Balanço anual da Secretaria de Segurança Publica aponta redução da criminalidade no Maranhão
Em
entrevista coletiva na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP),
gestores do Governo do Maranhão apresentaram, na segunda-feira (4), o balanço das
ações na área de segurança, no ano passado, no Maranhão. A queda de 12% no
número de homicídios, o aumento da apreensão de armas e drogas e as estratégias
policiais utilizadas pelo sistema de segurança pública foram alguns elementos
indicativos da redução da criminalidade no balanço anual.
O
secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, expôs as
estatísticas, mês a mês, e os dados comparativos com o ano anterior. A
diminuição dos homicídios na Região Metropolitana de São Luís, representada por
menos 109 assassinatos em relação a 2014, foi tendência ao longo do ano,
repetindo-se em oito dos doze meses.
Jefferson
Portela explicou a metodologia aplicada na geração das estatísticas. “Seguimos
parâmetros nacionais e internacionais para a definição dos chamados Crimes Violentos
Letais Intencionais (CVLI) para obtermos as estatísticas. O padrão foi criado
pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para unificar a
nomenclatura no Brasil e que é adotado, há anos, pelo Estado”.
A
apreensão de armas de fogo cresceu. Foram 1.113 na Região Metropolitana de São
Luís em 2015 contra 920 em 2014, o que representa um acréscimo de 21%.
O
secretário de Segurança estima que, do total de armas, pelo menos 30% seriam
utilizadas para atos criminosos. Para ele, a intervenção policial reduz o poder
de fogo da criminalidade. “Impede os indivíduos de fazer ataques para roubos,
latrocínios, homicídios, além de intimidação de bairros inteiros. A retirada de
armas de circulação enfraquece o crime”, constatou.
Combate ao narcotráfico
Uma
nova estratégia de combate ao narcotráfico foi estabelecida em 2015. O trabalho
da Superintendência de Narcóticos priorizou grandes apreensões, a partir da
interceptação da droga antes da distribuição em São Luís. Assim, a SSP
registrou uma série de apreensões no atacado fora da Região Metropolitana, mas
que tinham a capital maranhense como destino final.
Destaque
para um ônibus apreendido, no município de Presidente Dutra, que transportava
320 quilos de maconha, duas operações na região de Santa Luzia do Tide que
resultaram na apreensão de mais de 15 mil pés de maconha, além de outras
apreensões de maconha em Humberto de Campos, Estreito e Rosário. “Quando a
droga não consegue chegar ao tráfico, geramos prejuízo financeiro para a
estrutura e há conflito interno das organizações criminosas, enfraquecendo-as”,
relatou Jefferson Portela.
De
acordo com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Alves,
com a quebra do esquema planejado do tráfico de drogas, o pequeno traficante
modifica o campo de atuação criminosa: do tráfico de entorpecentes para roubo
de celulares, o que ampliou o número de assaltos no ano passado.
“O
traficante está sendo recolhido, o ‘negócio’ é enfraquecido e existe uma
tendência de migração para os pequenos furtos. Vamos trabalhar fortemente para
combater e debelar essas ações”, afirmou coronel Alves.
O
serviço de inteligência da polícia tem identificados 107 criminosos com conduta
reiterada de roubos a ônibus e já possui 97 fotos dos autores de crimes.
“Migraremos também a intervenção policial, aumentando a força tarefa para
identificação e captura dos praticantes de roubos”, completou Jefferson
Portela.
Menos mortes de policiais
O
investimento de R$ 3 milhões em armamento para o policiamento reforçou a
aparelhagem do sistema de segurança e permitiu melhor atuação da polícia na
preservação da ordem pública. Jefferson Portela apontou que, em 2014, o crime
matava mais policiais que em 2015. Foram 21 policiais assassinados em 2014,
enquanto em 2015, cinco faleceram.
“Nossas
equipes precisavam portar equipamentos aptos à intervenção policial. A política
de segurança pública é firmada na inteligência para a captura de criminosos. A
morte durante o confronto não é política de gestão de segurança pública.
Entretanto, em se estabelecendo o confronto, prevalece a força do Estado”,
disse Portela.