Essa semana a questão do abono salarial voltou a ser discutida entre professores e também nas redes sociais. O assunto foi o sumiço de metade dos 16 milhões de reais das contas do Fundeb. O prefeito Fábio Gentil, que prometeu na campanha valorizar a categoria com aumento substancial, abono muito superior ao pago pelo seu antecessor e até um programa de saúde exclusivo para nossos mestres (Programa professor de bem com a vida), até a presente data, não deu nenhum sinal de que irá cumprir algumas dessas promessas de campanha. Pelo contrário, ao longo de sua administração o que ele fez foi achatar os salários de forma, no mínimo, criminosa. Com isso, os nossos docentes vivem, sem dúvida, seus piores momentos. O salário vergonhoso pago pela prefeitura comprova isso.
Todo
mundo sabe que os recursos do Fundeb são proporcionais a quantidade de alunos
matriculados na rede, assim, o Governo Federal repassa para Caxias o mesmo
valor que repassa para São Paulo, Brasília e Bacabal, por exemplo. Comparando o
contracheque de um professor efetivo da cidade de Bacabal, que trabalha 20h/a
semanais com o de um professor de Caxias nas mesmas condições, é que se percebe
o grau de perversidade do cabeludo para com o professorado que ele tanto jurou
defender. O professor de Bacabal ganha R$ 2.863,27 líquido contra R$ 1.645,00,
que é o salário médio em Caxias, pois ninguém sabe o valor exato, visto que
todo mês inexplicavelmente é suprimido algum valor. Assim, tendo Bacabal como
referência, o governo Gentil subtrai todos os meses de cada professor exatos R$
1.218,27.
Fazendo
uma análise racional dessa vergonhosa situação, chegamos a conclusão de que não
é falta de recursos e sim de compromisso de quem está gerindo o município, pois
Caxias deveria pagar no mínimo o mesmo valor que Bacabal paga, visto que o
dinheiro que vem é proporcionalmente igual.Não paga porque não quer, porque não
tem compromisso. Os professores contratados que o digam. Com relação a estes
prometo tratar da degradante situação dos mesmos em outro artigo.