Eleições 2018 poderá representar o tiro de misericórdia na oligarquia Sarney
Representantes da oligarquia Sarney assistiram em 2017 a debandada de legenda |
O ano de 2018 será o divisor de água para o moribundo grupo Sarney, agrupamento político que durante cinco décadas mandou e desmandou no Maranhão, levando o Estado a ostentar índices alarmantes de pobreza e indicadores em setores essenciais, como saúde e educação, beirando ao ridículo.
Este grupo, batizado pela população de oligarquia Sarney e que tem como pré-candidata ao Governo a ex-governadora Roseana (MDB), se voltar a ser derrotado nas urnas, como tudo indica que vai, estará condenado ao desaparecimento e o ex-senador José Sarney a vestir definitivamente o pijama por tudo que teve oportunidade de fazer e não fez pelo Maranhão.
O ano que se encerra foi desastroso para a oligarquia sob vários aspectos. No político perdeu figuras com perfil técnico, a exemplo do ex-ministro Gastão Vieira(PROS), que abandonou o grupo e declarou apoio à reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). Em imperatriz, o aliado Ildon Marques teve a mesma iniciativa e em Balsas, outro sarneisista de longas datas, Chico Coelho, decepcionado, aderiu a Dino.
As perdas de siglas que sempre povoaram os palanques dos candidatos majoritários da oligarquia também não passaram despercebidas. Em 2017, o grupo Sarney assistiu a debandada de importantes partidos, como PP, PR, PRB, PTB e DEM, todos abrigados hoje no Palácio dos Leões.
Se a missão de voltar a poder já era difícil, com o esvaziamento de siglas do grupo ficou quase impossível pensar em vitória contra um governador com mais 60 por cento de aprovação, daí o receio de Roseana em assumir de vez a candidatura, o que levanta a suspeita de que ela poderá desistir da disputa e ser candidata a deputada para adquirir imunidade.
Acusada de vários de escândalos de corrupção, Roseana conseguiu se livrar de alguns processo na Justiça, mas continua temerosa. Com ou sem Roseana disputando a eleição para governado, auxiliada pelo consórcio de candidatos, o fato é que 2018 poderá representar a pá de cal no caixão da oligarquia mais longeva do país e que deixou aos maranhenses como herança maldita escolas de taipa, esqueletos de hospitais, desvios de recursos nas Secretarias de Saúde e Fazenda e descaso total com assistência social.