Em nota, Roseana Sarney confirma que recebeu mais de meio milhão da Odebrecht
A ex-governadora do Estado Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal
Sarney Filho (PV) decidiram se manifestar sobre a citação de seus nomes
em documentos encontrados na residência do presidente da Odebrecht
Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro. Junto
dos nomes dos cerca de 200 políticos e outras pessoas ligadas a
empresas públicas desde os anos 80 e que foram beneficiados com doações
ou propinas da Odebrecht, estão incluídos maranhenses importantes, como
os dois filhos do ex-presidente da República José Sarney.
Roseana Sarney – A assessoria da ex-governadora
emitiu nota (confira abaixo) onde diz que a afirmativa é baseada na
prerrogativa de que as informações provenientes da operação Lava Jato
são referentes a ‘uma doação feita de forma legal ao Comitê Financeiro
Único do PMDB-MA’ durante as eleições de 2010. “Mostram o que já era de
conhecimento público”, diz um dos trechos da nota.
Sarney Filho – Quem
também apresentou nota foi o deputado federal filho de Sarney. Segundo o
parlamentar, o nome dele não está envolvido no inquérito da Lava Jato,
no que se refere às ajudas eleitorais. Diz, ainda, que houve uma mistura
de ‘matérias distintas’, o que pode confundir o leitor e ‘induzir a uma
interpretação equivocada’.
– Confira abaixo o teor do texto das notas de Roseana e Sarney Filho, respectivamente:
O documento vazado das investigações da Operação Lava Jato
mostram o que já era de conhecimento público. Uma doação feita de forma
legal ao Comitê Financeiro Único do PMDB-MA.
A doação está registrada na Conta Corrente 34.293-9, Agência
2972-6, Banco do Brasil, cuja titularidade é do Comitê Financeiro Único
do PMDB/MA (eleição do ano de 2010), conforme demonstrativo de extrato
bancário enviado anexo a esta Nota.
Portanto, reiteramos que não há nenhuma irregularidade nas
doações feitas à campanha da então candidata ao Governo do Estado do
Maranhão, Roseana Sarney. Surpreende-nos o fato de que o referido jornal
não procurou esta assessoria para esclarecimento, o que evitaria
informar aos leitores matéria inverídica.
Todas as doações foram registradas e aprovadas pelo Tribunal
Regional Eleitoral do Maranhão. (documento de aprovação, em anexo). Os
dados também são de livre consulta no site do Tribunal Superior
Eleitoral.
Seguem em anexo:
1) O cartão do CNPJ do Comitê Financeiro Único do PMDB-MA,
comprovando que o CNPJ descrito no documento vazado pela operação Lava
Jato corresponde ao Cadastro do Comitê.
2) A página do extrato que demonstra que no dia 14/09/2010 houve a transferência no valor de R$ 560.000,00.
3) Documento de aprovação de contas do TRE-MA.
Assessoria de Comunicação
Roseana Sarney
Integra da nota do deputado Sarney Filho
A propósito da matéria publicada na
edição de 24/03, gostaria, em respeito aos leitores deste importante
veículo que tanto contribui para a imprensa maranhense, quero esclarecer
alguns pontos:
O meu nome não está envolvido no
material relativo às ajudas eleitorais que constam do inquérito da Lava
Jato, recentemente tornado sigiloso.
Misturar matérias distintas confunde o leitor e pode induzir a uma interpretação equivocada.
No que diz respeito a mim, não se trata de uma lista com nomes associados a valores.
A lista que inclui meu nome e de
ilustres maranhenses, alguns inclusive há tempos falecidos, tem quase 30
anos. E, evidentemente, não é fruto de qualquer investigação, tanto é
que quando se lê os grandes jornais do país e a mídia em geral o meu
nome não é citado.
Certo dos seus esclarecimentos,
Deputado Sarney Filho (PV-MA)
Brasília, 24 de março de 2016
fonte: Blog do Domingos Costa