O dia D para Flávio Dino
O governador Flávio Dino (PSB) reunirá nesta próxima segunda-feira (31), no Palácio dos Leões, a partir das 18h, presidentes de partidos que prestam apoio à sua administração.
Na ocasião, o socialista baterá o martelo acerca da sua sucessão.
O editor do Blog traça, neste relato, alguns cenários que deverão se concretizar no encontro:
1 – Flávio Dino deverá ratificar, mais uma vez, sua opção pessoal pela pré-candidatura a reeleição do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que não atendeu a nenhum dos requisitos estabelecidos pelo próprio governador em uma Carta Compromisso apresentada aos presidentes de legendas no dia 05 de julho, na primeira reunião realizada nos Leões para tratar sobre o assunto.
2 – O senador Weverton Rocha (PDT) e o secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo (Solidariedade), irão reafirmar suas pré-candidaturas ao Governo.
Weverton, dentre os pré-candidatos do campo governista, foi justamente o que atendeu aos requisitos criados por Dino.
3 – Flávio Dino, no entendimento deste editor, errou desde o início no processo de condução da sua sucessão. Poderia ter evitado o desconforto político que está vivendo se lá em 2019, após o pleito no qual renovou o mandato, tivesse externado aos membros do seu grupo sua preferência por Brandão.
Ao contrário disso, autorizou os interessados na disputa a promoverem suas pré-campanhas com o objetivo de se viabilizarem, atendendo os requisitos da Carta Compromisso.
O resultado mostrou que Brandão, mesmo contando com o apoio pessoal de Dino, publicizado no dia 29 de novembro, durante uma segunda reunião, não conseguiu se viabilizar, não possuindo apoios políticos necessários e figurando no segundo escalão nas pesquisas de intenção de voto, estando empatado com figuras como o senador Roberto Rocha (PSDB) e o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD), sendo que em alguns cenários o ainda tucano aparece perdendo para ambos.
4 – Por conta disso, é muito pouco provável que Flávio Dino, na reunião de segunda, bata na mesa e diga: “Aquele que não optar por Brandão não é mais nosso aliado. Está fora do nosso grupo”.
Não o fará por que tem interesse nos apoios políticos estabelecidos na mesa de negociação para ter êxito na sua empreitada de chegar ao Senado.
Dino quer ser o candidato a senador de todos e, inclusive, já tem o apoio declarado de Simplício e a sinalização positiva do próprio Weverton.
O rompimento do grupo governista deverá ocorrer partir do dia 02 abril, quando Carlos Brandão estiver sentado na cadeira de governador.
Neste momento, o tucano, que irá desembarcar no PSB objetivando obter o apoio do PT e de Lula, terá uma gestão para chamar de sua e poderá fazer o que bem quiser.
Os rumos da reunião da próxima segunda-feira, portanto, deverão perpassar por este roteiro aqui traçado.
Blog do Gláucio Ericeira