Câmara Municipal de Caxias disponibiliza o Ponto de Cidadania
Alvo da Policia Federal, 'Droga Rocha Distribuidora' possui 658 contratos com prefeituras maranhenses
PF na porta da Droga Rocha Distribuidora de Medicamentos
Ltda, em Teresina (PI)
Em nome de Antônio Francisco Rocha de Abreu e Marilene Rocha de Abreu Santos, a Droga Rocha Distribuidora de Medicamentos Ltda foi o principal alvo da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (27), durante a deflagração da “Operação Free Ride”.
Mira da PF, a empresa está sediada na Avenida Nações Unidas, nº 1069, Bairro Vermelha, em Teresina-PI, responsável por fornecer medicamentos e insumos hospitalares para dezenas de prefeituras no Maranhão.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em cinco endereços, entre eles um imóvel localizado no condomínio Alphaville, na zona leste de Teresina.
Embora apareça no Sistema de Acompanhamento de Contratações Públicas (Sacop) do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) apenas contratos a partir de 2014, a ‘Droga Rocha Distribuidora’ possui relação financeira com prefeituras maranhenses na venda de medicamentos há mais de 20 anos.
Prefeito de Santa Inês é alvo da Policia Federal
A Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União, deflagrou nesta quarta-feira (27) a Operação Free Rider na cidade Santa Inês. O prefeito Felipe dos Pneus (foto acima) está envolvido no caso e foi afastado imediatamente do cargo. Também foram imediatamente afastados do cargo a Secretária de Saúde, a Secretária de Administração, o Chefe do Setor de Licitação, o Diretor de Compras, a Chefe de Gabinete do Prefeito e mais outros dois servidores municipais, ligados às fraudes licitatórias.
Segundo a PF, a ação tem por finalidade desarticular grupo criminoso responsável por promover fraudes licitatórias e superfaturamentos contratuais no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Inês, envolvendo verbas federais que deveriam ser utilizadas para a compra de medicamentos e insumos hospitalares.
A operação constatou, inicialmente, que o município de Santa Inês realizava adesões fraudulentas a Ata de Registro de Preços de outros municípios sem que houvesse o requisito de “vantagem” para a administração pública, posto que, em um dos casos investigados, havia o sobrepreço de 215%.
Os contratos investigados, que somam mais de 8,5 milhões de reais, envolvem uma empresa sediada em Teresina/PI, a qual deveria fornecer diversos medicamentos e insumos hospitalares para o município de Santa Inês.
Apesar do alto valor das contratações realizadas pela Secretaria de Saúde do município, há informações nos autos indicando que, em determinados períodos, estariam faltando materiais básicos no hospital e rede pública municipal, tais como seringas, soro fisiológico, fios cirúrgicos e remédios psicotrópicos, obrigando os cidadãos a procurarem atendimento hospitalar em municípios vizinhos.
A investigação revelou fortes indícios de que grande parte das contratações de Santa Inês eram precedidas de negociações de propina, possivelmente repassada para os integrantes da organização criminosa por meio de empresa fictícia, criada para essa finalidade.
A organização criminosa é composta, basicamente, por três núcleos: núcleo criminoso com atuação na Prefeitura, núcleo criminoso com atuação na Secretaria de Saúde e núcleo criminoso empresarial.
O núcleo da Prefeitura seria composto pelo prefeito e servidores da Prefeitura vinculados ao setor de compras e licitação, a exemplo da Secretaria de Administração, Departamento de Licitação, Diretoria de Compras e Gabinete do Prefeito.
O núcleo criminoso da Secretaria de Saúde é encabeçado pela Secretária de Saúde e servidores subalternos, que também cumprem ordens do Diretor de Compras e dos demais envolvidos no setor de licitação.
O núcleo empresarial, sediado em Teresina/PI, é composto pelo sócio da empresa contratada, seu sobrinho e um funcionário, os quais realizam diversas movimentações bancárias, com saques semanais de quantias vultosas em espécie, além de facilitarem o esquema de “montagem” dos processos licitatórios, os quais resultaram na contratação da empresa.
Diante desses fatos, a Polícia Federal cumpriu 18 mandados de Busca e Apreensão e 07 mandados de Constrição Patrimonial, com valores que chegam a 8,5 milhões de reais.
Foram suspensos os pagamentos da empresa contratada de forma fraudulenta e os empresários investigados tiveram suspensos os seus direitos de participar em licitações e de contratar com órgãos públicos.
Ao todo, mais de 70 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que decorreram de Representação elaborada pela Polícia Federal.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato, crime de responsabilidade praticado por prefeito (Decreto-Lei 201/67), corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
A operação foi batizada de Free Rider que, do inglês, significa “carona”, devido ao modus operandi da organização criminosa, que utiliza o instituto jurídico da adesão a Ata de Registro de Preços de outros municípios, procedimento também conhecido por “carona”, para tentar maquiar a irregularidade do processo licitatório, previamente montado e superfaturado.
São João do Sóter: Vereador Marcio Magalhães acompanha trabalho de recuperação de estrada vicinal do povoado Santa Maria
O vereador Marcio Magalhães (Agir36) acompanhou, nessa terça-feira (26), os trabalhos de recuperação da estrada vicinal do povoado Santa Maria.
O trabalho de terraplenagem e empiçarramento foi uma cobrança feita comunidade ao vereador Marcio Magalhães, e com apoio da prefeita Josa, da vice Lacerda e do empresário Wesley (Nego) e Francisco, que gentilmente cedeu os maquinários, atendeu e ele próprio participou dos serviços guiando caçamba e ajudando na recuperação da via para melhorar as condições de logística dos moradores.
Marcio explicou que os moradores estavam preocupados com a péssima condição de trafegabilidade da estrada que foi muito castigada pelas fortes chuvas que caíram na região
“Acompanhei de perto, vistoriando e participando ativamente dos trabalhos de recuperação da estrada na Santa Maria e quero agradecer a prefeita Josa, a vice Lacerda e aos meus amigos Wesley e Francisco pelo apoio e também pela parceria" enalteceu Marcio Magalhães.
Policia Federal realiza operação sobre compra de respiradores do Consorcio NE
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (26) uma operação para colher provas em uma investigação sobre desvios na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste.
Os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão contra empresários, laranjas e lobistas envolvidos no suposto esquema.
O caso tramita no STJ, porque o governador da Bahia, Rui Costa, que presidia o Consórcio Nordeste na época, também é investigado. Na operação de hoje, no entanto, não há mandados contra governadores.
Costa é suspeito por ter dado autorização à compra de 300 respiradores, que nunca foram entregues. O contrato de compra foi assinado no valor de R$ 49 milhões.
Blog do C Correa
São João do Sóter participa da XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios
Vice-prefeita Lacerda e Josa Silva (prefeita) |
Com o objetivo de apresentar a pauta prioritária dos gestores locais aos Poderes Executivo e Legislativo, bem como aos órgãos de controle, a Marcha aborda as reformas tributária, administrativa e federativa, além de outros projetos em tramitação na Câmara e no Senado, com impactos significativos para os municípios.
Keylla Lacerda (sec. de Saúde), vice-prefeita Lacerda, prefeita Josa Silva e Professora Rose Araújo (sec. de Educação) |
Outros pontos altos da Marcha serão: a entrega da pauta municipalista, a apresentação das propostas e os questionamentos dos prefeitos juntos aos pré-candidatos à Presidência da Republica nas eleições de outubro próximo. (Ascom/SEMED/SJS)
Câmara realiza audiência pública para debater a prática de tiro esportivo em Caxias
A Câmara Municipal de Caxias (CMC), por meio da Comissão Permanente de Segurança, realizou na manhã dessa segunda-feira, 25, a pedido de muitas pessoas interessadas no assunto, a primeira audiência pública do órgão em 2022, com o objetivo de debater o tema “O tiro esportivo e a efetiva necessidade do porte de arma do atirador”. A audiência lotou as dependências do auditório da Prefeitura de Caxias, local escolhido para o evento.
A reunião foi aberta pelo presidente do Legislativo Caxiense, vereador Teódulo Damasceno de Aragão (PP), em mesa formada pelos vereadores Antonione dos Santos Silva (Torneirinho – PV), presidente da Comissão Permanente de Segurança da CMC, Luís Lacerda – membro – (PCdoB), Gentil Oliveira – membro – (PV), Ricardo Rodrigues (PT), Professor Chiquinho (Republicanos), Mário Assunção (Republicanos), Antônio Ramos (Republicanos), Cynthia Lucena (PP), Daniel Barros (PDT) e Charles James (Solidariedade), mais o promotor Vicente Gildásio Leite Júnior, da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caxias.
Passando a dirigir a audiência, o vereador Torneirinho suspendeu momentaneamente o encontro, afim de que os presentes pudessem ouvir o Hino Nacional Brasileiro, e, depois, assistir a um vídeo no qual foi oferecido um modelo de abordagem policial a uma pessoa integrante do grupo dos CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores).
O vereador, após convocar os colegas da comissão de segurança, vereadores Luís Lacerda (PCdoB) e Gentil Oliveira (PV), a tomarem assento, dividiu os trabalhos em dois momentos: o primeiro, com a participação dos colegas do parlamento e do titular da 2º Promotoria da Comarca de Caxias, Vicente Gildásio Leite Júnior; e o segundo, compondo a mesa com convidados especiais, como o comandante do 2º BPMMA, tenente-coronel Ricardo Almeida, o delegado regional da Polícia Federal em Caxias, Ronildo Rebelo Lopes, o delegado de Polícia Civil Alcides Martins Nunes Neto, o chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Caxias, Anísio Gomes de Almeida Neto, o secretário municipal de Segurança, Francisco de Assis Oliveira Mesquita, o coordenador estadual do programa Pro Armas do Maranhão, Rodrigo Nogueira Castro, os gestores das empresas Franco Atirador em Caxias e Security 24h Teresina/PI, Décio Albuquerque Franco e Roberto Wagner Calisto Torres, respectivamente, o comandante da Guarda Municipal de Caxias, Willian Lopes de Sousa Carvalho, dentre entre outros.
Retomando a palavra, ele destacou, em suas considerações iniciais, que o dialogo é um dever constitucional para o processo democrático e as audiências públicas são ferramentas precisas para o ajuste das ideias de um povo que almeja democracia. Em seguida, explicou à plateia, que era composta por pessoas da cidade, da região e até de outros pontos do território maranhense, quadros ligados a Clubes de Tiro e de Caçadores, que a audiência foi programada por um grupo de amigos de Caxias, que hoje são conhecidos como CACs.
Sobre a organização dos pronunciamentos, ele pontuou que os solicitados pela comissão disporiam de cinco minutos para exposição, e que o tempo para demais autoridades, empresários do ramo CACs e inscritos para se manifestarem seria de três minutos.
O vereador evidenciou que a Câmara de Vereadores de Caxias trata de vários temas, e, assim, a Comissão Permanente de Segurança não poderia deixar de trabalhar a temática, já que a mesma é uma temática muito complexa. Ele acentuou que, hoje, com a mudança de alguns decretos em relação ao Estatuto do Desarmamento, principalmente as forças de segurança, têm tido muitos problemas, pela questão da legislação, já que a mesma atualmente é pautada para o atirador, mas que, no fundo, abre brechas para dúvidas, tanto de quem fiscaliza na ronda como para atiradores, sobre a respeito de como deve ser o comportamento de ambos durante as abordagens.
A razão maior para a audiência foi, em sua concepção, exatamente criar-se uma oportunidade de discutir-se isso, a melhor forma de condução desse processo, entre atiradores e autoridades. Segundo ele, via regra, o maior interesse coletivo é que não haja problemas entre as partes, e que as forças de segurança possam trabalhar de maneira tranquila e adequada, assim como os atiradores entendam também onde estão seus direitos e seus deveres. “Não adianta querermos fazer curvas, à direita e à esquerda, sendo que o que se tem hoje como legislação é uma linha reta”, explicou.
Torneirinho revelou que atualmente há uma legislação vigente, o novo Decreto 10.629/2021, homologado pelo presidente Jair Bolsonaro, que abre brechas para essa questão de ir e vir com armamentos que, “infelizmente ficou, e isso deixa as autoridades, os fiscais, duvidosos, porque há atiradores que , às vezes, querem fazer da sua forma, mas que o bom CAC, o bom atirador, é sabedor de que lei se cumpre”.
Após frisar a importância de um bom contato com as autoridades, e destacar o fortalecimento da parceria que hoje passou a se estabelecer com o promotor Vicente Gildásio Leite Júnior, titular da 2º Promotoria da Comarca de Caxias, Torneirinho passou-lhe a palavra na audiência, uma vez que, como peça fundamental e atuante da vara criminal da Comarca de Caxias, é quem está mais diretamente ligado com os problemas decorrentes dos atritos que comumente tem resultado da relação dos CACs com os efetivos de segurança na região.
Avocando sua condição de fiscal da lei, o promotor Vicente Gildásio falou bem além do tempo permitido e declarou que de forma alguma poderia fugir à interpretação da legislação para contemplar qualquer tipo de interesse fora desse contexto. Contudo, assinalou que tem trabalhado muito para reduzir os conflitos que, às vezes, até implicam em perda de armas pelos CACs.
O representante do Ministério Público ressaltou a importância de um melhor diálogo entres os CACs e o policiamento, evidenciando que um bom diálogo começa com os atiradores portando toda a documentação e acessórios exigidos pela legislação quando circulando em posse de armas. Para ele, os usuários de armas em condição de regularidade com a legislação têm que entender que os policiais são agentes públicos que trabalham na situação limite de, a toda abordagem, ficarem em dúvida, se estão diante de cidadãos de bem, ou de criminosos, daí porque o cumprimento das regras é um fator primordial para afastar desconfianças.
Também o comportamento social dos CACs em circulação deve ser observado. “É um grande problema, por exemplo, um colecionador, um atirador, que porte arma, estar bem documentado, mas se apresentar ao policiamento com sinais de ter consumido bebidas alcoólicas”, ressaltou. Outra questão relevante, segundo ele, é que os atiradores e colecionadores de armas querem estabelecer uma legislação paralela nos estados e municípios, em contraposição à legislação federal, que não é permitida.
O promotor chegou a ser interpelado pela plateia quando da sua explanação. O vereador Daniel Barros, que também é um CAC, elogiou-lhe a postura hábil e apaziguadora na abordagem do tema delicado. O CAC e coordenador do ProArmas de Buriti Bravo, Jeová Barbosa de Sousa Neto, o coordenador estadual do ProArmas do Maranhão, Rodrigo Nogueira Castro, o advogado caxiense Felipe Lebre, dentre outras pessoas da comunidade e ligadas a clubes de tiro no Estado, também lhe fizeram interpelações, que foram respondidas de forma atenciosa e muito cortês.
Após a fala do promotor, usou da palavra o coordenador do Proarmas do Maranhão, Rodrigo Nogueira Castro, inicialmente falando da sua atuação como membro responsável do grupo dos CACs, e valorizando o conceito de liberdade que cada cidadão brasileiro interessado pode vir a se manifestar em favor da defesa do uso pessoal de armas por regulamentados e portadores de treinamento técnico e psicológico.
Depois, ocorreu o debate entre as autoridades de segurança presentes e a plateia. Os tópicos mais importantes versaram sobre temas como liberdade de expressão, autodefesa e preconceito, confusão de entendimentos e abordagens difíceis. O resultado da audiência, suas conclusões e proposições, somente serão conhecidos quando da divulgação do Relatório Final do encontro, que deverá ocorrer brevemente.(Ascom/CMC)