terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Elite brasileira tem de ter menos espirito de Miami, diz Flávio Dino 

Flávio Dino na sacada do Palácio dos Leões (foto Albani Ramos - Folhapess) 
Folha – “Comunista graças a Deus”, Flávio Dino (PC do B) começou a governar o Maranhão com a imagem de um só santo, são Francisco de Assis, em seu gabinete. Três anos depois, tentará a reeleição com dez santos na bancada.
De frente para sua mesa, a mesma que foi de Roseana Sarney (MDB), sua adversária política, Dino pregou uma tela da Muralha da China (“uma lição de paciência”), ornando com bustos do comunista Mao Tsé-Tung e o socialista Salvador Allende.
A vista da sacada do Palácio dos Leões, para onde Dino escapa quando precisa espairecer, não o deixa esquecer o desafio que é governar o Estado mais pobre do país, segundo o IBGE. Seu horizonte é uma favela erguida sobre palafitas ao lado do metro quadrado mais caro de São Luís, no forte da ponta de São Francisco.
Folha – Maranhão hoje é compatível com o tempo que vive?
Flávio Dino – Eu brinco que esse negócio do Juscelino, de 50 anos em 5, era fácil. Aqui são quatro séculos em quatro anos. As pessoas terem escola de tijolo, não de palha ou barro, é uma agenda do século 18. As pessoas terem acesso a careira de identidade é século 19. Ao mesmo tempo, temos uma agenda do século 20 e 21, escola em tempo integral, programa para mandar nossos estudantes para estudar no exterior. Não tivemos greve, pela política respeitosa com os servidores. Aqui a gente não debate o Estado mínimo.
Por quê?
Aqui o povo quer serviço público. Se não for o Estado, não é ninguém.
Como as candidaturas que propõem um enxugamento do Estado vão se sair?
No Nordeste, muito mal. Porque é quase que uma incompatibilidade ontológica, de essência. A reforma da Previdência vai virar um peso nas costas de quem a defender. Claro [que sou contra], e a trabalhista é pior ainda. Esse neoliberalismo vulgar que às vezes um Amoedo (Novo) da vida professa não tem aderência à realidade brasileira.
Há exasperação com a revelação de que o tamanho do Estado possibilitou corrupção.
Mas isso é puramente ideológico. É verdade que havia infelizmente corrupção na Petrobras, por exemplo, mas quem estava ao lado? Grandes corporações privadas. Então, se fosse extinguir o Estado porque é corrupto, ia extinguir o mercado junto.
A Lava Jato criou distorções?
Lava Jato criou uma narrativa em que os empresários, que eram o chapeuzinho vermelho, bonzinhos, foram extorquidos pelo lobo mau, que era o Estado. Pelo amor de Deus! Todo mundo sabia o que estava fazendo.
A Lava Jato acertou mais que errou, mas errou nesse ponto fundamental, por incompreensão ou conivência. Não critico tanto as decisões.
A de Sergio Moro contra o Lula o senhor critica.
É um escândalo, uma monstruosidade jurídica. O leitor pode dizer: é porque ele apoia o Lula. Primeiro, o Lula nunca me apoiou aqui.
Vai apoiar em 2018?
Eu espero. Sou cristão, acredito em coisas boas. Como você vai dizer que ele é dono de um apartamento que comprovadamente está no patrimônio de um banco? Aí sim a instrumentalização da Lava Jato atende a certos interesses que hoje não estão claros.
Seu irmão Nicolao Dino é próximo do ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Como vê a atuação do grupo?
Janot errou. Podia ter evitado o caos político e jurídico em que o Brasil se meteu e ele aderiu. Por quê? Não sei dizer.
O presidente Temer não indicou seu irmão, mas Raquel Dodge para suceder Janot.
Tenho a impressão de que Raquel não vai na direção de ser arquivadora-geral. A indicação de Fernando Segovia na Polícia Federal, apoiado por Sarney, vinculado politicamente a uma certa posição [é mais problemática]. É difícil qualquer pessoa dizer que vai parar a Lava Jato.
Ainda tem vida longa?
Tem, porque tem os filhinhos dela, netinhos. a família é grande. Vai continuar até que a política se rearrume. Ela virou o principal polo de poder do país, porque não tem outro. Depois das eleições, a força da Lava Jato tende a diminuir, porque é uma anomalia ter um conjunto de profissionais não eleitos com esse poder de ditar o ritmo do país.
O que mostra a volta de Roseana na disputa ao governo?
Mostra muito um saudosismo do uso da máquina administrativa. Estão com síndrome de abstinência de recursos públicos, de luxos. O grupo empresarial deles depende de recursos públicos, que é um sistema de comunicação [Mirante] cujo maior anunciante era o próprio governo do Estado. Ela pagava ela mesma.
O senhor anuncia na Mirante?
Sim, mas bem menos [de 54% da verba publicitária em 2012, caiu para 19% em 2017].
O senhor quer o apoio do Lula no Maranhão, mas seu partido tem outracandidatura.
Há a compreensão de que, no Maranhão, pelo sarneysismo, precisamos fazer uma aliança ampla. Palanque aberto. Ainda tem o Ciro Gomes, o PDT é um aliado nosso.
Quem é o melhor?
Os três têm suas virtudes. Não posso dizer em quem eu vou votar porque dá ciúme.
Não vai votar no seu partido?
Se Manuela estiver na urna, voto nela, claro.
Lula irá até o fim?
Lula deve manter a candidatura até o limite. A candidatura dele é fundamental, imprescindível. Só há eleições livres com ele sendo candidato, não há razão para não ser, a não ser um processo de lawfair, de perseguição judicial. Pergunte a um cidadão médio: o que você acha de Sarney ou Collor soltos e Lula preso? Isso pode tisnar, criar uma nódoa na eleição, é muito grave. Metade da população tem intenção de votar nele.
Metade?
Claro. Se for candidato, ganha. Se a elite brasileira tivesse um pouquinho de espírito nacional, e menos espírito de Miami, concordaria que Lula é importante para o Brasil. [Tirá-lo] abre espaço para uma aventura que seria Bolsonaropresidente, um suicídio nacional e coletivo. (Thais Bilenky, enviada especial a São Luís -MA)

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Feliz Natal!

Que espírito do Natal tome conta de todos os dias e das nossas vidas.
O Natal é muito mais que uma simples festa.
Muito mais do que luzes, árvores e presentes espalhados.
O Natal é um momento de reflexão que nos ensina a sermos mais humanos.
Por isso, vamos deixar de lado toda e qualquer diferença, pois Natal é amor e união.
A todos os leitores que nos acompanham um Feliz Natal!!!!
Blogueiro Caio Motta e a Saúde nada iluminada de Caxias 

O blogueiro Caio Motta expressou na véspera de Natal sua indignação em sua página pessoal do Facebook após levar seu filho recém nascido para receber atendimento médico na Maternidade Carmosina Coutinho, e lógico que o Blog do Irmão Inaldo neste momento não poderia usar nem de sarcasmo e muito menos de lacaio do governo, pois é notório que a "Saúde Que a Gente Quer" oferecida aos caxienses pelo prefeito Fábio Gentil beira ao precipício da demagogia. No titulo da postagem ele faz uma pequena alusão ao badalado "Natal Iluminado" do prefeito Cabeludo. 

Segue abaixo o print da postagem:




domingo, 24 de dezembro de 2017

Aldeias Altas: Presidente da Câmara vereador Jailson Paiva e família deseja a todos um Feliz Natal


  
16% dos maranhenses com mais de 15 anos são analfabetos, afirma IBGE 


Mesmo com melhora na educação, o Maranhão ainda tem uma das maiores taxas de analfabetismo para pessoas acima dos 15 anos no Brasil. O problema histórico, fruto de anos de desgovernos, é ainda uma realidade no estado, e mostra o quão difícil é reverter esse quadro.
O dado é fruto da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2016 divulgada na quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A nível regional, o Maranhão é o terceiro pior do Nordeste, atrás apenas de Alagoas e Piauí. Aliás, o Nordeste é disparada a região com maior percentual de analfabetos.
Ainda segundo a pesquisa, o maranhense maior de 25 anos costuma estudar, em média, apenas 6,2 anos. Um dos piores índices do país.
Quantos aos maranhenses que nem estudam e nem trabalham, esse percentual chega a 26,2%.
Feliz Natal: por vereador Darlan e família 



Feliz Natal: por vereador Mario Assunção e família