domingo, 23 de maio de 2021

População não vacinada registra aumento no número de óbitos no Maranhão 

Óbitos de pessoas mais jovens e que ainda não receberam imunização foram as únicas faixas etárias que registraram crescimento percentual superior a 80% no número de mortes no mês de abril em relação à média no período da pandemia

Faixa etária de 30 a 39 anos, composta em sua maioria por pessoas não
vacinadas, está vulnerável à Covid-19

O aumento percentual de mais de 80% no número de óbitos por Covid-19 de pessoas mais jovens, na faixa etária entre 30 a 39 anos e, um pouco menor, na faixa dos 40 aos 49 anos, contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do Maranhão no mês de abril, são claros em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus.

Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades no estado, a população mais jovem viu crescer os números percentuais de óbitos no último mês, mesmo quando comparados a março deste ano, o segundo mês com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Maranhão, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

No Maranhão, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média para a idade desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, com crescimento percentual de 83% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os números absolutos de falecimentos desta faixa etária também aumentaram em abril, passando de 34 em março para 46 no último mês, mesmo com a diminuição no total de mortes causadas pela doença em relação a março de 2021.

Na sequência, a faixa etária que vai dos 60 aos 69 anos registrou um aumento percentual de 41% do número de óbitos em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Em números absolutos em relação a março, houve uma queda, passando de 194 para 186. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 50 e 59 anos, com os óbitos aumentando 37% em relação à média para a idade desde o começo da pandemia.

Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, a população entre 40 e 49 anos registrou aumento percentual de mortes de 36% em relação à média desta idade no período. Já em números absolutos esta população não registrou aumento, passando de 76 em março para 63 em abril. Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 8% na faixa entre 70 e 79 anos, 53% entre 80 e 89 anos, e 50% na população entre 90 e 99 anos.

Ranking Estadual

Em nível nacional, o estado do Maranhão teve um crescimento de 83%, na faixa etária de 30 a 39 anos, ficando acima da média nacional, que registrou crescimento percentual de 56%. Na faixa etária de 40 a 49 anos, o estado teve um crescimento de 36%, enquanto na faixa de 50 a 59 anos houve aumento de 37%, ficando em ambos os casos abaixo da média nacional. Já o aumento percentual de 41% nos óbitos por Covid-19 entre população de 60 a 69 anos ficou acima da média nacional, que por sua vez teve crescimento de 22%.

Todos os Estados brasileiros registraram aumento de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina, aumento de 118%, Sergipe, crescimento de 101%, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%, e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.

Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, 22 Estados registraram crescimento em abril em relação à média do período, sendo que 12 deles acima da média nacional. Os aumentos foram maiores nos Estados do Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (97%), Rio Grande do Norte (94%), Mato Grosso (92%) e Distrito Federal (90%). A lista tem ainda Paraná (75%), São Paulo (73%), Minas Gerais (67%) e Rio de Janeiro (59%).

Na última faixa com crescimento nacional acima de 50%, entre 50 e 59 anos, novamente todos os Estados brasileiros registraram crescimento, sendo 16 deles acima da média nacional. Os maiores aumentos foram nos Estados do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%). O Paraná registrou aumento de 59%, Distrito Federal, de 58%, São Paulo, de 56%, e Rio de Janeiro de 54% nesta faixa etária.

Sobre a Arpen/MA

Fundada em fevereiro de 2014, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Maranhão (Arpen/MA) representa os titulares cartórios de Registro Civil, que atendem a população nos municípios do Estado do Maranhão. É no Registro Civil que são realizados os principais atos da vida civil de uma pessoa, a exemplo do registro de nascimento, casamento, emancipação e óbito.

sábado, 22 de maio de 2021

Missa de um mês de Talmir Rosa Neto será transmitida online neste domingo (23)

A missa de um mês do falecimento do ex-secretario de Administração, Planejamento e Finanças da Prefeitura de Caxias, Talmir Rosa Neto, falecido no dia 23 de abril após complicações decorrentes da Covid-19, será realizada neste domingo (23), a partir das 9h através dos canais digitais do Sistema Guanaré de Comunicação (ver foto acima). 

O ex-secretario faleceu em Teresina, onde estava internado num hospital particular lutando pela vida contra o coronavírus. Talmir Franklin Rosa Neto era o irmão mais velho do prefeito Fábio Gentil. Ele faleceu aos 55 anos, deixou filhos e esposa. 

Secretario Catulé Junior e prefeito Eudes Barros entregam Centro de Atendimento ao Turismo no município de Raposa  

A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) entregou, neste sábado (22), a reforma do prédio do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em Raposa, e anunciou a implantação de dois letreiros promocionais para a cidade.

Localizado na Praça do Viva, o prédio foi todo revitalizado e recebeu serviços de correção da cobertura, com a troca total da piaçava; revisão da estrutura hidráulica e sanitária dos banheiros, além de sinalização e da realização de reparos na pintura do espaço.

“Entregamos mais um espaço que será referência para prestar informações turísticas de qualidade aos visitantes, e que poderá tirar dúvidas, receber guias turísticos e informar sobre os passeios e outros destinos do Maranhão” explicou o secretário Estadual de Turismo, Catulé Júnior.

O CAT vai funcionar de segunda a segunda, das 7h30 às 17h30, seguindo os protocolos sanitários de combate à Covid-19, como uso obrigatório de máscaras, uso de álcool em gel e distanciamento social.

O prefeito de Raposa, Eudes Barros, afirma que o centro é importante para as pessoas que moram na Raposa e para quem visita.

“Daqui saem as orientações de como embarcar, qual o passeio fazer. Em Raposa nós temos vários atrativos, e esse local vem atender várias necessidades. Apesar de estarmos em uma pandemia, o turismo não para. Temos atendido dentro das recomendações de Saúde, respeitando o limite de lotação, respeitando o uso do álcool em gel, toda uma sistemática voltada para esse turista” afirmou o prefeito municipal que também entregou ao secretário estadual camisa com a marca promocional Fronhas Maranhenses.

A solenidade também contou com a presença dos secretários municipais de turismo, agricultura, pesca, assistência social, meio ambiente, infraestrutura comunicação, secretário adjunto de articulação político do estado e demais autoridades.

SAMU e UBS's voltam a registrar aumento de casos de suspeitos de Covid-19 

O grande número de aglomerações e o relaxamento da população em relação as medidas de prevenção contra a Covid-19, tem aumentado o fluxo de atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e nas unidades de saúde de Caxias, causando atraso e congestionamentos nos serviços de saúde do município. O SAMU registrou um aumento nos últimos 15 a 20 dias nos atendimentos de casos de covid-19 em aproximadamente 90%. Já os traumas, resultado de pessoas que estão aglomerando e saem em veículos, e provocam ou sofrem acidentes,  subiu em aproximadamente 50%.

A diretora do SAMU Caxias, Rita Paz, fala sobre a preocupação em relação ao aumento dos atendimentos devidos as aglomerações. “Isso nos preocupa muito porque enquanto os profissionais de saúde, tanto o SAMU, como as unidades hospitalares, a Atenção Primaria, estão lutando para combater essa pandemia, a gente observa que algumas pessoas estão agindo como se tudo estivesse normal. Observamos os aglomerados nos fins de semana, causando um aumento nos atendimentos voltados para os traumas, sem falar no grande fluxo que nós já estamos ultrapassando por conta da pandemia do coronavírus. Então mediante a esses aglomerados dos fins de semana, isso termina gerando uma violência maior no trânsito, aumentando o fluxo para as unidades hospitalares e consequentemente aumenta o número de pessoas contaminadas”, afirma Rita Paz, diretora do SAMU.

A diretora pede mais consciência por parte das pessoas, para que a saúde dos caxienses sejam preservadas. “O que a gente precisa é que todos nós tenhamos a consciência de que nós precisamos entender que ainda estamos ultrapassando momentos difíceis. Tem pessoas lutando pela vida, tem pessoas lutando para salvar vidas, como os profissionais de saúde. Colocando a sua vida, a vida da sua família em risco para tentar salvar a vida do próximo. Não é justo que cada um não procure fazer sua parte”, frisa.

Luara Feitosa, médica da central de regulação do SAMU, falou sobre as consequências do descumprimento das medidas de prevenção contra a covid-19. “Nos últimos finais de semana a gente vem percebendo, aqui na central de regulação do SAMU, via 192, um aumento do número de ocorrências traumáticas, acidente, ferimento por arma de fogo, ferimento por arma branca, decorrente de brigas, de aglomerados. A gente vê que a população de Caxias não está respeitando o isolamento e está ocasionando o aumento no número de casos. O SAMU vem em uma questão de muitas ocorrências de uma demanda gigantesca, e realmente as consequências são as piores possíveis. Estamos com uma terceira onda em mente, esperando que aconteça porque realmente a gente não está cumprindo o isolamento”, disse.


Além do Serviço de Atendimento Móvel de Emergências (SAMU), a Atenção Primária e Vigilância em Saúde também registrou aumento no número de atendimentos, principalmente nos primeiros dias da semana, segunda, terça e quarta-feira. Rubenilson Luna, Coordenador da Atenção Primária e Vigilância em Saúde, explica a preocupação em relação ao aumento de atendimentos..

“É verdade que a população agora está se aglomerando muito mais do que antes, e isso vem refletindo no serviço de saúde. Na atenção primária, nos postos de saúde, nas segundas, terças e quartas, principalmente, que são os três dias de início de semana, os atendimentos aumentaram bastante, principalmente de síndromes gripais. A gente está preocupado com isso e pede a população que mantenha o distanciamento social, que utilize máscara aonde for e que lave as mãos e use o álcool em gel para que não haja disseminação do vírus. Isso é muito preocupante porque temos toda uma demanda para dar assistência a população, não é somente síndrome gripal e covid-19 que atendemos, nós atendemos de tudo que a população precisa, mas a covid-19 vem assustando a gente”, enfatizou.

O Boletim Epidemiológico dessa sexta-feira (21), aponta que Caxias chegou a 11.798 casos confirmados da covid-19 desde o começo da pandemia; 47.239 testes rápidos já foram realizados; 10.384 pessoas foram recuperadas; 68 pessoas encontram-se em internação hospitalar; e 360 óbitos já foram registrados.

Embora a quantidade de internações esteja estabilizada, não há motivo para relaxar com as medidas preventivas. A Prefeitura Municipal reforça a necessidade das pessoas seguirem os protocolos de distanciamento, uso de máscara e lavar as mãos com água e sabão, além do álcool em gel 70%.

Ascom/PMC

Posso ingerir bebida alcoólica após ser vacinado contra a Covid-19? 

Pouco mais de 55 milhões de pessoas já foram vacinadas contra o novo coronavírus (Covid-19) no Brasil até esta sexta-feira (21), segundo dados do Ministério da Saúde. Uma delas é Paula Felice, brasiliense de 53 anos, que tomou a primeira dose nesta semana e agora pretende comemorar a imunização parcial. 

“Eu tomei a vacina da AstraZeneca e estou me sentindo muito bem. Vou agir com todas as precauções: máscara, álcool gel. Mas com certeza, sexta-feira, a cervejinha é de praxe, para celebrar a minha e as nossas vidas”, comenta Felice. Mas será que há algum problema em ingerir bebida alcoólica logo após tomar a vacina contra a Covid-19?

Em nota, a Fundação Oswaldo Cruz informa que “não foi identificada nenhuma interação entre a vacina e o consumo de bebidas alcoólicas nos estudos clínicos já realizados com a vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. Por não ser uma avaliação prevista nas pesquisas, não há qualquer informação sobre essa interação na bula da vacina”

“Além disso, não existe plausibilidade biológica que justifique uma eventual relação entre consumo de álcool e vacinação contra Covid-19, ou mesmo com outras vacinas. Considerando o mecanismo de ação da vacina e as consequências da ingestão moderada social de bebidas alcoólicas, não se espera que haja interferência”, explica o texto.

Por outro lado, a médica Flávia Barreto, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, lembra que apesar de não haver estudos que apontem qual volume de álcool seria prejudicial para a eficácia da vacina, o consumo excessivo da substância pode ser nocivo ao organismo.

“O que a gente sabe é que a ingestão crônica e abusiva do álcool é um hábito prejudicial a todos os sistemas do organismo, incluindo o sistema imune. Então a gente pode incluir a resposta imune à vacina nesse bojo”, ressalta a especialista, que recomenda restrições inclusive ao excesso de bebidas energéticas.

Já o epidemiologista da Sala de Situação em Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Mauro Sanchez, também reforça os prejuízos do consumo excessivo de álcool. “Se você abusa de álcool, principalmente se esse abuso acontece durante um período prolongado, isso pode causar imunossupressão, o que afeta biologicamente o organismo. O que se deve ter é o bom senso de não abusar de bebida alcoólica, como sempre deve ser feito”, recomenda.

Recomendações Pós-Vacina contra Covid-19 

A diretora da SBIm, Flávia Bravo, explica que após tomar a vacina contra a Covid-19, não é necessário fazer repouso ou evitar pegar peso. No entanto, é preciso ficar atento caso apareçam efeitos adversos. “Você deve respeitar se tiver algum evento adverso: se tiver febre, se tiver mal-estar; tratando os sintomas. O mesmo vale para quem tem comorbidade: dedicar atenção e o cuidado específico a sua comorbidade”, explica. 

Além disso, os cuidados contra o coronavírus devem continuar mesmo após a vacinação, já que nenhum imunizante é 100% eficaz e, portanto, parte das pessoas vacinadas ainda são capazes de transmitir o vírus.

 Relato Imparcial 

Autoridades irão fiscalizar cumprimento de decretos neste fim de semana 


A Secretaria de Segurança Pública de Caxias, em parceria com os órgãos de seguranças estaduais e municipais, realizou ontem (21) e dará continuidade neste sábado (22), a uma Operação Conjunta para fiscalizar e disciplinar o desenvolvimento das atividades comerciais que envolvam reunião em público durante a vigência dos Decretos Estadual n° 36.721/2021 e Municipal n° 225/2021. A operação vai acontecer nas zonas urbana e rural.

O Decreto Municipal vigente  autoriza, em todo município de Caxias pelo período de 17 a 23 de maio de 2021, a realização presencial de reuniões e eventos públicos e privados, porém, com o limite máximo de 50 pessoas por evento, observadas as medidas sanitárias de distanciamento. Caso haja descumprimento, os responsáveis pela realização de eventos sofrerão as sanções administrativas, civis e criminais.

Bares, restaurantes, trailers, lanchonetes e estabelecimentos similares bem como lojas de conveniência e depósitos de bebidas só poderão funcionar até às 22h, com lotação máxima de 50% da capacidade local, sendo apenas 4 (quatro) pessoas por mesa, autorizada a venda de bebida alcoólica, desde que observadas as medidas sanitárias e de distanciamento.

A coordenação da operação será feita pela Polícia Militar (2° BPM), Secretaria de Segurança Pública Municipal,  Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Saúde, Coordenação de Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil (SEMMADC).

 Bancada maranhense foge de Bolsonaro... 

Os deputados federais maranhenses decidiram puxar o freio de mão em relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dado o seu alto grau de rejeição perante a população, conforme resultados de recentes pesquisas divulgadas a nível estadual e federal.

Prova disso é que dos 18 parlamentares, apenas cinco estiveram na comitiva do presidente da Republica durante entrega de títulos de propriedade rural em Açailândia nesta sexta-feira (21).

Nos eventos os quais Bolsonaro liderou, estavam presentes apenas Aluísio Mendes (PSC), Edilázio Júnior (PSD), Pastor Gildenemir (PL), JP (PMN) e Hildo Rocha (MDB).

Os demais 13 deputado federais do Maranhão não estiveram na comitiva de Bolsonaro nem ontem (21) e muito menos quinta-feira (20), quando o presidente inaugurou a ponte sobre o Rio Parnaíba entre os municípios de Santa Filomena (PI) e Alto Parnaíba (MA) interligando as regiões sul dos estados do Piauí e Maranhão pela BR-235.

O desprestígio da Bancada Federal para com Bolsonaro tem relação direta com o péssimo momento eleitoral do presidente, sobretudo, diante da condução da pandemia da covid-19 que já matou 450 mil brasileiros.