Prefeitos farão ato contra crise financeira
Prefeitos e prefeitas de várias regiões do Estado irão promover, no
dia 22 deste mês, ato público e ordeiro que terá como objetivo chamar a
atenção da sociedade para a situação de crise financeira vivida pelos
municípios maranhenses.
A realização do ato, que terá como tema “Crise Financeira nas
Prefeituras”, foi definida nesta sexta-feira (11) durante reunião de
trabalho entre os prefeitos Rochinha (Balsas), Gil Cutrim (São José de
Ribamar), Alan Linhares (Bacabeira), Beto Pixuta (Matinha), Josemar
Sobreiro (Paço do Lumiar), Hernando Macedo (Dom Pedro), Queiroz
(Monção), Adalberto Rodrigues (Belágua), Antônio Carlos (Colinas),
Miltinho (São Mateus) e Solimar Oliveira (Matões do Norte).
A manifestação pacífica ocorrerá a partir das 8h, na BR-135 (próximo a
ponte do Estreito dos Mosquitos), rodovia federal que dá acesso a
capital São Luís. Neste dia, todas as Prefeituras do Maranhão deverão
fechar as portas também como forma de protestar contra a crise
financeira.
Os gestores municipais, durante o ato, irão apresentar informações
concretas que mostram a constante queda de recursos do Fundo de
Participação dos Municípios e abordar temas que integram a pauta
municipalista permanente de discussão, dentre eles o subfinanciamento
dos programas federais e judicialização das administrações municipais.
“O que faremos é mostrar a verdadeira situação de crise financeira
vivida pelas cidades maranhenses. Mostrar à sociedade que a queda do FPM
está inviabilizando as administrações municipais e, isso, não é culpa
do prefeito ou prefeita”, explicou Gil Cutrim, que é presidente da
Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem).
Rochinha destacou o sentimento de união que deve prevalecer entre
prefeitos e prefeitas maranhenses. De acordo com ele, somente unindo
forças será possível modificar este cenário devastador que assola as
administrações municipais. “Estamos conclamando todos os gestores a
estarem conosco, no dia 22, participando deste grande ato. Será uma
grande demonstração de união de uma classe que, diariamente, é
massacrada”, afirmou.
Déficit – Informações da Secretaria do Tesouro Nacional revelam que,
até o mês passado, os municípios maranhenses foram prejudicados com a
perda de mais de R$ 100 milhões de recursos do FPM.
E as previsões da própria Secretaria são desanimadoras e apontam que a queda de recursos continuará.
Só para ser uma ideia, no primeiro decênio do FPM deste mês de dezembro
foi registrada déficit de 25,17% nos repasses em relação ao mesmo mês de
2014.
Para janeiro de 2016, é esperado forte impacto negativo de 17,2%.