedeu a cozinha do APAE da cidade nos fins de semana. “É perfeito. Já tem tudo. Formas de todos os tamanhos, panelas, forno industrial, tudo que eu preciso”, informou Marionete. Foi assim que a empreendedora ganhou uma nova rotina nas sextas, sábados e domingos.

Saindo de casa antes das 6h e de carona em cima de um caminhão, Marionete enfrenta muito sol e poeira até chegar ao seu novo local de trabalho. “Vale a pena”, garante.

Junto com a nova rotina, Marionete ganhou mais clientes e novos parceiros. Além do Sebrae e da  Câmara Municipal, a COOPERVIDA  (Cooperativa dos Produtores Rurais de Caxias e Região dos Cocais) também entrou para a produção.

Hoje, são pouco mais de 50 pessoas envolvidas em todo o trabalho e as produções seguintes já dependem do recurso adquirido com as vendas. “Ao final do dia, temos em torno de 600 reais. Esse dinheiro é todo divido para o capital de giro e entre os funcionários, conforme o Sebrae nos ensinou”, ressaltou.

AGRITEC

Na Feira de Agricultura e Tecnologia, que aconteceu de 11 a 14 de novembro no Parque das Cidades de Caxias, promovida pelo governo do estado, a ex - quebradeira de coco e agora microempresária queria ir mais longe. Vender todos os produtos ali expostos era pouco, Marionete buscava um patrocínio para lançar um livro com suas deliciosas receitas. “Todas criadas por mim”, fez questão de ressaltar.

O patrocínio de mais um dos seus sonhos ainda não deu certo, mas, na abertura da Agritec conseguiu a visita do presidente da Assembleia, deputado Humberto Coutinho (PDT), e do governador Flávio Dino (PCdoB), que pararam no seu stand para saborear suas ‘Delícias de Caxias’.

A Agritec, que é uma iniciativa do Sistema de Agricultura Familiar - Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp) e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma) – em parceria com Embrapa, Sebrae e movimentos sociais, tem como objetivo dinamizar a economia criativa, qualificando e criando espaços para discussão de políticas públicas e comercialização da agricultura familiar.

Humberto Coutinho elogiou o avanço dos agricultores que, assim como Marionete, tem buscado soluções para aumentar e qualificar suas produções, aliando conhecimento, produção e tecnologia.

“Esse momento comprova que nós acreditamos que a produção ao lado da capacitação, da formação e da tecnologia são essenciais para que a gente possa ter indicadores econômicos melhores, ou seja, havendo uma oportunidade de diálogo entre aqueles que produzem conhecimento e aqueles que produzem no campo, melhora ainda mais o processo de produção e os resultados. Marionete é um exemplo”, enfatizou o presidente.

Em toda a feira se viu uma verdadeira vitrine tecnológica com sistemas e métodos avançados de produção agrícola e artesanal feitos de materiais sustentáveis e biodegradáveis. Tudo apresentado pelos próprios agricultores que receberam o apoio da Agerp, Embrapa ou Sebrae para desenvolvê-los. A Embrapa ensinando como usar a tecnologia – onde se consegue abreviar resultados – e o Sebrae, por sua vez, com a capacitação, através do empreendedorismo. “Isso resulta em agricultores mais preparados para o mercado de trabalho, gerando renda e mais qualidade de vida”, analisou o governador.

Agritec’s este ano, estão sendo realizadas em quatro municípios, representando territórios, são eles: São Bento, realizada em agosto deste ano, Açailândia, Caxias e Bacabal. A Feira de Açailândia foi em outubro e a de Caxias agora em novembro. Para encerrar o ano, Bacabal fechará a Agritec 2015 em dezembro, com data ainda indefinida.
Policia Federal realiza operação contra crimes previdenciários no Maranhão 


A Delegacia de Polícia Federal em Caxias, em ação conjunta com o Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal, órgãos que integram a Força-Tarefa Previdenciária, deflagrou na manhã de hoje nas cidades maranhenses de Caxias, Codó, São Luis, Vargem Grande, Presidente Dutra, Barreirinhas e Paço do Lumiar, e em Teresina/PI, a Operação Quilópode, com a finalidade de reprimir crimes previdenciários.

As investigações, iniciadas no ano de 2012, levaram à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de Amparo Social ao Idoso, cujos titulares eram pessoas fictícias criadas pela associação criminosa para possibilitar a fraude.

A organização atuava desde 2010 e contava, ainda, com a participação de um servidor do INSS responsável pela concessão e atualização dos benefícios, além de funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, que atuavam na abertura de contas correntes, na realização de prova de vida, na renovação de senhas bancárias e na efetivação de empréstimos consignados. O prejuízo inicialmente identificado é de quase 11 milhões de reais, considerando-se os valores pagos a benefícios cujas contas bancárias encontram-se sediadas em cidades que integram a circunscrição da Delegacia de Polícia Federal em Caxias/MA.

A Operação contou com a participação de 100 Policiais Federais e 05 servidores da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (APEGR) vinculada ao Ministério da Previdência Social. Estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão e 05 mandados de condução coercitiva, além do sequestro e arresto de bens e valores. Dentre os mandados judiciais consta, ainda, a determinação para que o INSS suspenda o pagamento de 288 benefícios assistenciais com graves indícios de fraude, submetendo-os a procedimento de auditoria.
Catulé diz que vereador em Caxias não faz nada 
As críticas do vereador Catulé a administração municipal na sessão desta segunda-feira (23), durante uma aparte concedida a ele (Catulé) pelo edil Fábio Gentil que discursava na tribuna, foram tão acentuadas que o mesmo não poupou nem os colegas do legislativo, aos quais atribuiu as condutas dos parlamentares de nada fazerem.


O quiproquó foi no momento em que o vereador Catulé teve sua fala no aparte interceptada, por conta do tempo já esgotado, pelo vereador Luis Lacerda que presidia a sessão. "Espera ai vossa excelência, deixa eu concluir minha colocação. A gente já não faz nada aqui e no dia que aparece um assunto para debatermos e procurar fazer alguma coisa pela população o nobre colega não quer deixar eu falar. Tenho um grande respeito por vossa excelência e vou terminar de concluir minhas colocações sobre esta bandalheira que foi esse seletivo" disse Catulé. 

Teve gente que aplaudiu e deu risada por conta das palavras do parlamentar, que soltou o verbo, quase afirmando que vereador em Caxias não faz nada.

Resultado do seletivo foi destaque na sessão da Câmara Municipal 


O resultado como um flash do seletivo feito pela empresa paranaense Corpore para o preenchimento de 402 vagas no Hospital Regional de Caxias Dr. Everaldo Aragão foi destaque na sessão desta segunda-feira (23) na Câmara Municipal de Caxias. 

Na ausência da presidente Ana Lucia Ximenes, o vereador Luis Lacerda presidiu a sessão que teve a participação de 11, dos 19 vereadores da Casa. 

A empresa Corpore venceu a concorrência no processo licitatório e foi contratada pelo governo do estado para realizar o seletivo dentro de um prazo recorde de dois dias.

A vereadora Benvinda usando a palavra no pequeno expediente disse que a empresa Corpore não possuía idoneidade para fazer a triagem de 402 pessoas em meio a mais de 14 mil candidatos inscritos no seletivo. "Essa empresa é condenada no Paraná por praticas ilícitas. Alguns candidatos aprovados nesse seletivo foram indicação de vereador, são funcionários do hospital geral", disse a peemedebista. 

O vereador Antonio Luis rebateu as insinuações da vereadora Benvinda de que teve edil indicando nomes para serem aprovados no seletivo e pediu para a parlamentar citar o nome do vereador. "Peço a vereadora citar o nome do vereador que indicou pessoas para o seletivo, porque não citando o nome do vereador vossa excelência está ferindo a Casa com esse tipo de acusação", disse o governista. 

A vereadora Taniery Cantalice subiu na tribuna e fez um discurso se manifestando contrária ao resultado do seletivo e o fechamento do Hospital Geral. Sobre o seletivo, ainda na sexta-feira (20) a parlamentar protocolou denuncia no Ministério Publico contra a contratação de pessoal para o quadro de funcionários do Hospital Regional de Caxias. Na denuncia, Taniery alegou que não houve divulgação no Diário Oficial do Maranhão.

Os vereadores Fábio Gentil, Catulé e Durval Junior também se manifestaram contra o resultado do seletivo e o possível fechamento do Hospital Geral. 

O resultado deste seletivo ainda vai render muito assunto nas próximas sessões da Câmara Municipal. É aguardar e conferir!!  


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

No Maranhão é tão perigoso ser jornalista quanto na Somália

O jornalista e blogueiro Décio Sá foi morto em 2012 em um bar na Avenida Litorânea.
O jornalista e blogueiro Décio Sá foi morto em 2012 em um bar na Avenida Litorânea. (Foto: Biaman Prado / O Estado )
Segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), uma ONG internacional, a Somália – onde um ou mais jornalistas foram assassinados por ano na última década e o Governo se mostra incapaz para solucionar estes crimes – é o lugar mais perigoso do mundo para se exercer a profissão, incluindo blogueiros e colunistas. Estes números foram apresentados no dia 2 deste mês em assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Síria não foi incluída porque está em guerra. Vendo estes números, é assustador pensar que nas duas últimas semanas dois blogueiros foram assinados no interior do Maranhão. O caso mais famoso no Estado é o do jornalista Décio Sá, morto em um bar, em 2012, na Avenida Litorânea.

Enquanto a Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP), órgão vinculado a Secretaria de Segurança Pública do Estado, investiga os crimes, jornalistas e blogueiros, principalmente os que escrevem sobre política, convivem com o medo e constantes ameaças. No último sábado (21), Orislandio Timóteo Araújo, o Roberto Lano, foi assassinado a tiros na cidade de Buriticupu (a 407 quilômetros de São Luís). No dia 13 deste mês, Ítalo Eduardo Diniz Barros, foi morto com quatro tiros em Governador Nunes Freire ( a 181 quilômetros da capital). Ambos escreviam sobre política e foram ceifados de forma fria por homens em motocicletas.

O delegado titular da superintendência de homicídios, Leonardo Diniz, informou que equipes da SHPP se dirigiram para o interior no intuito de elucidar os casos. “Já estamos com equipe em campo e abrimos linhas de investigações sobre o caso de Buriticupu. Acredito que em pouco tempo vamos poder apresentar algo de concreto. Quanto ao crime de Nunes Freire, demos apoio à superintendência do interior e estamos acompanhando de perto”, explicou.

O delegado titular da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), Thiago Bardal, acredita que esses assassinatos estão diretamente ligados a crimes políticos. “Estes crimes são para intimidar, com certeza. Como a polícia não tem bola de cristal, nós iniciamos investigações após denúncias. E como a polícia do Maranhão vem cada vez mais fechando o cerco contra criminosos, principalmente nas cidades do interior, estes crimes começaram a aumentar”, disse