Poema de cordel em homenagem ao barbeiro Alfredinho...
O barbeiro Alfredinho subiu para o andar de cima na quinta-feira (29), aos 88 anos. Ele foi um dos mais longevos profissionais a atuar no ramo de barbearia em Caxias
Alfredinho com o empresário Cesar Sabá durante o Carnaval 2018 (foto arquivo blog) |
Alfredinho
Quem não lembra do seu Alfredo: mais conhecido como Alfredinho?
Era um homem pequeno, bem pequenininho, mais tinha um coração gigante.
Muito educado e elegante, sempre foi muito falante, Alfredinho era assim.
Alfredinho tinha manias, essas agora eu vou contar.
De uma bicicleta branquinha, que gostava de enfeitar. Ela era toda branquinha que simbolizava a paz.
Cheia de penduricalhos, tinha até uma buzina no estilo avião, com detalhes em preto e branco,
Em homenagem ao Vascão, no guidão, na parte dos freios, umas fitas coloridas que dava vida à magrela.
Alfredinho era assim.
Uma personalidade histórica, Podemos dizer até folclórica.
Conhecido em toda cidade, era um homem de verdade: um grande pai de família.
Um homem de muito respeito nos seus negócios era direito, era cabra competente. Esse era gente da gente.
Não posso esquecer do tamanco que nosso Alfredinho usava. Chegava a ser engraçado.
Alfredo era uma peça rara dessas que vão fazer muita falta, além de ser um grande profissional.
Barbeiro de mão cheia, seu salão era lotado. Além do corte da moda, rolava também uma boa prosa.
Na parede, um quadro do Vascão, que mostrava com orgulho.
Aqui eu me despeço, com uma dor no coração.
Descanse em paz meu velho amigo.
Vá com Deu, aos braços do criador.
Nossa saudação à toda a família, com muito respeito e muito amor.
Evandro José
Caxias, 30 de dezembro de 2022